quarta-feira, 27 de junho de 2012

Crítica ao hedonismo

Quando se ataca o conservadorismo se busca o colocar como um atraso, afirmando que os países com maior escolaridade são os menos religiosos (como se religião fosse fonte de ignorância) e mais liberais. Esses países são mais hedonistas.

Os hedonistas tem como princípio universal do amor a si mesmo, ou seja à felicidade própria. O que os move em sua conduta não é a razão, mas o desejo que é guiado pelo prazer. Seria a ética hedonista melhor?




O prazer derivado da representação da existência de uma coisa, enquanto deva ser um fundamento de determinação do desejo desta coisa, fundamenta-se na receptibilidade do sujeito, porque depende da existência de um objeto; por conseguinte, esse prazer pertence ao sentido (sentimento), e não ao entendimento. O prazer, é fonte de conduta moral para o hedonista, enquanto a sensação do agrado que o sujeito espera da realidade do objeto determina a faculdade de desejar. Pois bem; a consciência que um ser racional tem da agradabilidade da vida e que, sem interrupção, acompanha-o em toda a existência, é a felicidade, e o princípio que faz desta o supremo fundamento da determinação do arbítrio é o princípio do amor em si mesmo. 
A ação hedonista é feita por desejos. Quando se indaga as causas determinadoras do desejo, colocando-se no prazer que se espera de alguma coisa, não nos inquieta saber donde vem a representação desse objeto agradável, sem dúvida, mas somente na quantidade de prazer que nos proporciona.









Uma representação pode perfeitamente assentar a sua origem na inteligência e ser insignificante, se apenas puder determinar a vontade enquanto supõe o sentido do prazer no sujeito, dependendo, então, inteiramente da natureza do sentido interior que seja ela ou não princípio de determinação para a vontade, posto que se torne necessário que esse sentido possa ser afetado de um modo satisfatório por essa determinação. As representações dos objetos podem ser de todo diferentes do que se pretende, podem ser representações da inteligência e até da razão, em oposição com as representações dos sentidos; entretanto, o sentido do prazer, mediante o qual tão somente essas representações constituem o fundamento da determinação da vontade (o bem-estar, a satisfação que se espera e que impulsiona a atividade à produção do objeto) é da mesma classe, não só porque nunca pode ser conhecido quando não seja empiricamente, mas porque também afeta uma só e idêntica força vital, manifestada na faculdade de desejar e, nesta relação, não pode ser diverso de qualquer outro fundamento determinativo, a não ser pelo grau.

Cada um coloca o seu bem-estar ou felicidade nisto ou naquilo, de acordo com a sua opinião particular do prazer ou da dor, fazendo as variações desta opinião experimentar diferentes necessidades ao mesmo indivíduo; e uma lei subjetivamente necessária (como lei natural) é, portanto, objetivamente um princípio prático de inteiro contingente, podendo e devendo ser diverso em diferentes sujeitos e que, por conseguinte, não pode proporcionar uma lei, se bem que no desejo da felicidade não se trate de uma forma da lei mas apenas da matéria, isto é, se posso eu esperar prazer do cumprimento da lei e em que proporção. Os princípios do amor-próprio podem, certamente, encerrar regras universais da habilidade (na pesquisa dos meios para os fins em mira), não sendo, porém, mais do que princípios teóricos como, por exemplo, o do que todo aquele que quer comer pão deverá imaginar uma fazenda. Mas os preceitos morais hedonistas que assentam no amor-próprio não podem ser universais, porque o princípio que determina a faculdade de desejar se fundamenta no sentimento de prazer ou de dor, o qual nunca pode ser aplicado universalmente aos mesmos objetos. Até porque nem sempre aquilo que nos (algumas pessoas) trás prazer é bom

O motor da nossa moralidade não deve estar nos sentidos, mas na razão, ponderando se nossa conduta pode ser universalizada. Os sentidos simplesmente por si só não conseguem definir uma verdadeira conduta, mas a razão que compreende a causalidade e se nosso ato pode ser admitido o não.Não estou dispensando os sentidos doo conhecimento, mas eles fornecem os dados sensíveis para a nossa razão conhecer.
O prazer é algo subjetivo, que cada um gosta, a moral deve ser algo universal, que traga o bem a todos. Não uma sensação que pode ser ilusória como as drogas, mas algo que seja realmente bom a todos.


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