sábado, 16 de junho de 2012

Crítica as mulheres no comando militar



"A tropa é o reflexo do chefe e o seu mais severo juiz; guarda-lhe as mínimas palavras e observa-lhe com atenção a atitude." –  Antigo N.19,  Regulamento para o Serviço em Campanha, de 1932:

Mulheres que querem a patente mais alta


Ana Maria, Regina Lúcia e Carla têm uma coisa em comum: elas fazem parte de um seleto grupo de sete mulheres que, nos próximos cinco anos, podem se tornar as primeiras oficialas-generais da história do Exército brasileiro. Hoje elas estão se formando na escola de comando, o que as torna aptas a dirigir uma unidade da corporação e depois chegar ao topo da carreira militar. Com exceção de Regina, que é filha de general, as outras majores são casadas com militares, mas entraram na carreira por vocação.

Para chegar à graduação de general de brigada, primeiro posto do quadro de oficiais-generais, as majores ainda terão de passar por algumas etapas, como atingir as patentes de tenente-coronel e coronel, o que pode levar pouco mais de cinco anos. Hoje elas estão na Escola de Comando do Estado Maior do Exército (Eceme), de onde sairão prontas para assumir outras funções. “Ser general não é porque você quer. Há uma série de contingência”, diz a major Regina Lúcia Schindel, cardiologista, filha do general Antônio Jorge da Cruz Schindel. “A nossa carreira depende muito mais da intelectualidade do que da força física”, diz a oficiala.

Apesar de ser casada com um tenente-coronel da reserva, Ana Maria Jorge Teixeira não é de família com tradição militar. Engenheira de fortificação do Instituto Militar de Engenharia (IME), a major está há 15 anos no Exército e decidiu unir seus conhecimentos à vontade de ajudar comunidades carentes em áreas remotas do país. “Vi a oportunidade de juntar coisas que eu gostava muito”, diz Ana Maria, observando que na sua profissão é preciso ser organizada para chegar a outros postos. Hoje ela participa de pesquisas para emprego em fins militares e civis, como pontes móveis, como as que foram usadas para socorrer moradores durante as enchentes na região serrana do Rio de Janeiro.

Das três oficialas, a major Carla Maria Clausi é a mais falante. Formada em medicina pela Universidade Federal do Paraná, ela já foi secretária de Saúde em Guajará-Mirim (RO), onde o marido coronel servia há 20 anos. Seu sonho é dissiminar o que aprendeu como médica da rede pública tanto no Exército quanto na área civil. “Penso que podemos melhorar e muito o nosso atendimento se reunirmos o que há de melhor na medicina praticada aqui dentro e lá fora”, observa a major Carla, que fez cursos de graduação durante dois anos na Bélgica e foi a primeira colocada na Eceme.

A natureza do comando

Por que importante na guerra contar com uma boa liderança militar?

A responsabilidade em um exército repousa sobre um só homem.

O general é responsável por tudo que sua tropa faça ou deixe de fazer.

Antes de mais nada, porque uma força militar, qualquer que seja o seu nível, só vale pelo que valer seu conjunto. E esse valor do conjunto não"é o simples somatório das capacidades individuais, mas algo que resulta da sua integração.

Tomemos um batalhão de infantaria, que é a unidade básica de emprego, e imaginemo-lo na área de defesa avançada, de uma brigada com a missão de defesa da área. Isto é, esse batalhão está em posição defensiva e não há a ideia de permitir uma penetração do inimigo.

Visualizando-se no terreno com duas de suas três companhias de fuzileiros em primeiro escalão e a outra em reserva, imaginando-se cada uma dessas companhias atuando como se a sua missão de defesa nada tivesse a ver com a missão das demais. As da frente preocupadas unicamente em não "deixar passar" o inimigo através suas zonas de ação. A reserva apenas dedicada a planejar a ocupação de posições de bloqueio ou a realização de contra-ataques, no caso de penetração inimiga. Todas elas aproveitando o terreno da lhor maneira para o cumprimento das suas missões.

Com toda a certeza, ter-se-ia, na área de defesa avançada do batalhão, dois núcleos defensivos de companhia muito bem organizados e, na área de reserva, posições de bloqueio fechando as possíveis vias de acesso do inimigo no interior da posição da unidade.

Porém, ainda que cada um desses elementos de manobra do batalhão talhão tivesse procurado atender a todos os dez fundamentos da defesa na sua zona de ação, a falta de coordenação do nível superior iria determinar a não-obediência a alguns conceitos básicos.

Não haveria um adequado apoio mútuo entre as companhias de primeiro escalão, pela inexistência de adaptação dos seus planos de fogos próprios às necessidades do vizinho ou pela ausência de posições dos pelotões das extremidades, que pudessem ser ocupadas para apoiar o esforço da companhia do lado contra eventuais êxitos da atacante.

A companhia reserva não teria condições de realizar fogos com segurança nos intervalos entre os núcleos da frente, por desconhecer exatamente suas posições. Seus planos de contra-ataque pecariam por prever direções sobre núcleos de defesa de pelotões que sequer saberiam como apoiar esta ação ofensiva.

Fica à consideração do leitor a projeção desse involuntário ego¬centrismo das companhias, por falta de coordenação, às ações da subunidade com a missão de apoiar pelo fogo aquelas três, da responsável pelo apoio logístico e à encarregada de fazer funcionar os órgãos de comando da Unidade.

E, mais além, a extrapolação para a brigada, a divisão, o exército de campanha. 

Brilhantes companhias; precários batalhões.

Brilhantes e não coordenadas companhias! Precários batalhões não integrados.
O cenário tático ora formulado poderia ser também concebido na área da estratégia, da instrução militar, da logística e como desaguadouro natural de todos esses desencontros, na do moral da tropa.

Para evitar esses brancaleônicos esforços isolados, existe uma estrutura de coordenação, apoiada nos comandantes de todos os escalões, de maneira que haja sempre uma pirâmide de comando e coordenação em cada nível, um responsável no seu topo.

Ele é o responsável pelo preparo e pela coordenação das ações de todos os elementos (de manobra, de apoio de fogo, de apoio logístico, de comando) a ele subordinados. Mesmo que conte com um grande estado-maior combinado para assessorá-lo, é ele quem responde pelo resultado das decisões e planejamentos.

Em suma, de sua ação de comando depende o valor da tropa, que é, "em última análise, (o) que decide da vitória. Todas ás suas (da tropa) qualidades—disciplina, instrução, habilidade no tiro, treinamento de marchas, aptidão manobrista e, acima de tudo, qualidades morais — são elementos indispensáveis para assegurar o bom êxito".

Por tudo isso, ele é O Responsável.

Mas, para que tudo funcione bem, ele também tem de ser "O Respeitado".

É a fé na sublime missão de comandar e a consciência de toda a responsabilidade e deveres nela envolvidos que permitem a um chefe, numa espécie de transe da chefia, abrir mão do direito de ter medo, sair de dentro do seu envoltório físico, pairar acima do próprio eu e dar o exemplo adequado ao nível de seu comando.

Exemplo do tenente ou do sargento que indicam a direção de ataque com os próprios rastros; do capitão que ocupa seu posto de observação na linha de frente; do coronel que faz o reconhecimento sujeito ao bombardeio; do general que avança seu posto de comando para melhor coordenar o contra-ataque da brigada.

Exemplo do chefe que vai às últimas consequências para defender um subordinado injustiçado; do comandante que faz ver ao chefe imediato seu desagrado por uma desconsideração com sua Unidade, ou sua leal opinião contrária a uma linha de ação de ataque elogiada por este.

Exemplos de coragem que convencem, conquistam a confiança e arrastam. Exemplos do chefe, para uma tropa ávida por admirá-lo, respeitá-lo e segui-lo.

Portanto, a coragem, no chefe militar, tem a dupla função de não lhe permitir hesitações que invalidem oportunidades de vitória e de facilitar-lhe, por meio de exemplos, incuti-la em sua tropa.

Esse processo de decisões desassombradas e de emulação da bravura fluirá mais facilmente e terá maior coesão, se iniciado de cima, fazendo com que cada chefe tenha um exemplo no chefe superior e seja um exemplo para seus subordinados, e com que a cora¬gem se dissemine e se nivele.


E quais são algumas das possíveis calamidades que podem ocorrem em virtude de um mau comando militar?

A debandada poderá ser decorrência de uma decisão imprudente de se lançar arrojadamente, mas sem sabedoria, uma determinada força contra outra nitidamente mais forte. Poderá, também, resultar de um julgamento errado do valor do inimigo.

A destruição poderá advir da falta de controle sobre os comandantes subordinados.

A desorganização será consequência natural de um estilo de chefia "laissez-faire".

A vitória não se contenta com virtudes da última hora. A realidade do campo de batalha é que aí não se estuda; simplesmente faz-se o que se pode para aplicar o que se sabe. Por consequência, para aí poder alguma coisa, torna-se necessário saber muito e bem.

O chefe que conhece a profissão só exige de sua tropa esforços úteis; não a consome fora de tempo, e no combate não sacrifica existências inconscientemente. A ignorância é nefasta; torna o chefe irresoluto, tímido, e faz com que a tropa perca rapidamente a confiança que nele deposita.

Objeções às mulheres no comando militar

Estariam as mulheres aptas ao comando militar e a exercer o cargo de chefia?

A história está repleta de exemplos de mulheres que quando lideraram as tropas redundaram em enormes fracassos (salvo poucos exemplos como da GRANDE JOANA D’ARC).

As mulheres não tem aptidão em analisar todos os fatores para a formação de uma tropa, em analisar o adestramento de seus soldados e raras são as que demonstram a coragem de em pessoa liderar seus soldados.

O que vai resultar em tropas mal preparadas, mal comandadas que antes de um combate estariam derrotadas dada a desorganização.

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