sábado, 7 de fevereiro de 2015

FINALMENTE FEMINISTAS ASSUMEM A DEFESA DA MISANDRIA

 Che Quervara , digo , Gayvara , digo , Guevara dizia sempre sobre a importância do 'ódio revolucionário' como combustível da ''revolución'' , pois bem , daí muitos se perguntavam como o feminismo, um abraço ideológico do marxismo, ( elas mesmas admitem isso como podem ver neste LINK ) , não assumia de vez seu 'ódio de classe' para com o gênero masculino ? Tais manifestações se resumiam a pequenos blogs lésbicos , ou fóruns fechados .

Bem, sabemos que a misandria do feminismo era algo tão secreto quando a viadagem de Miguel Falabella , ou seja , todo mundo sabe mas o dono de tal característica nunca assumia , mas isso parece estar mudando . Já começou uma corrente de pensamento que não só assume a misandria , como também a defende como combustível à causa . Olhem e vomitem :


  Já faz algum tempo que eu quero falar sobre misandria, mas sei que é um assunto polêmico e que posso vir a me chatear com irmãs de movimento. Muito tem se falado sobre a misandria dentro e fora do movimento feminista, parece algo ruim e gratuito, mas não é. Eu não sou misândrica, mas se você está lendo esse texto esperando que me posicione contra a misandria, pode desistir. Pra falar de misandria precisamos ter amor no coração e empatia pela vivência e sofrimento de outras pessoas.
Vocês podem me perguntar "Mas Luiza, por que eu preciso de amor e empatia pra falar de ódio?". Simples, porque quem é contra a misandria cobra que misândricas não odeiem, mas julgam e espalham ódio em cima dessas mulheres que tem seus motivos, que tem seus traumas e suas vivências. Então se você não sente empatia com vítimas, com pessoas traumatizadas, pode parar de ler porque o texto será inútil pra você.
Primeiro, o que é misandria?
Eu defino misandria como o ódio/medo da CLASSE homens, do poder que essa classe política exerce, do patriarcado que essa classe apóia.
Misandria é o contrário de misoginia?
Não. A misandria como SISTEMA opressor, que afeta todas as pessoas de determinado gênero nunca existiu.
Generalização?
Para discutir misandria é importante lembrar que nós vivemos numa sociedade onde o patriarcado é uma superestrutura e os homens são os seres dominantes dela, ou seja: todo homem é parte dominante do patriarcado e ESSENCIAL para sua manutenção. Falamos da classe política HOMEM e não das experiências individuais.Todos os homens propagam – de forma consciente ou inconsciente – o patriarcado ( nota deste blog : Homem é classe política ? Que partido é esse que defende a causa masculinista como plataforma política ? Me falem que eu quero me filiar ).
Agora eu vou me posicionar em relação a tudo isso.
Ninguém escolhe odiar, o ódio é construído na nossa vida. Não acordamos um dia e dizemos "nossa, que legal, acho que hoje vou odiar os homens como classe.", não, esse sentimento nasce aos poucos, o ódio nasce das vezes que fomos estupradas, das vezes que fomos espancadas, que tivemos uma irmã/mãe/familiar/amiga morta por causa de seu gênero, o ódio nasce de todas as vezes que saímos na rua e somos assediadas, de todas as vezes que fomos diminuídas e caladas. Então, esse ódio, esse medo e esse nojo não é gratuito, é uma forma de proteção, é forma de criar um espaço seguro. Vocês criticam tanto mulheres misândricas, mas são os primeiros a destilar ódio quando encontram com uma. Acham mesmo que uma mulher que passou por um estupro, assédio, ou por um relacionamento abusivo não tem nem o direito de sentir, nem de odiar? (nota deste blog : Ou seja , a femimiminista ESCOLHEU SIM , odiar , e outra coisa , feministas apoiam o ódio de uma mulher violentada contra todo o sexo masculino mas criticam quem odeia bandidos -ATÉ ESTRUPADORES- quando alguém é aflingido por esses facínoras. CERTO , LOLA ?!)
O feminismo não é misandria, ( mas a misandria está sim presente no feminismo, assim como está presente fora dele. Eu poderia citar o caso de uma senhora de 82 anos que não é militante feminista, mas que na juventude teve sua filha mais velha estuprada, que viu sua filha mais nova sofrer com um relacionamento abusivo que culminou em femicídio, que teve sua neta espancada e estuprada, além das violências que ela mesma já sofreu. Vocês diriam pra essa senhora que ela não tem o direito de odiar a classe dos homens? Porque ela odeia homens enquanto classe, mas não individualmente. 
No movimento eu já ouvi muitas vivências de irmãs que foram estupradas, abusadas e espancadas, elas tem todo o direito do mundo de sentir ódio. ( nota do blog : Menos se a vítima for de direita , e o estuprador for de esquerda , vide a ameaça de estupro do Paulo Ghiraldelli para cima da Rachel Sheherazzade )
O ódio não é individual, nenhuma delas vai acordar de manhã, ver um desconhecido atravessando quieto uma rua e dizer "nossa, aquele ali eu vou odiar". ( Nota do blog : Feministas de segunda onda defendiam esse ódio , tá pensando que não estudamos nossas adversárias ?!)
"Mas Luiza, muitas pessoas deixam de simpatizar com o movimento por causa de mulheres misândricas"
Eu sei disso, mas eu estou muito mais preocupada com essas mulheres que sofreram violência, que passaram por coisas horríveis, por traumas inimagináveis do que com alguém que não entende que essas mulheres podem sentir. Se elas precisam do ódio pra curar suas feridas, pra se protegerem e pra fazerem com que suas vozes sejam escutadas, eu vou apoiá-las porque elas precisam do nosso apoio.
Vivemos numa sociedade que nos ensina a sermos passivas, a sermos dóceis e amorosas, o ódio é uma forma de dar voz à essas mulheres que sofreram, dar à elas a voz que lhes foi tirada ao longo de sua vida. (Nota do blog : até contra homens que nunca estupraram , ou melhor , só contra homens que NUNCA  estupraram ou espancaram mulheres . Já viram feministas criticarem o Netinho ?! - FECHO ESTE BLOG SE ME MOSTRAREM ALGUMA FEMINISTA DE DESTAQUE QUE TENHA CRITICADO NETINHO POR BATER NA MULHER )
"Mas Luiza, ódio não é bom, odiar não é bom."
Ninguém diz que ódio é bom, ninguém gosta de odiar, se você pudesse voltar ao passado e apagar a vivência ruim dessas mulheres em troca delas não odiarem, eu te garanto que elas escolheriam não odiar. Mas elas tiveram essas vivências ruins que não podem ser apagadas e elas tem o direito de sentir e odiar. (Nota do blog : Menos Netinho , Ghiraldelli e estupradores haitianos )
"Mas Luiza, eu passei por essas coisas e não odeio."
Ótimo, eu também passei por coisas horríveis, traumatizantes e dolorosas e hoje eu não odeio mais, mas eu entendo a dor delas, eu entendo o ódio delas e o ódio pode sim ser empoderador, o ódio ajuda sim a cicatrizar as feridas e a se sentir segura. Se você não odeia, ótimo pra você, mas respeite a dor dessas mulheres que ainda precisam do ódio pra continuar a caminhada. (Nota do blog : Afinal , essa dor faz alimentar as fileiras do femimiminismo . Você mesmo quem está dizendo isso em seu texto .)
Por ultimo, eu quero dizer que ninguém obriga você a ser misândrica, não tem como impor um sentimento. Não precisa ser misândrica e se você não tem motivos pra ser, não seja, mas respeite essas mulheres que tem seus motivos, respeite as vivências delas. Elas precisam disso para se sentirem seguras. Você cobra tanta compreensão delas, mas que compreensão e respeito você tem com a vivência delas? Respeite a dor delas, porque não é fácil senti-la. (Nota do blog : Você nos odeia , Luiza ?! Diz que sim, diz que sim , vai não custa nada , siiiiiiimmm?! )