segunda-feira, 18 de junho de 2012

A auto-superação e o eterno retorno a Matrix

Friedrich Nietzsche desenvolveu o conceito de além-homem e de eterno retorno que gostaria de aplica na real para reforçar a idéia de auto-superação e de evitar cairmos no mesmo ciclo da matrix, quando alguns faladores enganadores acham que se pode controlar o lado obscuro feminino.

A vida como descobriram na prática é um caminho das pedras, cheio de falsidade, traições e pessoas interesseiras. Pensamos poder contar com (falsos) “amigos” e até familiares em momentos de dificuldade e acabamos abandonados só. Certas pessoas costuma ser falso e interesseiro, abandonado a aquele que está com problemas. Só procura a pessoa para pedir ajuda dinheiro, mas quando o outro precisa deles, correm deles, como estivessem enfrentando uma epidemia. 

Quanto as mulheres, sabemos bem que elas esnobam os homens comuns  e ficando com os cafas ou os usam como provedores enquanto os traem. E quando sabemos da apunhalada, não falta batalhão de miguxo defendendo a vagabunda. 

Pois é na solidão, sem amigos ou qualquer outra ajuda, que devemos não nos abater e cair numa inércia, mas nos superarmos. Que nada nos supere ou nos abata, nem uma vadia, falsos amigos ou qualquer coisa. Devemos encarar e seguirmos.


Passemos por cima de tudo e continuemos caminhando, seguindo nosso destino, se uma vagabunda te trai, jogue ela na poeira do esquecimento e continue sua vontade de subir na vida, todo o problema deve ser pisado sem a menor pena.

“Tendes valor, meus irmãos? Estais decididos? Não falo de valor, perante testemunhas, mas de valor, de solitários, valor de águias, do que não tem por espectador nenhum deus.
As almas frias, os cegos, os bêbados, não têm o que eu chamo coração. Coração tem aquele que conhece o medo, mas domina o medo; o que vê abismo, mas com arrogância.
O que vê o abismo, mas com olhos de águia; o que se prende ao abismo com garras de águia: é este o valoroso.
(...)
Homens superiores: acreditais que estou aqui para fazer bem ao que vós fizestes mal?
Ou que quero daqui por diante deitar mais comodamente os que sofrem? Ou ensinar-vos, a vós, que andais errantes e extraviados e perdidos na montanha, caminhos mais fáceis?
Não! Não! Mil vezes não! É preciso que morram cada vez mais e os melhores da vossa espécie: porque é preciso que o vosso destino seja. cada vez mais rigoroso. Só assim...
Só assim cresce o homem até à altura em que o raio o fere e aniquila! Há suficiente altura para o raio!
A minha inteligência e o meu anelo tendem para o raio, para o durável, para o afastado: que me importaria a vossa mesquinha, comum e breve fraqueza?
Para mim ainda não sofreis bastante. Pois sofreis por vós; ainda não sofrestes pelo homem. Mentiríeis se dissesseis o contrário! Vós não sofreis pelo que eu sofri.”  - Quarta parte da obra Assim Falou Zaratustra de Friedrich Nietzsche

Assim Falou Zaratustra, um livro escrito entre 1883 e 1885 pelo filósofo alemão Friedrich Nietzsche. O livro narra as andanças e ensinamentos de um filósofo, que se auto-nomeou Zaratustra após a fundação do Zoroastrismo na antiga Pérsia.
O centro de Zaratustra é a noção de que os seres humanos são uma forma transicional entre macacos e o que Nietzsche chamou de Übermensch, literalmente "além-do-homem". O nome é um dos muitos trocadilhos no livro e se refere mais claramente à imagem do Sol vindo além do horizonte ao amanhecer como a simples noção de vitória.
Para nos tornarmos o Übermensch (além-do-homem), Nietzsche afirma que  devemos estar em um processo constante de superação e da busca da vontade de poder.
A vontade de poder é o componente fundamental da natureza humana. Tudo o que fazemos é uma expressão da vontade de poder. A vontade de poder é uma análise psicológica de toda ação humana e é acentuada pela auto-superação e auto-aperfeiçoamento. Contrastava com a vida para o prazer, a procriação, ou a felicidade, a vontade de poder é o resumo da luta de todo o homem contra seu ambiente envolvente, bem como a sua razão para viver nele. O Super-homem foi contrastado com a ideia do "último homem", que é a antítese do Ubermensch. 
Que nos tornemos menos vulneráveis a qualquer tristeza e abatimento, que não acreditemos nas falsas promessas de amor e amizade. Que se jogue as memórias ruins no limbo e não nos deixemos magoar por elas mais. 
Mas alguns depois de acordarem da matrix, caem nela novamente e passam pelo novo ciclo de sofrimento.
Friedrich Nietzsche  desenvolveu o conceito filosófico do Eterno retorno, que se  encontrada em sua obra  A Gaia Ciência que diz o seguinte:

2"E se um dia ou uma noite um demônio se esgueirasse em tua mais solitária solidão e te dissesse: "Esta vida, assim como tu vives agora e como a viveste, terás de vivê-la ainda uma vez e ainda inúmeras vezes: e não haverá nela nada de novo, cada dor e cada prazer e cada pensamento e suspiro e tudo o que há de indivisivelmente pequeno e de grande em tua vida há de te retornar, e tudo na mesma ordem e sequência - e do mesmo modo esta aranha e este luar entre as árvores, e do mesmo modo este instante e eu próprio. A eterna ampulheta da existência será sempre virada outra vez, e tu com ela, poeirinha da poeira!". Não te lançarias ao chão e rangerias os dentes e amaldiçoarias o demônio que te falasses assim? Ou viveste alguma vez um instante descomunal, em que lhe responderías: "Tu és um deus e nunca ouvi nada mais divino!" Se esse pensamento adquirisse poder sobre ti, assim como tu és, ele te transformaria e talvez te triturasse: a pergunta diante de tudo e de cada coisa: "Quero isto ainda uma vez e inúmeras vezes?" pesaria como o mais pesado dos pesos sobre o teu agir! Ou, então, como terias de ficar de bem contigo e mesmo com a vida, para não desejar nada mais do que essa última, eterna confirmação e chancela?"

Parece que o Eterno Retorno defende a tese de que pólos se alternam nas vivências numa eterna repetição. Criação e destruição, alegria e tristeza, saúde e doença, bem e mal, belo e feio,… tudo vai e tudo retorna. Porém, esses pólos não se opõem, mas são faces de uma mesma realidade, isto é, um complementa o outro, são contínuos de um jogo só. Alegria e tristeza são faces de uma única coisa experienciada com grau diferente.

Gostaria de trabalhar o conceito do eterno retorno sob outra perspectiva. 

Depois de todo o sofrimento amoroso e de sua superação, logo passamos a acreditar que possivelmente não desejar um relacionamento amoroso,  viver uma vida sem nenhum relacionamento, caímos na misoginia e podemos viver de maneira desapegada com a mulher e lidando com seu lado obscuro num relacionamento. Logo seguimos um pouco diferente todo aquele ciclo que vivemos antes de ilusão amorosa (dificilmente um homem será desapegado de uma mulher), os constantes infernos no relacionamento e as tristezas e claro a dor de ser traído.  Pode ocorrer o mesmo ciclo com algumas variantes diferentes, mas  não devemos cair no mesmo ciclo de ilusão que antes vivemos, com a promessa de que com seu esclarecimento, poderá lidar com o amor e com o lado obscuro, porque não pode e estará destinado a sofre tudo aquilo novamente.

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