terça-feira, 16 de dezembro de 2014

FEMINAZISMO NA ARGENTINA : A 'MODA' DA ALIENAÇÃO PARENTAL .

Documentário proibido na Argentina por conter depoimentos dos próprios ideólogos de gênero expressando abertamente sua misandria, fala da luta dos pais que são alvo do totalitarismo estatal-ideológico, juntamente com seus filhos:




CRÉDITOS : A VOICE FOR MEN-BRASIL :
http://br.avoiceformen.com/recomendados/apagando-o-papai-borrando-a-papa/

TRADUÇÃO : ALDIR GRACINDO :
https://www.youtube.com/user/mohann2007/videos

domingo, 7 de dezembro de 2014

FEMINISTAS X GAYZISTAS !!! Mais um capítulo de uma briga 'entre progressistas' que os grupos 'Politicamente Corretos' querem esconder .

     Como o título deste texto sugere , isso não é algo novo , e já tinha sido relatado neste blog neste texto aqui o qual recomendo , caso ainda não o tenha lido , singela leitura antes de prosseguir com este texto atual :  


 http://contrafeminismo.blogspot.com.br/2013/03/briga-de-gangues-politicamente-corretas.html


Já leu ?! Não ? Deixa de ser babaquara e leia , abestado . Eu espero .

Já leu agora ? Então , sigamos ...

No mundo 'magicuzinho-bolchevique-chic' da Unicamp , um 'homem-mulher' , ou seja ; que NÃO usa 'OLD SPICE' , chamado(a) Amara Moira ,  e que pensa que é o novo Laerte , resolveu fazer uma visita ao banheiro FEMININO , para tirar a água do joelho , devidamente 'sentadeenha' , e isso se tornou um hábito , para alegria dos homens que não estavam afim de um manja-rola no banheiro deles . E claro isso foi detectado pelo radar femimiminista que resolveu mandar um recado para o Laerte-wannabe , eis a singela mensagem , a altura da simpatia típica do feminismo :

 
Calma, feminazis , uranista passivo ainda usa isso para mijar .



  Diante disso , o 'Sr.Moira' resolveu reclamar seus direitos junto à diretoria acadêmica da Unicamp , reclamando que os 'trans' , que não são os 'formers, são tratados como cidadãos de 'segunda classe' . E ainda diz que as 'feministas radicais' ( pleonasmo da biba ) , não se importa com o fato de que os 'trans', que não é o 'porter' ( pois Jason Statham é cabra-macho ) , tenha um local para fazer suas necessidades pois seriam 'agredidas' nos banheiros masculinos ( sempre arranjam uma desculpa para culpar os himens ) , chegando a dizer em seu 'facebook' que os homens agridem e 'mostram' a genitália para os travecos nos banheiros masculinos quando na verdade , são os travestis quem assediam os  homens nos banheiros .

 Bom , seguindo o fato , o 'Sr.Moira' , catalogou outras mensagens feministas que lhe foram endereçadas :



                          É isso mesmo que vocês estão lendo , para feministas , até 'bibas' são machos .

Bom, diante isso tudo , eu quero fazer umas pergunta honestas às feministas que nos lêem , tanto que qualquer resposta feminista a estas perguntas eu deixarei passar e permitirei exibição , SE VIER SEM OFENSAS ! Tanto que nem serei irônico , como costumo ser , se notar que pode sair uma prosa interessante . Ok , 'la pregunta' ... ?

  LÉSBICAS FREQUENTAM BANHEIROS FEMININOS ?

  SÁFICAS , AO USAREM BANHEIROS FEMININOS , ASSEDIAM MULHERES ?

 EM CASO DE ASSÉDIO DAS TRÍBADES , O QUE O FEMINISMO TEM A DIZER SOBRE ISSO ?

 E SE VOCÊ É LESBIANA , POR QUE NÃO USA O BANHEIRO MASCULINO ?

SE FOR CONTRA , ENTÃO POR QUE PEDERASTAS TRANS PODEM USAR O BANHEIRO FEMININO MAS SAFISTAS TRANS NÃO PODEM USAR O MASCULINO ?

Enfim , é isso aí . Lembrando que para este blog , o parâmetro para uso de mictórios públicos deve se basear nos cromossomos . Banheiros exclusivos para XX , e banheiros exclusivos para XY.


sexta-feira, 14 de novembro de 2014

Cultura do estupro: real ou imaginária?

 "Sim, a cultura do estupro existe, contra os homens."

É comum que as feministas sugiram que os homens não são em nenhuma hipótese a vítima do estupro, mas sempre os autores. Ledo engano. O estupro contra homens, praticado por outro homem ou por mulheres, é um crime real e recorrente, principalmente dentro das penitenciárias. Ao contrário do estupro feminino o estupro contra homens só passou a existir no nosso código penal em 2009, antes o homem só podia sofrer violação e abuso, nunca estupro.

O único estudo (que não é oficial, diga-se) sobre o estupro carcerário que foi realizado no Brasil cobria apenas as mulheres, e sequer citava os homens. Seria a cultura do estupro uma cultura anti-homem, feminista? Pois bem, usemos os dados americanos então. Segundo a ONG (Coisa adorada pelas feministas) Human Rights Watch - direitos humanos, outra coisa que elas dizem amar - 140 mil presos são estuprados a cada ano. É muito, não é? Segundo a organização Stop Prisoner Rape existem mais homens estuprados dentro da cadeia do que mulheres fora dela. Quer isso em números? Um jovem preso tem cinco vezes mais chanc
es de ser estuprado que uma mulher solta, e, uma vez atacado, ele corre dez vezes mais chances de contrair uma DST que pode levar à morte.


Nesse momento as feministas usarão mais um dos seus ardis demoníacos: 'o estupro masculino é praticado por outros homens'. O número de homens estuprados, como eu demonstrei e provei, não é irrisório, está no mesmo patamar ou acima do feminino. São sim, em boa parte, cometidos por homens - homens gays. São todos os gays estupradores em potencial?


No Brasil o crime que mais provoca comoção popular é o estupro, sendo o maior causador de linchamentos, dentro ou fora das cadeias. Segundo pesquisa da NEVUSP a população aponta o estupro como o crime mais punível com a pena de morte, ficando a frente de crimes como assassinato, sequestro e terrorismo(Disso eles entendem bem).

Sim, a cultura do estupro existe, contra os homens.

FONTE : https://www.facebook.com/institutoreacionario/photos/a.371553813013821.1073741828.371055833063619/371553636347172/?type=1


Para completar , assistam esse video que demole por completo essa farsa feminista :

                   Se forem mimimizar , ao menos TENTEM usar de bons argumentos ...Se puderem .

quinta-feira, 4 de setembro de 2014

Estágios da vida humana

Kierkegaard é considerado como o precursor do existencialismo, ao refletir sobre a existência humana acabou concluindo que a verdade é a subjetividade e cada ser humano durante seu estar-no-mundo passa por três estágios ou três possibilidades diferentes de existência. A saber o estágio estético, o ético e o religioso.

Quando o homem se encontra no estágio estético, este vive para o ''aqui e agora'' e visa sempre o prazer, acreditando que bom é aquilo que é belo e agradável. Tal pessoa vive inteiramente no mundo dos sentidos e é extremamente focado na sensualidade e acorda e dorme priorizando os apetites carnais. Interessa lhe o jogo da sedução, sua existência é uma representação exclusivamente individual, não considera os limites éticos e as obrigações sociais. O esteta além de não saber discernir a diferença entre liberdade e libertinagem acaba virando joguete de seus próprios prazeres e estados de ânimo: Tudo o que lhe aborrece que não condiz com a sua concepção de moralidade é negativo e mesmo em situação caótica que causa preocupação e sofrimento, este adota um comportamento de mero observador. Responsabilidade e esforço não é o seu forte. Este busca um sentido para a sua existência sob domínio de sentidos, sentimentos, impulsos, prazer. Nesta fase, o indivíduo escolhe viver de aparências, vive uma vida de“curtição”, se transforma num hedonista, aquele que busca o prazer a qualquer custo e a toda hora sem limites.
O ser humano precisa sentir prazer, imediato, não se preocupa com o futuro, e nem com grandes projetos, tudo é presente. Busca simplesmente satisfação imediata, seja com sexo, drogas ou rock'n'roll. Acredito que a maior parte das pessoas estão estagnadas nesse estágio, desprezam que possuem um cérebro com capacidade para pensar, e acabam por "adotar" um estilo de vida artificial, sem aspirações intelectuais. Esse estágio também pode ser chamado de "Felicidade Ignorante" (lembra da frase: "A ignorância é uma benção", exatamente), ou seja, a pessoa tem todos os prazeres que quiser, mas essas satisfações de curta duração só fazem aumentar o vazio que sentem por dentro. Porém...vivendo de tal forma, o indivíduo não encontra satisfação, pois sua existência passa a ser um círculo vicioso de busca pelo prazer seguido da insatisfação. Sendo assim, com o tempo o indivíduo torna-se frustrado, melancólico. A melancolia é oriunda de uma personalidade focada no imediatismo e desprovida da reflexão ética. Tende a refugiar-se no passado para encontrar satisfação, mas é em vão. Insatisfeito, sujeito a sentimentos de medo e sensações de vazio e tédio, tende a cair no desespero.É a partir do desespero que o homem pode atingir um outro estágio existencial. O desespero é algo positivo para Kierkegaard, pois é por intermédio dele que o homem reflete a possibilidade de dar o ''salto'' para um estágio superior.

O próximo estágio é o ético. Atingido a partir do abandono dos comportamentos do estágio estético( passa a se sentir responsável por suas ações). O homem passa a viver eticamente, pautado na seriedade e por decisões consistentes, tomadas segundo padrões morais. Aceita e obedece as regras, normas e convenções. Assume os limites estabelecidos pela sociedade. Enquanto esteta se interessava apenas pelo que era divertido, agora como indivíduo ético, não só considera o que é certo e errado, mas, principalmente se posiciona-se em relação ao que é certo e errado. A liberdade agora está limitada pelo social.
Kierkegaard afirma que o casamento é um símbolo do estágio ético, pois é algo que é comumente aprovado pela maioria das pessoas, independentemente de cultura, religião ou etnia. Uma pessoa, a partir do momento em que se torna casada, assume diversos compromissos - a fidelidade, o amor para com o cônjuge e para com os filhos, o respeito para com os familiares, o dever de trabalhar para o sustento da prole - estes compromissos são encarados como leis. Seria loucura quebrar algum destes valores, a não ser em um caso extremo.

Contudo esse estágio não garante a plenitude ao ser humano. Pode chegar-se o dia em que o homem zeloso se cansa de ser tão organizado e moral e tão cônscio dos seus deveres e começa a sentir tédio e fadiga em sua existência. Aqui pode haver o regresso ao estágio estético, pois, talvez o homem resolva tomar uma atitude mais lúdica diante da facticidade da existência. Ou, talvez este resolva dar outro salto em busca do estágio religioso.


O estádio religioso para Kierkegaard é a pura vivência da Fé. O autor diz que o primeiro estádio é só divertimento, o segundo é luta pela sobrevivência e o terceiro é sofrimento por haver muitos riscos, mas que tipos de riscos? A vivência da Fé é um risco por ser um salto sem certeza alguma, isso se perceber no trecho a seguir. “Não há quem se detenha na Fé, hoje em dia – vai-se mais distante. Passarei, certamente, por estúpido se eu for perguntar para onde esse caminho se vai”. A vivência religiosa dá a consciência a cada individuo de sua subjetividade,interioridade e a singularidade. Então, é na Fé, que o ser humano se descobre como ser humano.

''A Fé é a mais elevada paixão de qualquer homem. Talvez exista muitos homens de cada geração que não a atinjam, porém nenhuma vai mais além dela. Se se acham ou não muitos homens de nosso tempo que não a encontram, não posso resolver isso, pois somente me é permitida, a referência a mim mesmo, e não devo esconder que me resta ainda muito por fazer, sem por esse motivo trair-me, ou trair a grandeza, reduzindo isto a um problema sem importância, a uma doença infantil, da qual se espera estar curado o mais rápido possível. Contudo, ainda aquele que não chega até a Fé, a vida implica em suficientes encargos, e os aborda com sincero amor, a sua existência não será em vão, ainda que não possa ser comparada à existência daqueles que alcançaram e compreenderam o mais elevado. Contudo, aquele que chegou até a Fé, e não importa nada que possua dons imanentes ou que seja uma alma comum, esse não pára na Fé; ficaríamos até indignados se o disséssemos, da mesma maneira que um amante se indignaria a escutar dizer que se detém no amor: não me detenho, retrucaria, pelo fato de que toda a minha vida se acha jogada aí. Não vai, entretanto,mais além, não passa a outra fase, porque assim que o descobre outra relação o solicita''. - Temor e Tremor de Soren Kierkegaard.

Só no estágio religioso, o homem após, preferir a Fé ao prazer estético e aos mandamentos da razão pode reconciliar-se com sua própria vida. É somente através da religiosidade que o indivíduo supera o desespero existencial de quem não visa algo mais para além do plano social e terreno e entra em comunhão com o Ser Superior e a humanidade e encontra satisfação existencial - não dá religião da igreja, do culto, mas a religiosidade individual do ser. Transcende os limites éticos. Faz relação com o absoluto. Deus se trona a regra do indivíduo, a única fonte de realização plena.

quinta-feira, 28 de agosto de 2014

Frouxinhos contemporâneos

Autor: LUIZ FELIPE PONDÉ


Vejo esses homens com cartazes assim: 'Pelo direito de gritar quando aparecer uma barata'

O medo é uma emoção básica na vida. Pequenas e grandes frustrações nos assolam por todos os lados.

Mas, já disse isso antes, acho que nunca houve uma época tão medrosa como a nossa, com um dom tão grande para negar esse medo e negar a complexidade e frustração a que estamos todos submetidos. Associada a essa tendência, produzimos uma gama de "direitos" que mais parecem uma metafísica podre dos costumes para retardados.

Para cada frustração, alguém inventará uma derivação duvidosa da declaração dos direitos do homem. Aliás, vale lembrar que a famosa declaração dos direitos do homem foi cozida em muito sangue que correu pelas mãos dos jacobinos na Revolução Francesa. Imagino que se a revolução francesa fosse hoje, fotos nas redes sociais pedindo paz nas ruas de Paris encheriam os iPhones dos bonzinhos.

Outro dia, conversava eu com um amigo esquisito, historiador, portanto, esse tipo de pessoa que pensa "a longo prazo". Ele descreveu o que eu consideraria uma imagem de pura escatologia apocalíptica: um dia alguém vai declarar que ir ao banheiro é uma forma de repressão, e, portanto, vão inventar um movimento contra a opressão de ter que usar banheiros. "Que a rua seja o meu banheiro!"

A tipologia contemporânea de comportamentos tem crescido assustadoramente. O inteligentinho todo mundo conhece: é o tipo de pessoa que acha que problemas como o do Oriente Médio se resolveriam com um ciclo de cinema e debate sobre filmes que narram a vida de mulheres fazendo bolos ou crianças jogando futebol.

Na verdade, como sempre, a intenção "escondida" é projetar os bons sentimentos do inteligentinho para com o mundo e dizer que ele tem soluções criativas para uma humanidade que nunca foi tão inteligente como ele.

Outro tipo contemporâneo é o bonzinho. Este, com o coração ainda mais cheio de amor, costuma postar fotos dizendo "não" às guerras, de seu iPhone ou de seu MacBook Pro. Mas mais típico ainda é postar fotos de Aspen com camisetas do Che. Este tipo é normalmente teen, mesmo que já tenha passado dos quarenta. Seus pais dizem coisas como "comam menos carne vermelha para ficar menos agressivos".

Mas um novo tipo que logo estará presente nas colunas sociais em eventos culturais são os frouxinhos. Estes homens (gênero, não espécie) descobriram que é difícil ser homem, ainda mais numa época em que está na moda confessar traumas o tempo todo para garantir (supostamente) a simpatia de todos.

E, pior: vivemos numa época de mulheres que crescem profissionalmente, amadurecem publicamente e financeiramente e que, portanto, ainda metem mais medo do que sempre meteram nos homens.

Os homens não confessam, mas morrem de medo das mulheres, principalmente quando as desejam.

Façamos um breve exercício de antropologia contemporânea urbana para ver se conseguimos captar os próximos atos deste novo tipo.

Antes de tudo, um reparo técnico. Vale salientar que a descrição antropológica em questão não é financiada pelo Tea Party (como costumam dizer os bobos das redes sociais quando querem tirar o crédito de alguém que os considera ridículos), tampouco vem sustentada por uma metafísica machista fanática do tipo "homem não chora", ou "lugar de mulher é na cozinha". Risadas?

Vejo-os em passeatas, chorando, com cartazes escritos assim: "Pelo direito de brochar", "pelo direito de arrumar uma mulher que me sustente", "pelo direito de gritar quando aparecer uma barata na sala", "pelo direito de se negar a trocar o pneu", "pelo direito de ter tempo igual ao da mulher na frente do espelho", "pelo direito de ter TPM" (claro, a medicina é machista por isso nunca descreveu a TPM masculina), "pelo direito de colocar a mulher na frente do ladrão", "pelo direito de sair antes da mulher e das crianças numa situação de risco".

Meu Deus, coitadas das meninas, condenadas a ficar se virando em camas vazias com homens que não seguram o tranco da insustentável condição de insegurança, incerteza, contingência, dureza, mentira, frustração, e, finalmente, derrota, que nos assola todos a vida inteira.

quarta-feira, 27 de agosto de 2014

A Angustia humana

A proposta de Kierkegaard  está refletir este tema emerge da possibilidade de um enfoque nos perfis psicológicos que habitam a condição humana, sobretudo no que se refere à articulação entre a angústia e o desespero.  O livro "O Conceito de Angústia", em que o próprio Kierkegaard, ironicamente insiste afirmar que se trata de uma “simples investigação psicólógico-demonstrativa, direcionada ao problema dogmático do pecado hereditário”.
Quais as implicações da angústia e do desespero no processo de tornar-se um si mesmo? Em que sentido a fuga da angústia implica o desespero? Mediante o entendimento de que o indivíduo somente é livre quando se responsabiliza por suas escolhas, a nossa hipótese é de que tanto a angústia quanto o desespero são de sua única responsabilidade, mesmo que ele não saiba. Por outro lado, se o desespero é a doença mortal (perda da liberdade) a angústia pode ser até o remédio, ou a condição da liberdade. Avaliaremos as articulações existenciais entre o desespero, a angústia, a possibilidade de individuação e a relação que o autor estabelece com a idéia do juízo e da graça. Nessa perspectiva, se o desespero é, segundo o autor, uma doença que atualmente atribuíamos ao self, veremos em que medida a sua definição antropológica aponta a cura para o desespero. Finalmente, veremos em que medida a angústia exerce algumas implicações decisivas sobre a liberdade e a responsabilidade do indivíduo, articuladas no horizonte do sentido para a existência.
No primeiro capítulo de O Conceito de Angústia, Kierkegaard quer abordar a angústia precisamente por este ponto de vista, busca explicar de “modo retroativo, na volta à sua origem, o pecado hereditário”. Diante do pressuposto de que o pecado entrou no mundo como culpa, nosso autor deseja investigar na constituição do ser humano, as condições de possibilidade da liberdade, a angústia, tendo em vista o problema do pecado hereditário. No entanto, o autor enfatiza que o tema do pecado somente pode ser tratado pela dogmática. Nessa perspectiva, cabe a psicologia analisar o que se passa antes do “primeiro pecado”, a queda, que em Adão é precisamente o salto qualitativo, bem como a possibilidade de conexão entre Adão e o indivíduo posterior.
Na parte 2 do primeiro capítulo, "O conceito de primeiro pecado", Kierkegaard ressalta que nas concepções teológicas tradicionais o pecado de Adão condiciona à pecaminosidade e como consequência, pressupõe a pecaminosidade como condição. Sob este aspecto, salienta Kierkegaard que “se assim fosse, então Adão realmente ficaria fora do gênero humano, e este começaria não com ele, mas teria um começo fora de si mesmo, o que contraria qualquer conceito”. Para compreendermos essa afirmação é preciso entender que o primeiro pecado é entendido por Kierkegaard como uma determinação qualitativa da possibilidade da geração. Nesse sentido, Adão:
[...] "não é essencialmente diferente do gênero humano, pois nesse caso absolutamente não há gênero humano; ele não é o gênero humano, pois nesse caso também não haveria gênero humano. Ele é ele mesmo e o gênero humano. Portanto aquilo que explica Adão também explica o gênero humano e vice-versa."
Ao afirmar que Adão é o primeiro homem e, ao mesmo tempo, é ele mesmo e o gênero humano, Haufniensis está indicando que a angústia está presente em cada indivíduo e em todo o gênero humano. Vejamos o modo como ele aborda esta questão, observando algumas distinções necessárias para que haja uma compreensão quanto as suas críticas ao modo como, em seu tempo, eram discutidas as questões sobre o pecado.
Na parte 3 do primeiro capítulo, o conceito de inocência, Kierkegaard enfatiza que em Adão, a inocência enquanto ignorância, inciência, ou desconhecimento entre o bem e o mal, ocorre precisamente pelo fato de que Adão está em plena harmonia com Deus. Antes da queda, “o espírito está como que dormindo”.
Kierkegaard repetidas vezes enfatiza que a inocência é ignorância. Na parte 5 do primeiro capítulo, O conceito de angústia, ele recorda que no livro do Gênesis, Deus disse a Adão: “mas não comas os frutos da árvore da ciência do bem e do mal”. Neste ponto, o psicólogo Kierkegaards traz um questionamento extraordinário sobre a capacidade de compreensão por parte de Adão, qual seja: [...] “é óbvio que Adão propriamente não entendeu essas palavras, pois como haveria de entender a distinção entre bem e mal, já que esta distinção só viria com o gozo?” E ainda:
[...] "A inocência pode, afinal de contas, falar. Por conseguinte possui na linguagem a expressão para todo o espiritual. Nessa medida, basta supor que Adão falou consigo mesmo. Então desaparece da narrativa a imperfeição de que outro fala a Adão de algo que este não entende. Não se segue, certamente, num sentido profundo que, se Adão fosse capaz de falar, seria capaz de compreender o enunciado. Isto é aplicável, antes de tudo, à distinção entre bem e mal, que está decerto na linguagem, mas é apenas para a liberdade."
Sob este aspecto percebemos que a reflexão de Kierkegaard se volta para as questões da linguagem e do conceito. Adão houve, mas não compreende pelo fato de que em estado de inocência ele ainda não possui conceitos.
Kierkegaard destaca que em Adão a angústia emerge da pura possibilidade, ou seja, há em Adão a sensação de que há algo para fazer, mas, no entanto, ele desconhece. O futuro, enquanto desconhecido, é nada, mas é precisamente o nada que faz nascer a angústia. Diferente do medo que tem relação com algo determinado, conhecido [...] “a angústia é a realidade da liberdade como possibilidade antes da possibilidade”. De modo extremamente sensível, o autor descreve toda a ambigüidade que há na angústia: “A angústia é uma antipatia simpática e uma simpatia antipática”.
Diante disso, a partir do pressuposto de que o salto é precisamente ser capaz de liberdade, Kierkefaard salienta que Adão salta da essência para a existência, do mesmo modo que da inocência para a culpa. No que se refere à existência o salto é inexplicável; contudo a nova qualidade que, segundo o autor, é a determinação qualitativa, somente é possível com o primeiro salto. Com o salto, segue a queda : pecado:
[...] "como Adão perdeu a inocência pela culpa, assim a perde todo e qualquer homem. Se não foi pela culpa que a perdeu, tampouco foi a inocência o que perdeu, e se ele não era inocente antes de se tornar culpado, então jamais se tornou culpado."
Nosso autor repetidas vezes afirma que o homem é uma síntese do psíquico e do corpóreo; entretanto [...] “uma síntese é inconcebível quando os dois termos não se põem de acordo com um terceiro. Este terceiro é o espírito”. A síntese mostra precisamente a diferença (humano/Deus); contudo, Kierkegaard enfatiza que, no indivíduo, a síntese somente é possível mediante o salto.
Nessa perspectiva, é possível perceber a crítica de Kierkegaard quando assegura que a pecaminosidade foi posta no homem. Conforme o autor, sensualidade não é pecaminosidade justamente pelo fato de que a pulsão sexual não é um mero instinto, uma vez que ela tem um telos-fim: “crescer e multiplicar”. Sob este aspecto, podemos compreender que a crítica aos pressupostos da teologia tradicional emerge do fato de que o “fruto do conhecimento” não aparece enquanto diferença absoluta e sim que a distinção entre o bem e o mal se dá pelo gozo. Nesse sentido, no instante em que o pecado é posto, a temporalidade passa a ser pecaminosidade e dessa determinação de pecaminosidade o pecado é hereditário no homem.
Em O Conceito de Angústia a crítica fundamental, que será posteriormente complementada nas Migalhas Filosóficas, ocorre pelo fato de que é com o “salto” da inocência para o “pecado” (enquanto condição de possibilidade do indivíduo tornar-se um si-mesmo), ou seja, com o salto da essência para a existência, o indivíduo é lançado para a “não-verdade”. A “não verdade” é precisamente o desespero, a má relação com o espírito, pois a perda da verdade é histórica, aconteceu no tempo (existência).
Segundo Kierkegaard, diferente dos animais, o homem está determinado como espírito. Sob este aspecto, podemos compreender que o desespero é, segundo nosso autor, carência de interioridade, ou seja, a negação do eterno no homem. Ora, se o homem é uma síntese do psíquico e do corpóreo e por sua vez a síntese somente ocorre na relação dos dois termos com um terceiro, então, segundo Kierkegaard, o desespero consiste na má relação com o espírito. Na relação dual (psíquico/corpóreo) a síntese não se efetiva e o desespero ocorre diante da incomensurabilidade entre finitude e infinitude, necessidade e possibilidade. No indivíduo, a carência de interioridade é uma manifestação do desespero, a doença mortal que caracteriza a perda da liberdade, cujo sintoma é a falta de sentido para a existência. Existência frustrada, para Kierkegaard, é desespero.
A angústia, enquanto possibilidade de liberdade, pode ser o antídoto, mas ela é também a vertigem diante do desconhecido, o futuro. É precisamente vertigem o que sentimos quando olhamos para o abismo e vemos apenas a fundura, o nada. Nessa perspectiva, percebemos que é diante do nada (desconhecido), o futuro, que a angústia se relaciona com o possível e, nesse sentido, ela está intimamente ligada ao nosso horizonte de liberdade. Escolher o “eu”, no sentido kierkegaardiano, implica um duplo movimento, ou seja, inicialmente voltar-se sobre si mesmo, pois é nesse movimento que se abre a possibilidade do indivíduo dar-se conta da própria incompletude. Neste ponto, compreendemos que é preciso inicialmente reconhecer o desespero, identificar a falta que não cessa de se inscrever e aceitá-la como parte de um processo dialético de libertação. Sob este aspecto podemos inferir que no desespero o medo da liberdade mobiliza todas as nossas resistências de viver sob a responsabilidade das próprias escolhas.
Ao afirmar que a angústia é a realidade da liberdade como possibilidade, Kierkegaard aponta para a contingência, pois sempre há a possibilidade de algo acontecer de uma maneira ou de outra. Não sabemos o que nos espera, mas é preciso escolher. Segue daí a dimensão da responsabilidade, pois a nossa falibilidade se expressa na justa proporção em que lidamos com o contingente.
Nessa perspectiva, é possível perceber a dimensão antropológica presente nesta obra. Kierkegaard demonstra que o sentido para a existência emerge de nossos próprios abismos, implica paixão, interioridade. A paixão é precisamente a fé como uma espécie de incerteza objetiva.
Neste ponto é possível pressupor que, segundo o nosso autor, a fé enquanto interioridade apaixonada pode ser o remédio capaz de combater o desespero, cujo sintoma é o tédio e a melancolia, tão presentes em nossos dias.
Assim, permito-me finalizar com as palavras de Kierkegaard quando, no final do quinto capítulo, enfatiza a relação desta obra com a idéia do juízo e da graça: “Com o auxílio da fé a angústia educa a individualidade a repousar na Providência. [...] "Por isso, quem se educa pela angústia em relação à culpa, só há que encontrar repouso na reconciliação”.

domingo, 10 de agosto de 2014

PATERNIDADE (por Dr. Gordon E. Finley , tradução e notas: Aldir Gracindo )

  Tradução original e nota : http://www.direitosdoshomens.com/paternidade/
“Amor de pai”, foto de Gail Druker Illman
Há muito tempo e muito longe daqui, o Dia dos Pais era celebrado como um dia especial para o Pai com sua refeição favorita, geralmente acompanhada pelos tradicionais presentes de camisa, gravata, cinto ou carteira. Como filho a dar estes presentes, e depois como pai ao recebê-los, eu não compreendia inteiramente o que eles realmente simbolizavam – honrar o papel central do pai como provedor da família, o membro da família que trazia para casa o pão.
Tudo isso mudou, claro, com as mudanças sociais e econômicas. Hoje o Dia dos Pais e a paternidade estão sob ataque de vários lados e com múltiplas perdas, não apenas para as crianças e para os pais, mas para a sociedade. Três deles  são: desemprego dos homens, divórcio e a criação de filhos fora do casamento.
O desemprego masculino hoje é maior que o feminino e, não por coincidência, o desenvolvimento educacional feminino é maior que o masculino. Estas duas desigualdades de gênero combinadas pressagiam uma reversão nos papeis de gênero com consequências incertas. Especificamente, por eras, os homens têm sustentado as mulheres por amor, sexo, companhia e por serem boas mães para seus filhos. Dada a atual reversão, as mulheres vão sustentar os homens por amor, sexo, companhia e por serem bons pais para seus filhos?
Segundo, embora a notável pesquisa científica social claramente indique que as crianças querem um pai em suas vidas, estas três tendências vão contra a realização dos desejos das crianças. A evidência mais forte vem dos filhos do divórcio. Muitos estudos de várias perspectivas chegam à mesma conclusão: filhos do divórcio não apenas sentem falta dos seus pais, como também querem legislação e juízes que mudem as práticas da Justiça de Família de forma que eles possam ter um envolvimento paternal amoroso e carinhoso envolvido em suas vidas.
O terceiro desafio para a paternidade é a criação de filhos fora do matrimônio. Na década de cinquenta, apenas quatro por cento das crianças nascia fora do casamento, enquanto hoje isso é aproximadamente quarenta por cento – um crescimento de mil por cento.

Para a sociedade, pesquisas confiáveis indicam que filhos de pais divorciados e solteiros tem risco muito maior de um conjunto de resultados negativos pessoais, sociais, de saúde, trabalho, bem-estar e criminais, comparados às crianças cujos pais são muito envolvidos com suas vidas. Pesquisa adicional mostra que os pais são melhores que as mães em reduzir o comportamento de risco sexual e de saúde em adolescentes e jovens adultos. A paternidade é, portanto, de grande interesse da sociedade.
Como os filhos de pais divorciados, os pais divorciados também sofrem de afastamento ou marginalização dos laços entre pais e filhos. Pais divorciados estão piores em praticamente todos os índices de bem-estar pessoal, social, profissional e de saúde. Espantosamente, pais divorciados se suicidam oito a dez vezes mais do que mães divorciadas.

Uma percepção das perdas emocionais dos relacionamentos cortados entre pais e filhos vem da música clássica “Big Yellow Cab”. Para muitas crianças e pais separados, “você não sabe o que tem até perder” é uma frase muito verdadeira no Dia dos Pais.
Para aqueles com sorte suficiente para ter um pai, passe este dia dos pais com ele. Para aqueles que perderam seu pai através do divórcio ou do sistema das Varas de Família, contate ele no espírito de sentimento e reconciliação. Para aqueles que perderam seus pais pelo distanciamento, contate-o no espírito de aceitação e compreensão das coisas do tempo dele, a época dele. Para aqueles que perderam seu pai por falecimento, considere a possibilidade de colocar uma rosa vermelha e contemplar a contribuição dele para sua vida.
A paternidade é uma instituição que não desaparecerá. O preço da paternidade, porém, como o da liberdade, é a eterna vigilância. Que sua vigilância neste Dia dos Pais fazer brilhar uma nova luz na sua relação pai e filho e revigorá-la.
 Nota:
Dr. Gordon E. Finley é Professor Emérito da Universidade Internacional da Flórida. É Mestre e Doutor em Relações Sociais pela Universidade de Harvard e Bacharel em Sociologia e Antropologia pela Antioch College.
Pesquisador sobre paternidade; pais, filhos e divórcio; falsas denúncias de abuso no contexto do divórcio e comparações inter-culturais. Foi Editor da Revista Interamericana de Psicologia/Interamerican jornal of Psychology e do Adoption Quarterly. Também fez parte da mesa de editores do Journal of Cross-Cultural Psychology, Internacional Journal of Intercultural Relations, Behavioral and Brain Sciences, Psichology of Men and Masculinity, and Fathering. Foi professor nas Universidades de Columbia Britânica, Toronto e Califórnia em Berkeley. Atualmente leciona Psicologia da Parentalidade e Paternidade e Desenvolvimento e Crescimento de Expectativa de Vida Humana. Dá aulas em seminários sobre Relacionamentos entre Pais, Mães e Filhos, Paternidade e Divórcio. Foi co-autor ou co-editor de quatro livros/monografias e mais de cem publicações.
Este artigo do Dr. Finley é do dia dos pais de 2010 e eu o encontrei pela internet há vários meses. Percebi que ele estava em uns 3 ou 4 sites, e hoje ele estava apenas em 2, sendo que apenas em um o artigo ainda estava visível. Resolvi publicá-lo hoje mesmo no nosso idioma.   
Ao procurar a canção do “Grande Taxi Amarelo”, percebi que ela também não tinha vídeo legendado em português. Por isso, disponibilizei uma versão com legendas abaixo.
Forte abraço,
Aldir. 

terça-feira, 22 de julho de 2014

Sobre o pensamento trágico e o otimismo




Os seculares são atualmente na história muito mais otimistas do que os religiosos - uma certa ironia dada a frequência com que os religiosos foram ridicularizados pelos não-religiosos por sua aparente ingenuidade e credulidade. São os seculares cujo anseio pela perfeição cresceu de forma tão intensa que os levou a imaginar que o paraíso pode ser obtido nesta terra em vez de alguns anos mais de crescimento financeiro e pesquisa médica.
Sem tomar conhecimento da contradição, eles podem, num só fôlego, rispidamente descartar a crença nos anjos, enquanto sinceramente confiam que os poderes do FMI, do setor médico, do Vale do Silícioe, da política democrática, em conjunto, irão curar os males da humanidade.
A despeito de momentos ocasionais de pânico, muitos dos quais ligados a crises nos mercados, guerras ou pandemias, o mundo secular contemporâneo mantém uma devoção irracional à narrativa da melhora, baseada numa fé quase messiânica nos três grandes motores da mudança - ciência, tecnologia e comércio.
A incompatibilidade entre a grandeza de nossas aspirações e a dura realidade de nossa condição gera violentas decepções que torturam nossa vida e deixam marcas em nossos rostos.
Blaise Pascal se destaca pela natureza excepcionalmente impiedosa de pensamento trágico. Em seu livro Pensamentos, Pascal não desperdiça oportunidades de confrontar seus leitores com provas da natureza resolutamente desviante, lamentável e indigno da humanidade.
Segundo Pascal, não tendo os homens podido curar a morte, a miséria, a ignorância, acharam de bom aviso, para se tornarem felizes, não pensar nisso; eis tudo o que puderam inventar para se consolarem de tantos males. Mas, é uma consolação bem miserável, de vez que acaba, não por curar o mal, mas por ocultá-lo simplesmente por pouco tempo e, ocultando-o, fazer que não se pense em curá-lo de verdade. Assim, por um estranho desequilíbrio da natureza do homem, resulta que o desgosto, que é o seu mal mais sensível, seja até certo ponto ó seu maior bem, porque pode contribuir mais que todas as coisas para fazê-lo procurar a sua verdadeira cura; e que o divertimento, que ele encara como o seu maior bem, é na realidade o seu maior mal, porque impede, mais que todas as coisas, que ele procure o remédio para os seus males: e ambos são uma prova admirável, da miséria e da corrupção do homem e, ao mesmo tempo, da sua grandeza, de vez que o homem se aborrece de tudo e só procura essa multidão de ocupações porque tem a ideia da felicidade que perdeu e que, não a achando em si, é por ele procurada inutilmente nas coisas exteriores, sem poder contentar-se nunca. Por ser incapazes de curar a morte, a miséria, a ignorância, os homens lembram-se, para ser felizes, de não pensar nisso.

terça-feira, 15 de julho de 2014

FELIZ DIA NACIONAL DO HOMEM .

  Eis que estamos em mais um 15 de julho , dia nacional do homem ( o mundial é dia 19 de novembro ) . Tivemos em algumas cidades , como Curitiba onde A Comissão de Saúde do Homem do Conselho Municial de Curitiba realizou um evento para comemorar a data . Antes que o caro leitor de minhas letras fique impressionado por termos uma comissão de saúde em nosso nome , sabe que essa dita cuja dá ênfase , em seus serviços , para criança , adolescente , mulheres (!!! )e idoso . Ou seja , se você é um homem adulto e não idoso , você é preterido até numa comissão que , em teoria , visa a lhe dar atenção .

 Que tipo de reflexões podemos tomar sobre as conquistas masculinistas do homem brasileiro nos últimos anos ? Honestamente , ainda não vi grandes coisas . Talvez aquele acontecimento de um juíz do Mato Grosso ( CLIQUE AQUI E LEIA O CASO )que deu ganho de causa a um homem , se baseando na lei da Maria tá prenha , digo, da Penha , fato que desencadeou a ira ministerial . Tal fato desencadeou a ira de feministas , como Maria do Rosário que além de dizer que não existe mulheres vagabundas , diz que a maria da penha é de uso exclusivo para mulheres agredidas por homens . Se isso não é femi-fascismo , então o Juventus-SP da Mooca vai decidir a Liberdadores de 2015 com o São Cristóvão do RJ .

 Então o que , nós , do blog CONTRAFEMINISMO , podemos dizer a todos os leitores que nos apoiam nessa data  ?   Simples :

  ''MANTENHAM A ESPERANÇA , PERSISTAM , CONTINUEM BUSCANDO OS SEUS DIREITOS."

 Ficar na net reclamando de tudo e todos é fácil , é até natural quando se sente injustiçado , e não proíbo ninguém de soltar os cachorros por que é bom desabafar , mas jamais poderemos nos limitar a isso . Devemos nos organizar , correr atrás , tanto individualmente e coletivamente .

 Primeiramente , tome um atitude positiva consigo mesmo . Valorize-se , cuide de sua saúde física , mental e intelectual . Saiba o que defende , saiba pelo que lutar e como fazê-lo .

 Depois comece a sondar terreno , buscando possíveis aliados políticos , entrando em contatos com algum que se simpatize pela causa , mas sem chute na porta se declarando masculinista e 'convocando' o cara para 'a luta' , mas na maciota , veja se o cara se simpatiza com alguns pontos e se foque nisso sem se preocupar se o cara é direita ou esquerda , já que manginas e matrixianos existem em todos os espectros polítcos embora haja uma ênfase disso na esquerda que abriga o feminismo.

  Mas como podemos entrar em contato com eles ?????

  Bom , a menos que já estejamos vivendo numa 'Idiocracy' ( bom filme , recomendo - Assista AQUI ) , o nobre leitor de minhas letras saberá encontrar sites oficiais de vereadores , deputados e senadores e entrar em contato via -email . Alguns mandam mensagem pré-programadas , outros mandam acessores responderem e outros ...pasmem ....RESPONDEM  .

  Querem saber quais ? Infelizmente estamos entrando em período eleitoral e creio que em tempos de 'marco civil' não queremos cair devido à propaganda política indevida , mas procurem que acharão .

  No mais , convido a todos a lerem esse link cujo texto eu até poderia transcrever ( copy'n' paste ) aqui mas faço questão que leiam no blog do nosso confrade 'Charlton H. Hauer' :

  http://sexoprivilegiado.blogspot.com.br/2014/05/a-primeira-convencao-da-coalizao-js38.html

Leiam , reflitam e ajam !!!




Atualização em 18/07 : Vocês podem entrar em contados com o deputado federal que queiram neste site : http://www2.camara.leg.br/

É só ir no  campo 'deputados federais' - 'escolha um deputado' , clique no nome que irá aparecer a ficha dele junto com link de contado .

Para senadores , usem essa url : http://www.senado.gov.br/senadores/

Para deputados estaduais e vereadores de sua cidade aí dê um 'guglada' que você achará uma página de contado deles . A menos que você more onde 'internet discada' seja um desconhecido avanço tecnológico jamais visto na história humana .

quarta-feira, 2 de julho de 2014

Abaixo-assinado Revisão Lei Maria da Penha : Extensão dos benefícios aos homens vítimas e das sanções às mulheres agressoras


Para: Presidência da República Federativa do Brasil; Congresso Nacional; Câmara dos Deputados; Senado Federal; Supremo Tribunal Federal; Superior Tribunal de Justiça

A constituição Federal, em seu artigo 5º define:


“Art. 5º Todos são iguais perante a lei, sem distinção de qualquer natureza, garantindo-se aos brasileiros e aos estrangeiros residentes no País a inviolabilidade do direito à vida, à liberdade, à igualdade, à segurança e à propriedade, nos termos seguintes:”
“I - homens e mulheres são iguais em direitos e obrigações, nos termos desta Constituição”;

A Lei Maior do país não faz diferença entre os sexos para garantir os direitos e deveres.

Mas... Por que uma lei especial para proteger a mulher das agressões de seu companheiro?

No Direito penal brasileiro, a lesão corporal é um crime material , que exige exame de corpo de delito , e se consuma com o dano à outrem, independentemente de quantas lesões foram geradas durante a realização do crime. É um crime que admite a tentativa. Protege e indefere ambos os sexos.

O Capítulo II do Código Penal Brasileiro assim define o crime de lesão corporal: 

“Lesão corporal: 

Art. 129. Ofender a integridade corporal ou a saúde de outrem:” 

Todavia, se quer-se criar uma lei para proteger as vítimas de Violência Doméstica, porque essa Lei só protege as mulheres vítimas de violência Doméstica? Os homens vítima de violência doméstica não merecem a mesma proteção? A meu ver, merecem sim! 

Um estudo realizado por Fernanda Bhona, na Universidade Federal de Juiz de Fora (UFJF), em Minas Gerais 
apontou que 77% de um grupo de 292 mulheres com relação conjugal afirmam ter xingado, humilhado ou intimidado o parceiro, contra 71% das mesmas ações tomadas por eles. 
A agressão física do companheiro - tapas, socos ou chutes - foi assumida por 24% das mulheres. E, segundo as próprias mulheres, apenas 20% dos parceiros cometeram o mesmo tipo de agressão contra elas. 

Quando o ato violento deixa lesões, hematomas ou causa desmaio após a pancada, cerca de 13% delas são responsáveis pela ação, contra 9,5% das agressões masculinas infligindo danos às parceiras. 

Há dez anos, outra pesquisa realizada em 16 capitais brasileiras apresentou resultados semelhantes à pesquisa de Fernanda Bhona. O nível de agressão psicológica entre os casais ficou em 78,3% e o de abuso físico, 21,5%, apresentando um cenário contrário ao que se atribui normalmente ao homem, o de agressor . 
Um outro levantamento, apresentado pela Fiocruz, “Violência entre namorados adolescentes: um estudo em dez capitais brasileiras”, que entrevistou 3.200 jovens e observou que nove entre dez adolescentes já foram vítimas ou praticaram algum tipo de violência dentro do namoro. Os diferentes tipos de agressão, da verbal até a sexual (qualquer forma de toque sexual sem consentimento) são divididos de forma praticamente igual ou muito semelhante entre os gêneros. Ou seja, as meninas praticam atos de violência com tanta frequência quanto os meninos. 
Na verdade, em alguns casos elas aparecem como as maiores agressoras. Quando os pesquisadores perguntam sobre violência física, 24,9% dos meninos disseram já terem levado tapas, puxões de cabelo, chutes ou socos, contra 16,5% das meninas. A parcela feminina que admitiu já ter agredido seus parceiros também é maior que a deles: 28,5% das meninas contra 16,8% dos meninos. A explicação, de acordo com os autores do estudo, passa pela reprodução por parte das meninas do modelo de dominação masculina . 
Straus Murray, co-fundador do laboratório de pesquisa familiar da Universidade New Hampshire, escreveu, num dos seus estudos sobre o tema, que "se uma mulher é agredida pelo marido a cada 15 segundos, um homem é agredido pela mulher a cada 14,6 segundos" . 
Segundo um estudo que tem como título: "E quando as vítimas são os homens?", apresentado pelas psicólogas portuguesas Andréia Machado e Marlene Matos, da Universidade do Minho, informou que, dos 1.557 homens inquiridos, 
69,7% admitiu ter sido vítima de, pelo menos, um comportamento abusivo nos últimos doze meses, número que aumenta para 76,4% quando analisada toda a vida. 

Relativamente ao estudo que levou a cabo, em que inquiriu 1.557 homens, a investigadora revelou que os resultados mostraram que Dos homens inquiridos, apenas 8,9% se viam como vítimas e, destes, 76,4% não procurou ajuda. Dentro dos que procuraram ajuda, 71,4% fê-lo junto de amigos e familiares. 
Relativamente aos 76,4% que não procuraram ajuda, a primeira explicação apontada, em 64,7% dos casos, é que não identificaram os atos de que eram alvo como violência. 
O mesmo estudo informa que “59,7% dos homens disseram ter sofrido uma agressão psicológica” . 
O fato de ser tão baixo o índice de homens que se sentiam vítimas apesar de terem sofrido as mesmas violências que vitimizam a mulher encontra explicação em dados estatísticos. 


Um estudo recente envolvendo 32 nações mostrou que mais de 51% dos homens e 52% das mulheres acham que é certo uma mulher bater em seu marido em determinadas situações. Em comparação, somente 26% dos homens e 21% das mulheres consideram certo que há momentos que é certo um marido bater em sua esposa. Murray Straus, criador da Escala de Identificação de Conflitos (Conflict Tactics Scale, ou CTS) e um dos autores do estudo, explica esta discrepância: “nós nunca vemos homens como vítimas. Sempre vemos mulheres como mais vulneráveis do que os homens” . 


Segundo Cláudia Casimiro, investigadora na área, a violência que as mulheres exercem é ou pode ser a mesma que os homens, mas "há uma espécie de tabu sobre a mulher violenta", havendo, por isso, pouca investigação nesta área . 

Segundo a socióloga, a violência praticada pelas mulheres é mais sub-reptícia e é feita de forma mais gradual junto do marido ou companheiro. "Pode corresponder a múltiplas formas, como isolar o marido da família ou dos amigos, fazer chantagem, humilhá-lo, por exemplo, em frente a familiares ou amigos, rebaixá-lo, dizer que ele, comparativamente a outros colegas, ganha pouco, tem um trabalho desqualificado, que não serve para nadam, pôr a masculinidade em causa, etc.", explicou. Um dos problemas da violência psicológica é que não deixa marcas tão visíveis como um braço partido ou um hematoma e não tem, por isso, consequências imediatas . 

A opinião é partilhada pela psicóloga clínica Luísa Waldherr para quem o homem, enquanto agressor, utiliza mais a força física, enquanto a mulher a violência psicológica. "A mulher começa por desvalorizar o companheiro, desvalorizar as suas acções, agride mais ao nível da autoestima, das suas capacidades enquanto homem". Da desvalorização é fácil passar à agressão física e Luísa Waldherr explica que a certa altura a auto-estima do homem está de tal forma em baixo e entra num processo depressivo tal, que é "relativamente fácil" que a mulher o agrida. E isto faz com que os homens demorem mais tempo a tomar consciência da agressão e a apresentar queixa . 

Como se vê, elas também usam a força. E não é pelo fato de muitas serem mais fracas fisicamente que seus companheiros que agridem com menos violência. Em entrevista ao Expresso, Adelina Barros de Oliveira, juíza do Tribunal da Relação de Lisboa, informou que as mulheres agridem "com o que têm à mão. E o que têm à mão normalmente não é leve". Ao que se alia muitas vezes "alguma ou muita maldade" . 

Entretanto, é “entre quatro paredes que ficam escondidos muitos destes crimes. Atormentados pela vergonha, a maioria dos homens continua a não admitir ser vítima nas mãos de uma mulher e muito menos têm a coragem de apresentar queixa junto das autoridades” . 

“A violência doméstica sofrida pelos homens é pouco estudada e freqüentemente está escondida, quase tanto como se escondia a violência contra as mulheres há uma década”, afirma Robert Reid, do Centro para Estudos da Saúde Group Health em Seattle (Washington) . 

"Quando falamos de violência contra os homens, podemos dizer que, socialmente, se encontra no mesmo patamar que se encontrava a violência contra as mulheres na década de 70, ou seja, temos um insuficiente reconhecimento pela sociedade, ainda muito reflexo de medo e de vergonha", informa Andréia Machado . 

Robert Reid, em uma pesquisa, efetuou uma descoberta interessante: “Sabemos que muitas mulheres acham difícil sair de uma relação abusiva especialmente se têm filhos e não trabalham fora de casa”, disse Reid. “O que nos surpreendeu foi descobrir que a maioria dos homens em situações de abuso também ficam no casamento, apesar de múltiplos episódios durante muitos anos”, acrescentou . 
A difusão do preconceito de que os homens são agressores e as mulheres vítimas deram origem, no Brasil, à Lei Maria da Penha, que pune os atos de violência doméstica praticados contra a mulher e apresenta um rol de medidas protetivas que beneficiam a mulher em situação de violência doméstica contra seu agressor. Todavia, a lei ignora e nada diz a respeito dos homens que são vítima de violência doméstica e nem o que fazer para protege-los de parceiras que eventualmente queiram agredi-los. Uma lei que foi criada por força do movimento feminista que obviamente aproveitou-se de uma idéia machista para conseguir proteção especialmente dedicada a seu gênero. 


Com o advento dessa Lei criou-se uma aberração que torna os homens cidadãos de segundo escalão, merecedores de menor proteção jurídica unicamente pelo fato de ser homens em clara ofensa, a meu ver, ao princípio da igualdade, a par do entendimento consagrado pelo STF. 

É possível que uma mulher inicie uma briga e passe a atacar seu esposo, imaginemos, com um cabo de vassoura, e o homem apenas reaja à injusta ação por ela perpetrada, usando dos meios necessários para se defender (por exemplo, revida até conseguir fazer cessar o ataque à sua pessoa), e ela sequer chegue a ser processada (receberá o benefício da suspensão condicional do processo da Lei 9099), enquanto que ele poderá ser processado normalmente e, caso não consiga provar a legítima defesa, ainda que esta exista, poderá até mesmo ser condenado, enquanto sua algoz ri-se de sua desgraça, tendo em vista que, por força do art. 41 da Lei Maria da Penha, ele não poderá contar com os benefícios da Lei 9099. Ridículo isso não? Mas é possível! 

Esse evidente desequilíbrio entre as partes integrantes de uma relação, a meu ver, estimula o aumento do índice de agressões contra homens, tendo em vista a realidade de que contra elas nada vai acontecer e de que, como já cansei de ouvir, até mesmo da boca de autoridades públicas “só quem se lasca é o homem”... Ou seja, a mulher hoje é detentora de um poder de fazer o que quiser contra o seu companheiro sem que, ao menos, seja efetivamente processada por isso. 

Ressalte-se que o investimento governamental para o combate à violência doméstica contra o homem é praticamente inexistente, que praticamente não existem pesquisas patrocinadas pelos poderes oficiais quanto aos índices de ataques de violência doméstica perpetrados pelas mulheres contra os homens , e, ainda, que o homem vítima de violência doméstica sofre muito mais preconceito que a mulher na mesma condição e, apesar disso, não conta com uma estrutura governamental que o apoie nessas situações. 


O que? Você não concorda que o homem seja mais desamparado pelos poderes públicos quando vítima de violência doméstica? Discorda do fato de que eles não sofrem preconceito a isso? Pois evidentemente você não sabe de nada, inocente! O que estou dizendo é sério, muito sério mesmo! Na Inglaterra, onde os homens são 40% das vítimas de violência doméstica, a ONG ManKind Initiative “colocou um casal ‘brigando’ em um parque na região central de Londres e gravou, com câmeras escondidas, a reação das pessoas”. “Na primeira cena, ao verem o homem agredindo a mulher, os pedestres intervêm e ameaçam chamar a polícia. Quando é ao contrário, eles apenas riem da situação” . O vídeo chama a atenção para o fato de que violência é violência, não importando se o agressor é homem ou mulher e que merece ser igualmente reprimida, embora não o seja. Segue link do vídeo no youtube: http://youtu.be/u3PgH86OyEM. Eu me pergunto: porque é assim? Só posso crer que é em razão de vivermos sob uma idéia ditada por uma sociedade machista, onde se diz que “o homem é mais forte” e que “por isso não precisa ser protegido de uma mulher”. Não existe idéia mais ridícula! Uma simples consulta ao google permite visualizar inúmeros casos em que o homem foi agredido de forma violenta, muitas vezes até fatal, por sua esposa/companheira. 

As agressões sofridas pelo homem, em geral ignoradas pela grande mídia, podem causar neste inúmeros traumas. Ele ”pode ficar impotente sensu-lato, tanto para a vida como para a relação com a mulher. Pode afetá-lo no desenvolvimento pessoal, profissional, social, físico, sexual. Pode também estimula-lo a tratá-la também agressivamente. Pode marcá-lo definitivamente, ou longamente e se afastar dos envolvimentos afetivos com ela e com outras mulheres” . 

A Lei, como está, a meu ver, colabora com a perpetração de um preconceito machista e feminista pautado na idéia preconceituosa de que "o homem é mais forte e por isso não precisa ser protegido da mulher agressora" que discrimina os homens e gera uma enorme possibilidade de destruir a unidade familiar que a Constituição busca preservar... 

Assim, o melhor é que a Lei seja revisada para substituir os termos femininos "mulher" e "ofendida" por "pessoa" e "vítima", que abrangem os dois generos... Aliás, entendo referida lei arbitrária e discriminatória pois baseada em dados de violência doméstica contra a mulher, fenômeno amplamente estudado e analisado, enquanto praticamente não existem estudos patrocinados pelo governo brasileiro que apresentem dados a respeito da violência doméstica contra os homens... Digo isso enquanto homem e tendo em vista que, enquanto tal, já fui agredido física e psicologicamente de forma grave por minha companheira! É hora de parar de ser cínico, sexista, discriminatório, machista ou feminista... Proponho um humanismo, em substituição aos velhos machismo/feminismo, que, pra mim, são apenas dois lados da mesma moeda!