sexta-feira, 21 de dezembro de 2012

O Mito na educação sueca

 As feministas gostam de alardear como na Suécia existe um baixíssimo nível de analfabetos, como numa nação feminista todos desfrutam de uma educação de qualidade.

E topei com isso na internet:

"A Suécia é o país que mais investe em educação. Só em 2005, gastou 7,6% do seu Produto Interno Bruto nessa área, superando os Estados Unidos, a França, o Japão e a Itália, que aplicaram índices inferiores do seu PIB no mesmo setor. Com uma população de 8,4 milhões de habitantes, o país passou por uma intensa reforma educacional, a partir dos anos 50. Hoje, dedica nove anos à escolarização obrigatória, que abrange alunos dos sete aos dezesseis anos de idade; dispõe de classes integradas para o ensino médio, objetivando acomodar indivíduos a partir dos 16 anos; possui um sistema municipal de educação de adultos oferecendo a mesma qualidade-padrão dada aos mais jovens; e conta com um nível superior aberto a qualquer um, com qualificações bastante diversificadas."


Gostaria de fazer umas ressalvas aqui. Não duvido que ali as crianças são matriculadas na escola, que saibam ler e contar. Mas tenho sérias duvidas se saibam pensar por si mesmos e adquirem conhecimento.

Gostaria de citar um trecho de Platão:
"Sócrates – Pois bem: ouvi uma vez contar que, na região de Náucratis, no Egipto houve um velho deus deste país, deus a quem é consagrada a ave que chamam íbis, e a quem chamavam Thoth. Dizem que foi ele quem inventou os números e o cálculo, a geometria e a astronomia, bem como o jogo das damas e dos dados e, finalmente, fica sabendo, os caracteres gráficos (escrita). Nesse tempo, todo o Egipto era governado por Tamuz, que residia no sul do país, numa grande cidade que os gregos designam por Tebas do Egipto, onde aquele deus era conhecido pelo nome de Ámon. Thoth encontrou-se com o monarca, a quem mostrou as suas artes, dizendo que era necessário dá-las a conhecer a todos os egípcios. Mas o monarca quis saber a utilidade de cada uma das artes e, enquanto o inventor as explicava, o monarca elogiava ou censurava, consoante as artes lhe pareciam boas ou más. Foram muitas, diz a lenda, as considerações que sobre cada arte Tamuz fez a Thoth, quer condenando, quer elogiando, e seria prolixo enumerar todas aquelas considerações. Mas, quando chegou a vez da invenção da escrita, exclamou Thoth: “Eis, oh Rei, uma arte que tornará os egípcios mais sábios e os ajudará a fortalecer a memória, pois com a escrita descobri o remédio para a memória. _ “Oh Thoth, mesmo incomparável, uma coisa é inventar uma arte, outra julgar os benefícios ou prejuízos que dela advirão para os outros! Tu neste momento e como inventor da escrita, esperas dela, e com entusiasmo, todo o contrário do que ela pode vir a fazer! Ela tornará os homens mais esquecidos, pois que, sabendo escrever, deixarão de exercitar a memória, confiando apenas nas escrituras, e só se lembrarão de um assunto por força de motivos exteriores, por meio de sinais, e não dos assuntos em si mesmos. Por isso, não inventaste um remédio para a memória, mas sim para a rememoração. Quanto à transmissão do ensino, transmites aos teus alunos, não a sabedoria em si mesma, mas apenas uma aparência de sabedoria, pois passarão a receber uma grande soma de informações sem a respectiva educação! Hão de parecer homens de saber, embora não passem de ignorantes em muitas matérias e tornar-se-ão, por consequência, sábios imaginários, em vez de sábios verdadeiros!”.

Fedro - Com que facilidade inventas, caro Sócrates, histórias egípcias e de outras terras, quando isso te convém!

Sócrates – Dizem, caro amigo, que os primeiros oráculos no templo de Zeus, em Dodona, foram feitos por um carvalho! É evidente que os homens daquele tempo não eram tão sábios como os da nossa geração e, como eram ingénuos, o que um carvalho ou um rochedo dissessem tornava-se muito importante, conquanto lhe parecesse verídico! Mas para ti talvez interesse saber quem disse determinada coisa e de que terra é natural, pois não te basta verificar se essa coisa é verdadeira ou falsa!

Fedro – Tens razão para me castigar com essas palmatoadas, mas no que respeita a escrita, parece-me que o tebano tinha razão.

Sócrates – De onde se conclui o seguinte: se alguém expõe as suas regras de arte por escrito e um outro vem depois, que aceita esse testemunho escrito como sendo a expressão sólida de uma doutrina valiosa, esse alguém seria tolo, não entendendo o aviso de Ámon, e atribuiria maior valor às teorias escritas do que a um simples tópico para rememoração do assunto tratado no escrito, não é assim?

Fedro – Perfeitamente!

Sócrates – O maior inconveniente da escrita parece-se, caro Fedro, se bem julgo, com a pintura. As figuras pintadas têm atitudes de seres vivos, mas se alguém as interrogar, manter-se-ão silenciosas, o mesmo acontecendo com os discursos: falam das coisas como se estas estivessem vivas, mas, se alguém os interroga, no intuito de obter um esclarecimento, limitam-se a repetir sempre a mesma coisa. Mais: uma vez escrito, um discurso chega a toda a parte, tanto aos que o entendem como aos que não podem compreendê-lo e, assim, nunca se chega a saber a quem serve e a quem não serve. Quando é menoscabado, ou justamente censurado, tem sempre necessidade da ajuda do seu autor, pois não é capaz de se defender nem de se proteger a si mesmo."

Texto transcrito do livro “PLATÃO. Fedro. Tradução de Pinharanda Gomes. Lisboa: Guimarães Editores, 1986: 120-123.

Apesar de ser inegável que os suecos tem um baixíssimo, sendo quase inexistente o analfabetismo ali, ler e escrever como bem falou Platão, não se resumem em conhecimento. Os jovens só sabem decorar e repetir aquilo que lhes é passado e nada além disso. Não são formados para raciocinar e desenvolver o pensamento, mas para lembrarem o que foi ensinado e repetirem tudo na cartilha, não desenvolvem um pensamento critico da realidade, nem que seja para concordar, eles só repetem.

Não estão gastando bem seu dinheiro na Suécia, formando alunos bem-educados, mas apenas autômatos que dizem sim a cartilha. O verdadeiro pensamento busca confronto de ideias até exaurir para comprovar a validade da ideia, na Suécia só existe uma maneira de pensar.

O que existe é um Estado paternalista que trata a população como criança e que o só pode ser pensado aquilo que ele manda. Não se pode criticar o feminismo ou tentar o confrontar com outras ideias, nem que seja para ver se está certo, porque será coagido a andar no rebanho e dizem sim. Além da escola não te ensinar a pensar, ainda são intimidados para seguir o rebanho.

Se a leitura é um passo para se adquirir informação e auxiliar o pensamento, com os suecos se tornou apenas uma maneirar de lembrar e decorar aquilo que desejam que ele pense. Como em Cuba, não duvido que ali quase todos saiba ler e escrever, mas são gado ideológico que não sabem pensar por si mesmos, só repetindo a cartilha.                                                                            

6 comentários:

  1. Perfeita observação . Como dedução do texto, poderia-se dizer que o que ocorre na Suécia não é educação mas adestração .

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    1. Lá se cria um espirito de rebanho, aonde todos devem seguir o que o governo dita. Quando se pensa na Escandinávia, em especial Suécia, se pensa num local com bom padrão de vida, com educação de qualidade,quando é uma nação que está destruindo a economia com sua carga tributária e intervenção na economia, e claro uma educação que adestra.

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  2. Se ler os diálogos platônicos Laquetes que aorda a coragem, Critão que fala do dever, Mênon que aborda a virtude, Eutifrone que aborda a piedade, Liside que aborda a amizade e outros verá um Sócrates fazendo perguntas aos cidadãos atenienses e eles inicialmente respondendo o senso comum,o que estava estabelecido socialmente e não aquilo que eles acreditavam e a medida que Sócrates avançava na pergunta eles acabavam se perdendo e caindo em contradição. Não é muito diferente na Suécia. os cidadãos ali não são instigados a pensar, mas serem gado ideológico.
    Pode-se ver no youtube se quiserem o filme Sócrates do Roberto Rosselini que aborda o filósofo e suas perguntas que o fizeram tão odiado.

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  3. A Suécia é um caso perdido lá os homens pensam como mulheres.
    Seguindo a linha do pensamento Cartesiano "Dubito, ergo cogito, ergo sum" Se os "homens" suecos pensam como mulheres então, mulheres eles são.

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  4. Sandro comenta:
    Saiu uma reportagem na Veja que descobri hoje apenas, onde os ministros do governo da França estão tendo aulas contra o machismo. Quando você pensa que as feministas chegaram ao limite, surge uma nova querela pra reclamarem ou doutrinarem as pessoas. Não há limites imagináveis para o feminismo. Jamais, por mais que os governos façam tudo que as feministas querem, irá terminar a saga de perseguição ao homem do feminismo. Satisfeitas umas vontades, outras surgirão, e assim sucessivamente até o fim dos tempos

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