quarta-feira, 3 de junho de 2015

O estupro coletivo no Piauí e o silêncio do feminismo esquerdista

 
 
Há vários adolescentes entre os acusados, então as feministas de esquerda, em grande maioria, não dedicam ao caso um décimo da raiva que destilam a comerciais de TV e programas humorísticos.
 
 
 
No Piauí, quatro adolescentes foram brutalmente agredidas e estupradas. Mas não houve revolta pública da militância feminista de esquerda. Muito provavelmente porque há cinco suspeitos/acusados com idades de 15 a 17 anos. Em tempos de debate da redução da maioridade penal, algumas pessoas que dizem militar pelas mulheres preferem, antes e acima disso, militar pela esquerda.
Guardadas as proporções, a situação tem similaridades com o atentado terrorista contra o jornal Charlie Hebdo. A atrocidade obviamente deveria ser condenada por todos, mas houve casos de silêncio obsequioso e até relativização, já que os perpetradores eram muçulmanos e o fato poderia fortalecer a direita europeia (não faltaram esquerdistas brasileiros tomando essa postura, alguns publicamente, outros chegando ao ponto de “lacrar” dizendo que talvez os humoristas tivessem provocado).
 
A história se repete (como a velha farsa de sempre): um ato bárbaro contra meninas é agora solenemente ignorado por boa parte da militância esquerdista do feminismo nacional. Devem acreditar que jogar luz a esse fato pode, ao fim e ao cabo, ajudar na diminuição da maioridade penal – e aí preferem deixar de lado a bandeira que alegam defender como a principal.
Bobagem, claro. Antes da causa, seja qual for, vem a ideologia maior, a causa-mãe. Por essas e outras, chega a ser patético verificar aquelas militantes, sempre em fúria contra comerciais de TV, programas humorísticos ou fanpages de humor, agora em total silêncio – algumas, para além disso e sem condenar o estupro com a mesma veemência, surgem em discussões nas redes atacando a delegada que teria sugerido castração química dos estupradores.
 
A lógica dessa militância é deplorável: primeiro, o esquerdismo; depois, e só mesmo depois, os direitos das mulheres. E isso vale até mesmo para o caso de adolescentes estupradas.
Triste, sem dúvida. Mas nada de novo, em se tratando dessa gente que não defende uma causa, mas sim se infiltra em movimentos específicos para fazer prevalecer, bem acima da pauta específica, o esquerdismo mais doentio possível.
 
 

Um comentário:

  1. Senhores do CONTRAFEMINISMO, avisá-los-ei que as liberdades de expressão e de imprensa têm limites, pois os abusos delas são passíveis de indenizações, segundo nos informa o CCB de 2002. Contudo, isso não justifica atentados, como o do 7 de janeiro deste ano, na França. Quem comete crimes contra as liberdades sexuais, como assédios (afagos, amplexos, bombons, cócegas, escritos, euquímanos, flores, ósculos e assim sucessivamente), estupros e outros, tem de ser punido draconianamente, não importando nenhuma condição humana. Por isso, avisá-los-ei que tudo na vida tem limites, até mesmo as boas obras, como os amores, as caridades, as misericórdias, as santidades e assim sucessivamente. Agradeço-lhes de todo o meu coração! Obrigado!

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