Goste do texto que topei no Mídia Sem Máscara escrito pelo LEONARDO BRUNO, cujo título é "Deus, a verdade e o homem", no qual aborda temas pertinentes sobre a deterioração dos valores cristãos e gregos, que ajudaram a formar o ocidente.
Vejamos um trecho dele:
“Dentre tantas questões da nossa época, encontradas na
filosofia e em muitas perspectivas políticas, há três grandes revoltas da
modernidade: a revolta contra Deus; a revolta contra a verdade; e a revolta
contra o homem.
Revela-se no Ocidente a revolta contra Deus. As ideologias
políticas e certas escolas filosóficas excluem Deus da história e do universo
moral, político, ético e existencial do homem. O elemento da moda difundida nas
universidades, na mídia e na opinião pública em geral é o materialismo e o
ateísmo. Nestas teorias, o homem não precisa mais da realidade transcendente.
Ele se basta a si mesmo.”
Gostaria de tecer alguns comentários:
Da Contribuição da
Filosofia grega ao Cristianismo:
A filosofia Patrística e a Escolástica nasceram da União da Filosofia
Grega (principalmente o platonismo, neoplatonismo, aristotelismo e estoicismo)
com o Cristianismo, no qual se viu pontos convergentes entre ambos, dessa União
nasceu o ocidente.
Santo Agostinho confessava ver em Platão e no neoplatonismo,
um cristianismo em potencial, como fica
evidenciado nesta passagem emblemática das Confissões, que vale a pena
transcrever:
“(...) alguns livros platônicos, traduzidos do grego em
latim. Neles li, não com estas mesmas palavras, mas provado com muitos e
numerosos argumentos, que ao princípio era o Verbo e o Verbo existia em Deus e
Deus era o Verbo: e este, no princípio, existia em Deus.Todas as coisas foram
feitas por Ele, e sem Ele nada foi criado. O que foi feito, n’Ele é vida, e a
vida era a luz dos homens e as trevas não a compreenderam (...) Do mesmo modo,
li neste lugar, que o Verbo de Deus não nasceu da carne e do sangue, nem da
vontade do homem, mas de Deus (...) Descobri naqueles escritos, expresso de
muitos e variados modos, que o Filho, ‘existindo com a forma do Pai, não
considerou como usurpação ser igual a Deus’, porque o é por natureza (...) Lá
encontrei ‘que o vosso filho Unigênito, eterno como Vós, permanece imutável
antes de todos os séculos e sobre todos os séculos, que, para serem
bem-aventuradas, todas as almas recebem da sua plenitude, e que, para serem
sábias, são renovadas pela participação da Sabedoria que permanece em si
mesma’(...) Por isso lia também aí que transformaram a imutável glória da vossa
incorruptibilidade em ídolos e estátuas de toda espécie, à semelhança de imagem
do homem corruptível, das aves, dos animais e das serpentes, ou seja, o
alimento dos egípcios, pelo qual Esaú perdeu o direito de primogenitura.” (Traduzido
por Angelo Ricci. São Paulo: Abril Cultural, 1980. VII, 9, 13 a 15)
Os humanistas e renascentistas bem como o racionalismo
depois de Descartes que os pensadores cristãos haviam deturpado a filosofia
grega, cristianizando-a. Donde, para estes era mister um renascimento da autêntica filosofia grega,
sem as “deturpações” que, segundo eles, a filosofia cristã havia introduzido
nela. Ora, de acordo com os adeptos desta corrente, Santo Agostinho,
arbitrariamente havia cristianizado Platão; Santo Tomás de Aquino, batizado a
Aristóteles, e assim por diante.
Heidegger aponta, com precisão, para o fato de que a
ontologia grega não precisou esperar pelo cristianismo para se tornar
teológica, pois ela mesma já nasceu com um caráter teológico. Aliás, foi
exatamente esta raiz teológica da ontologia grega, que possibilitou, por parte
do pensamento cristão, a apropriação dela.
"O caráter teológico da ontologia não reside, assim, no
fato de a metafísica grega ter sido assumida mais tarde pela teologia eclesial
do cristianismo e ter sido por ela transformada. O caráter teológico da
ontologia se funda, muito antes, na maneira como, desde a Antiguidade, o ente
chega ao desvelamento enquanto ente. Este desvelamento do ente foi que
propiciou a possibilidade de a teologia cristã se apoderar da filosofia
grega." (O Retorno ao Fundamento da Metafísica. p. 85. In: Conferências e
Escritos Filosóficos. Trad. Ernildo Stein. São Paulo: Nova Cultural, 2000)
Para Nietzsche, o próprio cristianismo é um platonismo para
o povo. Ora, o interessante em tudo isso é que, muitos séculos depois de São
Justino e Santo Agostinho, já na própria filosofia platônica, tenha defendido a
mesma tese e que Platão fora cristão antes de Cristo.
Vejamos o que o filosofo alemão disse:
“-Por último, minha
desconfiança, com Platão, vai até o fundo: acho-o tão extraviado de todos os instintos
fundamentais dos helenos, tão moralizado, tão preexistentemente cristão (...)”;
(Crepúsculo dos Ídolos)
“(...) que também nós, conhecedores de hoje, nós os sem Deus
e os antimetafísicos, também nosso fogo, nós o tiramos ainda da fogueira que
uma crença milenar acendeu, aquela crença cristã, que era também a crença de
Platão, de que Deus é a verdade, de que a verdade é divina (...)”. (Gaia
Ciência)
Os preceitos fllosóficos cristãos, que pregam o amor como
meio para se chegar ao Paraíso, por exemplo, encontram com frequência
ressonância nas ideias de Platão.
Dessa maneira, o “filósofo do amor” arrebatou diversos
seguidores, quase religiosos. Ninguém melhor que o filósofo para falar de tão
elevado tema, através de suas alegorias com encanto poético. Além disso, ‘sua
doutrina era parecida com a da tradição cristã, que os poetas podiam exprimir
pelos termos de uma a essência da outra, como confundindo na mesma corrente de
lírica inspiração águas manadas de fontes diferentes, mas do mesmo veio
subterrâneo’. Os poetas bebem dessas fontes, mas não se contentando com o
sabor, alteram-nas de modo a tomá-las agradáveis a seu paladar. Eles procuram
no platonisrno uma maior dignificação intelectual, encontrando nele a expressão
filosófica do amor cristão.
Nas obras O Banquete e Fedro, a Beleza Absoluta, a que todos têm como
objetivo é Deus. O homem que quer chegar a Deus procura atingir o bem, o amor
elevado, que está na alma e não no corpo. Aqui, facilmente tem-se um paralelo
de conceitos pagãos e cristãos do que é alma, espírito; a aproximação é quase
intuitiva. Só o amor eleva o homem ate o Céu, é ele a ponte entre o homem e
Deus. O homem une-se ao Divino em momentos de Razão e Beleza.
A distinção entre o amor celeste e o amor vulgar, também vem
ao encontro dos preceitos cristãos, que pregam O amor fraterno, o amor a Deus e
a todas as suas coisas: ‘Amai-vos uns aos outros como eu vos amei’, o amor
carnal, este não conduz a Deus, mas, quando desregrado e sem amor, acaba sendo
visto como algo que remete ao pecado, a fornicação. O amor celeste conduz os
homens ao bem, às boas ações.
Na obra Timeu, há uma passagem que serve como fundamentação
racional e que vem reforçar a verdade revelada na Sagrada Escritura: “Sem
embargo, descobrir o autor e pai deste Cosmo é uma grande façanha e uma vez se
o há descoberto, é impossível divulgá-lo de modo que chegue a todo o mundo.”
Realizar essa façanha e divulgá-la para chegar a todo o mundo, explica o
professor, se era um desafio para o platonisrno, não o foi para o cristianismo.
Cristo vem ao mundo como filho de Deus para anunciar; anunciar valores que
transcendem o mundo sensível, cuja realização Platão propõe pelo exercício da
inteligência.
As noções como Verdade, Justiça, Bondade e Bem, entre
outras, tem seus fundamentos num primeiro princípio: Deus, um Ser imutável,
verdadeiro. Um Ser reconhecido como a ideia de Bem unificado, uma Beatitude e
supremo objeto de amor. Platão proporciona tudo isso.
O Mundo das Ideias platônico nos remete a imagem do paraíso
cristão. Para Platão as realidades concretas deste mundo, dito mundo sensível,
são sombras das ideias que existem no mundo inteligível. As belezas terrestres
participam da ideia da beleza universal, da beleza absoluta; elas trazem
lembranças, recordações, reminiscências do mundo inteligível. Ora, esse mundo
inteligível pode ser reinterpretado, a luz cristã, como o paraíso bíblico e a
beleza absoluta, poder regedor do mundo, como Deus.
Os ataques da
modernidade:
- O Homem
Sobre a questão de o homem ser diminuído a uma simples
matéria, isso vai contra a ideia dos antigos de que o homem está acima da
matéria e principalmente dos animais. Um trabalho fantástico foi realizado pelo
filósofo neoplatônico Porfírio de Tiro, que apesar de uma disputa contra os
cristãos, teve suas obras estudadas elos monges cristãos, inclusive Santo Agostinho
guardava-lhe uma admiração.
Em sua obra Introductio in Praedicamenta (também conhecida
como Isagoge), um comentário da obra Categorias, de Aristóteles, Porfírio
descreve como as qualidades atribuídas às coisas podem ser classificadas,
quebrando o conceito filosófico da substância como um gênero/espécie do
relacionamento. Com isso, Porfírio pôde incorporar a lógica aristotélica ao
neoplatonismo, especialmente a doutrina das categorias do ser interpretada nos
termos das entidades. Nesse mesmo livro, encontra-se a famosa "Árvore de
Porfírio" (Arbol porphyriana), que ilustra sua classificação lógica da
substância. Para Porfírio, os conceitos se subordinam, partindo dos mais gerais
até chegar aos menos extensos. Grosso
modo, ela pode ser assim esquematizada:
- Substância - Pode ser corporal ou incorporal
- Corpo - Pode ser animado ou inanimado
- Vivente - Pode ser sensível ou insensível
- Animal - Pode ser racional ou irracional
- Racional - O homem.
O ser humano não é apenas matéria, é um ser capaz de
compreender o mundo a sua volta, modificar o meio ambiente e agir que não seja
por instinto. Isso não é um convite para
o homem destruir o meio ambiente, mas o preservar e usar seus recursos
racionalmente.
Está escrito no Gênesis:
“E criou Deus o homem à sua imagem: à imagem de Deus o
criou; homem e mulher os criou.
E Deus os abençoou, e Deus lhes disse: Frutificai e
multiplicai-vos, e enchei a terra, e sujeitai-a; e dominai sobre os peixes do
mar e sobre as aves dos céus, e sobre todo o animal que se move sobre a terra.
E a todo o animal da terra, e a toda a ave dos céus, e a
todo o réptil da terra, em que há alma vivente, toda a erva verde será para
mantimento; e assim foi.”
Deus não deu carta-branca para o homem destruir a terra,
dotou-lhe de razão para que usasse os recursos para garantir a sua subsistência.
Não foi na idade média apelidada pelos iluministas de “Idade das Trevas” que promoveu
a destruição e devastação do meio ambiente, mas na modernidade que seriam a “Era
das luzes”. Vemos fanáticos ambientalistas que dotados de ódio ao homem
promovendo uma cruzada contra o ser
humano, nos acusando de sermos um câncer na terra e para isso tentam dizer que
o homem é apenas uma simples matéria e que pode ser destruído.
- Sobre Deus
Na questão da revolta contra Deus e seu esquecimento pelos
Europeus, costuma-se dizer que os cristãos fundamentam a existência de Deus somente
nas sagradas escrituras, como se não houvesse nenhum embasamento racional
lógico
Os filósofos e teólogos cristãos longe de usarem somente as Sagradas
escrituras para fundamentar a criação do mudo, foram usados principalmente as
obras filosóficas de Platão e Aristóteles para dar uma fundamentação racional
para compreende a criação do mundo por Deus. Inclusive dizia São Tomás de
Aquino: "Odie hommo liber unicum" (Repudio o homem de um livro só).
Era necessário todo um embasamento lógico-filosófico para a compreensão de Deus,
suas leis e as sagradas escrituras.
Dizia Platão:
“Na minha opinião, temos primeiro que distinguir o seguinte: o que é aquilo que
é eternamente e não devém, e o que é aquilo que devém sempre, sem nunca ser? Um
pode ser apreendido pelo pensamento com o auxílio da razão : pois é imutável;
enquanto que o segundo é objeto da opinião e da irracionalidade dos
sentidos e, porque devém e se corrompe,
não pode ser nunca. Ora, tudo aquilo que devém é inevitável que devenha por
alguma causa, pois é impossível que alguma coisa devenha sem o contributo duma
causa. Deste modo, o demiurgo põe os
olhos no que é imutável e que utiliza como arquétipo quando dá a forma e as
propriedades ao que cria. É inevitável que tudo aquilo que perfaz deste modo
seja belo. Se, pelo contrário, pusesse os olhos no que devém e tomasse como
arquétipo algo deveniente, a sua obra não seria bela.
Quanto ao conjunto do céu ou mundo – ou ainda, se
preferirmos chamar-lhe outro nome mais adequado, chamemos-lhe esse –, temos que apurar primeiro, no que lhe diz
respeito, aquilo que subjaz a todas as questões e deve ser apurado logo no princípio: se sempre foi,
sem ter tido origem no devir, ou se deveio, originado a partir de alguma
origem. Deveio, pois é visível e tangível e tem corpo, assumindo todas as
propriedades do que é sensível; e o que é sensível, que pode ser compreendido
por uma opinião fundamentada na percepção dos sentidos, devém e é deveniente, como já foi dito.
Dissemos também que o que devém é inevitável que devenha por alguma causa.
Porém, descobrir o criador e pai do universo é uma tarefa difícil e, a
descobri-lo, é impossível falar sobre ele a toda a gente. Mas ainda quanto ao
mundo, temos que apurar o seguinte: aquele que o fabricou produziu-o a partir
de qual dos dois arquétipos: daquele que é imutável e inalterável ou do que devém. Ora, se o mundo é belo e o
demiurgo é bom, é evidente que pôs os olhos que é eterno; se fosse ao
contrário – o que nem é correto
supor –, teria posto os olhos no que devém. Portanto, é
evidente para todos que pôs os olhos no que é eterno, pois o mundo é a mais
bela das coisas devenientes e o demiurgo é a mais perfeita das causas. Deste
modo, o que deveio foi fabricado pelo demiurgo que pôs os olhos no que é
imutável e apreensível pela razão e pelo
pensamento.
Assim sendo, de acordo com estes pressupostos, é
absolutamente inevitável que este mundo seja uma imagem de algo. Mas em tudo, o
mais importante é começar pela origem natural. Assim, temos que distinguir, no
que diz respeito a uma imagem e ao seu arquétipo, o seguinte: os discursos
explicam aquilo que é seu congênere. Por isso, os discursos
claros, estáveis e invariáveis explicam, com a colaboração do intelecto, o que
é estável e fixo – e tanto quanto convém aos discursos serem
irrefutáveis e insuperáveis, em nada devem afrouxar esta relação – e quanto aos
que se reportam ao que é copiado do arquétipo, sendo ele próprio uma
cópia, estabelecem com essa cópia uma
relação de verossimilhança e analogia; conforme o ser está para o devir, assim
a verdade está para a crença.” (Timeu)
Deus criou o universo de uma maneira perfeita e organizada.
Platão coloca a necessidade de um criado para o Universo e esse criador ou
arquiteto criou tudo da maneira perfeita e organizada. Deus foi o criador do
Universo, assim como foi dito anteriormente, as noções como Verdade, Justiça,
Bondade e Bem, entre outras, tem seus fundamentos num primeiro princípio: Deus,
um Ser imutável, verdadeiro. Um Ser reconhecido como a idéia de Bem unificado,
uma Beatitude e supremo objeto de amor. Negando a Deus não existiria nada
disso, sendo apenas construções humanas,sendo convenções poderiam ser
arbitrariamente mudadas. Valores que o Cristianismo
e os gregos legaram a humanidade, não seriam algo inato ao mundo.
Interessante que o “filósofo” britânico G.E. Moore que era
positivista-analítico categorizou o "bom" como indefinível, Moore
também ressaltou que é uma propriedade não natural. Isto significa que não pode
ser empiricamente ou cientificamente testado ou verificado - não está dentro
dos limites da "ciência natural".
Não preciso nem dizer que isso abriu caminho para aberrações
que aparecem no século XX e XXI, acabando favorecendo o niilismo.
- A Verdade
Sobre a verdade, tão atacada na modernidade e
pós-modernidade, estamos retornando a Era dos sofistas que teve em Protágoras
como seu símbolo.
Protágoras de Abdera foi um sofista da Grécia Antiga, responsável
por cunhar a frase: "O homem é a medida de todas as coisas, das coisas que
são, enquanto são, das coisas que não são, enquanto não são."
Tal frase expressa bem o relativismo tanto dos Sofistas em
geral quanto o relativismo do próprio Protágoras. Se o homem é a medida de
todas as coisas, então coisa alguma pode ser medida para os homens, ou seja, as
leis, as regras, a cultura, tudo deve ser definido pelo conjunto de pessoas, e
aquilo que vale em determinado lugar não deve valer, necessariamente, em outro.
Esta máxima (ou axioma) também significa que as coisas são conhecidas de uma
forma particular e muito pessoal por cada indivíduo.
Seus principais adversários foram Sócrates, Platão e
Aristóteles, que negavam a esse relativismo.
Sobre a questão da verdade, ela foi muito bem trabalhada por
Aristóteles que fora aluno de Platão, a verdade obedecer às leis da lógica. A
base de todo raciocínio deve e basear nos princípios da não contradição,
terceiro excluído e identidade.
O princípio da não contradição diz que nenhuma afirmação
pode ser verdadeira e falsa ao mesmo tempo, o princípio do terceiro excluído
diz que qualquer afirmação da forma *P ou não-P* é verdadeira e o da identidade
pode ser explicado pela fórmula : A = A. A fórmula A = A fala de uma igualdade.
Ela não nomeia A como o mesmo. A fórmula corrente para o princípio da
identidade encobrem por conseguinte, justamente o que o princípio quereria
dizer: A é A, quer dizer, cada A é ele mesmo o mesmo.
Vejam o que Aristóteles fala sobre o relativismo da verdade:
"Nunca se poderá
sustentar que dois e três são, de igual modo, números pares. E aquele que pense
que quatro e cinco são a mesma coisa, não terá um pensamento falso de grau
igual ao daquele que defendesse a ideia de que quatro e mil são idênticos. Se
existe diferença na falsidade, é evidente que o primeiro pensa uma coisa menos
falsa. Por conseguinte, está mais próximo ao que é verdadeiro. Logo, se o que é
mais uma coisa é o que se aproxima mais dela, deve haver algo verdadeiro, do
qual será o mais verdadeiro mais próximo. E se este verdadeiro [absoluto] não
existisse, pelo menos existem coisas mais certas e mais próximas da verdade que
outras (…)" ― “Metafísica”, 4 ― IV
Conclusão:
O filósofo britânico Alfred North Whitehead afirmou que:
“Toda a filosofia ocidental não passa de notas de rodapé das páginas de
Platão”. E ele está certo, porque nossa filosofia hora percorre os caminhos
propostos por Platão ou se rebela contra este.
A filosofia moderna vive um momento de rebelião contra
Platão e igualmente dos valores cristãos, indo de encontro a filosofias como a
de Epicuro, Marx, Nietzsche e outros.
Essa crise de valores resulta nãosó uma negação ao
cristianismo, mas também resultante em negar o platonismo.
O relativismo exagerado acaba por deixar as pessoas sem padrão moral.
ResponderExcluirRespeitar diferenças não significa compactuar com atrocidades, algumas concepções de moral se diferenciam a medida que a cultura se diferencia, mas atitudes desumanas não são sempre desumanas ou perdemos de vez a noção sobre o que é correto em nome do relativismo moral ?
Exatamente fio.
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