segunda-feira, 30 de julho de 2012

O feminismo e a reforma política


A representante da Articulação das Mulheres Brasileiras (AMB) em audiência da Comissão Especial da Reforma Política, Sílvia Maria Sampaio Camurça, defendeu há pouco a adoção de listas fechadas com o financiamento público exclusivo de campanhas como instrumentos de fortalecer a participação feminina e de minorias no cenário político brasileiro.
Segundo ela, esses instrumentos dariam maior igualdade à disputa, uma vez que um dos principais entraves à participação desses grupos é o acesso aos recursos econômicos. A militante alertou, no entanto, para a necessidade de as mudanças serem associadas à reforma na Lei dos Partidos Políticos (9.096/95), para garantir convenções democráticas e transparência na composição das listas.

As feministas afirmam democracia precisa da presença das mulheres para ser efetiva; e as mulheres precisam de uma democracia efetiva para lutarem por igualdade. Para que o futuro político do país seja decidido por homens e mulheres.

Mas as mulheres têm direito ao voto e até de se organizarem politicamente, nada impede que elas (as feministas) se organizem e peçam votos, inclusive as mulheres votem nelas, inclusive sendo ela as mulheres a maioria (como afirmam), naturalmente ganhariam o poder político sem alterar a forma de votar, a não ser que a maioria não esteja disposta a votar nelas.

O importante não é a pluralidade, mas a boa governabilidade, que se entregue o poder aos mais capazes que no fim beneficiarão a todos. Mas claro as feministas desejam instalar-se no poder, não para o bem geral, mas para se beneficiarem. 

Platão afirmava que o Estado é como um navio, cada um tem a sua função e a função de liderar tem de ser com o mais apto.

"Imagina, pois, que acontece uma coisa desta espécie, ou em vários navios ou num só: um armador, superior em tamanho e em força a todos os que se encontram na embarcação, mas um tanto surdo e com a visão a condizer, e os conhecimentos náuticos da mesma extensão; os marinheiros em luta uns com os outros, por causa do leme, entendendo cada um deles que deve ser o piloto, sem ter jamais aprendido a arte de navegar nem poder indicar o nome do mestre nem a data do aprendizado, e ainda por cima asseverando que não é arte que se aprenda, e estando prontos a reduzir a bocados quem declarar sequer que se pode aprender; estão sempre a assediar o dono do navio, a pedir-lhe e a fazer tudo para que lhes entregue o leme; algumas vezes, se não são eles que o convencem, mas sim outros, matam-nos, a esses, ou atiram-nos pela borda fora; reduzem à impotência o verdadeiro dono com a mandrágora, a embriaguez ou qualquer outro meio; tomam conta do navio, apoderam-se da sua carga, bebem e regalam-se de comer, navegando como é natural que o faça gente dessa espécie; ainda por cima, elogiam e chamam marinheiros, pilotos e peritos na arte de navegar a quem tiver a habilidade de os ajudar a obter o comando, persuadindo ou forçando o dono do navio; a quem assim não fizer, apodam-no de inútil, e nem sequer percebem que o verdadeiro piloto precisa de se preocupar com o ano, as estações, o céu, os astros, os ventos e tudo o que diz respeito à sua arte, se quer de fato ser comandante do navio, a fim de o governar, quer alguns queiram ou não - pois julgam que não é possível aprender essa arte e estudo, e ao mesmo tempo de comandar uma nau." - "A República" de Platão, livro VI, entre as cotas 488a e 488e

Não é tanto uma pluralidade, mas a inteligência e sabedoria que garante a prosperidade, um bom comandante irá levar seu navio para águas calmas evitando as tempestades e planejando tudo com minúcia, da mesma maneira um bom político ao governar um Estado.

A América latina viveu a turbulências políticas com várias constituições e ditadores. A esquerda hoje deseja a hegemonia do poder, podem tentar dizer que o importante é ter alguém sábio no poder. 

Muito bem, mas foi provado que o modelo socialista é realmente um modelo falido, sem perspectiva de progresso, ninguém em sã consciência insistiria em modelos falidos que não deram certo, só favorecendo uma minoria no poder.

Aqui no Brasil temos uma classe política incoerente ideologicamente e capaz dos piores acordos em nome do poder, sem se preocupar com o destino do país. Nosso país carece de uma classe política mais comprometida com a nação e menos com seus interesses mesquinhos. Precisamos escolher um candidato  não pela classe que ele representa, mas porque vai governar pelo bem geral e com inteligência e ética.

Esse navio chamado Brasil está instável e ingovernável.




6 comentários:

  1. Respostas
    1. Exatamente. Parece que as feministas não conseguem a adesão feminina para se elegerem, dai apelam para cotas.

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    2. não conseguem porque não fazem campanha, não possuem carisma, salvo raras excessões como aquela vadia da manuela do RS.

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  2. A natureza da incoerência da classe política advém , no excesso de individualismo já no espectro do egoísmo , geralmente uma anarquia em cima do bom censo que faz com que radicalóides possam se aproveitar dos favores polítocs da dita classe .

    Enfim o que não falta no Brasil são 'Acácios Figueiras' , personagem de José Lewgoy no filme DIÁRIO DA PROVÍNCIA - 1979.

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  3. Por causa disso, temos que fazer uma confraria. Algo primeiramente fechado, com todo critério para entrar, para vermos quem realmente é antifeminista.Depois disso, pensarmos em colocar um dos nossos nos meios masculinos onde o feminismo tem sido ostensivo e freiar isso. Depois, quando as idéias se antifeministas se abrirem faz-se uma coisa maior.Mas,uma confraria só de antifeminista. Não importa se o cara é ateu, se é evangélico, católico, judeu, mulçumano, espírita,etc. importa é ser bom antifeminista e isso será provado em cada teste=para que o grupo seja aberto a ele. Isso é uma sugestão

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