terça-feira, 19 de novembro de 2013

Por que o cinema fantasia de heróis é superior ao cinema autoral brasileiro?

E Zaratustra falou assim ao povo:

“Eu vos anuncio o Super-homem”. 

“O homem é superável. Que fizestes para o superar?

Até agora todos os seres têm apresentado alguma coisa superior a si mesmos; e vós, quereis o refluxo desse grande fluxo, preferís tornar ao animal, em vez de superar o homem? - Assim Falou Zaratustra de Nietzsche
-

“O homem é corda estendida entre o animal e o Super-homem: uma corda sobre um abismo; perigosa travessia, perigoso caminhar, perigoso olhar para trás, perigoso tremer e parar.

O grande do homem é ele ser uma ponte, e não uma meta; o que se pode amar no homem é ele ser uma passagem e um acabamento. - Assim Falou Zaratustra de Nietzsche
-

Eu já não sinto em unísono convosco; essa nuvem que eu vejo abaixo de mim, esse negrume e carregamento de que me rio, é precisamente a vossa nuvem tempestuosa.

Vós olhais para cima quando aspirais a vos elevar. Eu, como estou alto, olho para baixo. - Assim Falou Zaratustra de Nietzsche
-
Onde quer que encontrasse o que é vivo, encontrei a vontade de domínio, até na vontade do que obedece encontrei a vontade de ser senhor.

Sirva o mais fraco ao mais forte: eis o que lhe incita a vontade, que quer ser senhora do mais fraco. É essa a única alegria de que se não quer privar.

E como o mais pequeno se entrega ao maior, para gozar do mais pequeno e dominá-lo, assim o maior se entrega também e arrisca a vida pelo poder.

É este o abandono do maior; haja temeridade e perigo e jogue-se a vida num lanço de dados.

E onde há sacrifício e serviço e olhar de amor há também vontade de ser senhor. Por caminhos secretos desliza o mais fraco até à fortaleza, e até mesmo ao coração do mais poderoso, para roubar o poder.

E a própria vida me confiou este segredo: “Olha — disse — eu sou o que deve ser superior a si mesmo.”

Certamente vós chamais a isso vontade de criar ou impulso para o fim, para o mais sublime, para o mais longínquo, para o mais múltiplo; mas tudo isso é apenas uma só coisa e um só segredo.

Prefiro desaparecer a renunciar a essa coisa única: e, na verdade, onde há morte e queda de folhas, é onde se sacrifica a vida pelo poder. - - Assim Falou Zaratustra de Nietzsche


Não é tudo o que concordo com Nietzsche, mas tenho de reconhecer que ele possui  conceitos interessantes como a vontade de poder e o super-homem.

O gosto por filmes fantasias com heróis em detrimento de digamos filmes reais, deriva do desejo evitar a realidade em detrimento de viver em um mundo de alienação? Seria uma fuga da realidade?

Meu gosto por filmes do Batman, Homem de ferro, Homem Aranha e Capitão América por exemplo surge foram homens que superaram suas limitações para alcançar a grandeza, jamais se contentaram em viver uma vida medíocre, pelo contrário ambicionavam o controle de suas vidas e  o desejo de elevação ao em vez de se tornarem o homem massa, aquele sujeito comum que leva sua vida de maneira medíocre. Todos foram suficientemente ousados por arriscar suas vidas em nome de um ideal, por um ideai. Nenhum deles deixou de cruzar o abismo que os separavam de seu ideal para o atingir, mesmo que custasse sua vida. Isso que é admirável. 


O que vemos no lixo do cinema autoral brasileiro são pessoas medíocres que continuarão a levar vidas medíocres, com ataques ao capitalismo ou birrinha com o machismo, mas sem nenhum gesto de grandeza e quebra de barreiras. As obras passam uma mensagem para a população se revoltar contra sua situação econômica, mas para se tornar o homem massa do socialismo, igual a todos. Ou então atacar a família tradicional, para dizer que existe hipocrisia nela e que existem modelos alternativos de família ou então apelo ao sexo. Mas nenhum apelo a grandiosidade do homem. Nada falando para o homem cruzar seus abismos para se tornar grande ao em vez de simplesmente aceitar sua vidinha medíocre. Isso que não suporto nesses filmes em geral. A monotonia da mediocridade. O cinema passa a mensagem saia de um rebanho para cair em outro.  

Nenhum comentário:

Postar um comentário