E Zaratustra falou
assim ao povo:
“Eu vos anuncio o
Super-homem”.
“O homem é
superável. Que fizestes para o superar?
Até agora todos os
seres têm apresentado alguma coisa superior a si mesmos; e vós, quereis o
refluxo desse grande fluxo, preferís tornar ao animal, em vez de superar o
homem? - Assim Falou Zaratustra de Nietzsche
-
“O homem é corda
estendida entre o animal e o Super-homem: uma corda sobre um abismo; perigosa
travessia, perigoso caminhar, perigoso olhar para trás, perigoso tremer e
parar.
O grande do homem é
ele ser uma ponte, e não uma meta; o que se pode amar no homem é ele ser uma
passagem e um acabamento. - Assim Falou Zaratustra de Nietzsche
-
Eu já não sinto em
unísono convosco; essa nuvem que eu vejo abaixo de mim, esse negrume e
carregamento de que me rio, é precisamente a vossa nuvem tempestuosa.
Vós olhais para
cima quando aspirais a vos elevar. Eu, como estou alto, olho para baixo. -
Assim Falou Zaratustra de Nietzsche
-
Onde quer que
encontrasse o que é vivo, encontrei a vontade de domínio, até na vontade do que
obedece encontrei a vontade de ser senhor.
Sirva o mais fraco
ao mais forte: eis o que lhe incita a vontade, que quer ser senhora do mais
fraco. É essa a única alegria de que se não quer privar.
E como o mais
pequeno se entrega ao maior, para gozar do mais pequeno e dominá-lo, assim o
maior se entrega também e arrisca a vida pelo poder.
É este o abandono
do maior; haja temeridade e perigo e jogue-se a vida num lanço de dados.
E onde há
sacrifício e serviço e olhar de amor há também vontade de ser senhor. Por
caminhos secretos desliza o mais fraco até à fortaleza, e até mesmo ao coração
do mais poderoso, para roubar o poder.
E a própria vida me
confiou este segredo: “Olha — disse — eu sou o que deve ser superior a si
mesmo.”
Certamente vós
chamais a isso vontade de criar ou impulso para o fim, para o mais sublime,
para o mais longínquo, para o mais múltiplo; mas tudo isso é apenas uma só
coisa e um só segredo.
Prefiro desaparecer
a renunciar a essa coisa única: e, na verdade, onde há morte e queda de folhas,
é onde se sacrifica a vida pelo poder. - - Assim Falou Zaratustra de Nietzsche
Não é tudo o que concordo com Nietzsche, mas tenho de reconhecer que ele
possui conceitos interessantes como a vontade de poder e o super-homem.
O gosto por filmes fantasias com heróis em detrimento de
digamos filmes reais, deriva do desejo evitar a realidade em detrimento de
viver em um mundo de alienação? Seria uma fuga da realidade?
Meu gosto por filmes do Batman, Homem de ferro, Homem Aranha e Capitão
América por exemplo surge foram homens que superaram suas limitações para
alcançar a grandeza, jamais se contentaram em viver uma vida medíocre,
pelo contrário ambicionavam o controle de suas vidas e o desejo de
elevação ao em vez de se tornarem o homem massa, aquele sujeito comum que leva
sua vida de maneira medíocre. Todos foram suficientemente ousados por
arriscar suas vidas em nome de um ideal, por um ideai. Nenhum deles deixou
de cruzar o abismo que os separavam de seu ideal para o atingir, mesmo que
custasse sua vida. Isso que é admirável.
O que vemos no lixo do cinema autoral brasileiro são
pessoas medíocres que continuarão a levar vidas medíocres, com
ataques ao capitalismo ou birrinha com o machismo, mas sem nenhum gesto de
grandeza e quebra de barreiras. As obras passam uma mensagem para a população
se revoltar contra sua situação econômica, mas para se tornar o homem massa do
socialismo, igual a todos. Ou então atacar a família tradicional,
para dizer que existe hipocrisia nela e que existem modelos alternativos
de família ou então apelo ao sexo. Mas nenhum apelo a
grandiosidade do homem. Nada falando para o homem cruzar seus abismos para se tornar
grande ao em vez de simplesmente aceitar sua vidinha medíocre. Isso que
não suporto nesses filmes em geral. A monotonia da mediocridade. O cinema
passa a mensagem saia de um rebanho para cair em outro.
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