domingo, 6 de abril de 2014

As mentiras da Ideologia de Gênero.


"Por que dar o cu te faz um ser superior, boffe"

As mentiras da Ideologia de Gênero: o gênero “mainstreaming”.

O silêncio cada vez mais angustiante por parte
da hierarquia Católica frente à ofensiva homossexual e homófila está
atingindo nosso país cada dia mais gravemente. Um autor alemão
desmascara a ideologia de gênero o absurdo dos dois gêneros e o terrível
caso de Bruce Reimer. A Teoria de Gênero nega a evidência mais
contundente da natureza.



Por Paolo  Pasqualucci - Riscossa Cristiana | Tradução: Gercione Lima – Fratres in Unum.com
– Mario  Palmaro,  em sua recente, bela e forte carta ao Diretor do
jornal “La Nuova Bussola Quotidiana”, expressou com grande eficácia, a
angústia de todos nós pelo futuro da Igreja e dos Católicos,
principalmente dos mais jovens. No tocante ao conteúdo de sua carta não
podemos fazer outra coisa senão concordar em tudo e por tudo,
especialmente quando ela denuncia o incômodo silêncio das autoridades
eclesiásticas frente à ofensiva homossexual e homófila que está
atingindo em cheio nosso país e cada dia mais agressivamente. Essa
ofensiva parece que está para atingir sua meta, que é fazer com que
sejam sancionadas leis libertinas e corruptas que se por um lado visam
penalizar qualquer um em que ouse criticar o vício do homossexualismo,
por outro forçará toda a sociedade civil a aceitar esse vício como algo
perfeitamente normal desde o jardim da infância à universidade, nos
programas de assistência social relacionados ao matrimônio e às adoções,
enfim, por toda a parte.
Uma infiltração que se encontra em pleno
curso sob o financiamento de Bruxelas [ndr: sede da União Europeia] e
vem sendo conduzida por parte de bem conhecidas forças políticas,
pessoas em altos cargos na máquina estatal que detém o poder de decidir
até mesmo sobre a tutela de crianças em situações difíceis pelos
chamados “casais gays”.  O panorama geral é cada vez mais sombrio
enquanto a hierarquia Católica continua a se fazer de surda e muda e,
quando algum deles ainda fala alguma coisa, é justamente pra dar mais
munição ao adversário (como naquele incrível exemplo do Cardeal
Schönborn citado por Palmaro, ou na famigerada entrevista do atual
Pontífice onde ele diz “Se um gay tem bom coração, quem sou eu pra
julgá-lo?”). Entrevista desastrosa, porque foi interpretada pela Mídia
como se o “não julgar” do Papa fosse uma aprovação implícita do
homossexualismo.

" Ainda não descobriram de que lado estou ? Nem eu ." 

De vez enquando até sai uma nota tímida
em que algum prelado reafirma que uma criança necessita de um pai e uma
mãe, que tem o direito de nascer em uma família composta de um homem e
uma mulher… etc.  Mas, mesmo assim, falta a coragem de dizer de modo
claro e contundente: de uma família segundo a ordem natural, de uma
família normal estabelecida por Deus. Creio que muitos se calam por
medo. Mas, seguramente, existem aqueles que se calam porque pensam
exatamente como o falecido Cardeal de Milão, Carlo M. Martini,  Jesuíta
como o atual Pontífice reinante, o qual dizia pouco antes de morrer que 
se a Igreja quisesse recuperar “os duzentos anos de atraso”, que segundo
ele havia acumulado em relação ao mundo moderno, teria que modificar
seu ensinamento e abrir-se ao oportuno reconhecimento dos (corruptos)
costumes contemporâneos, incluindo aí o homossexualismo e seus supostos
“direitos” pelos quais o finado prelado demonstrava uma particular 

simpatia.
  E existem outros, como o Bispo Domenico  Moavero, que muito
recentemente abriu a boca pra denunciar a corrupção dominante no cenário
político italiano mas que contraditoriamente, ao professar sua
incompreensível noção de “antropocentrismo”, defendeu o reconhecimento
estatal dos casais conviventes de qualquer tipo, porque assim exige a
“misericórdia cristã e os direitos universais da pessoa humana”.

"Eu já sei meu lado".

Ora, o concubinato seja de adúlteros como
de sodomitas representam hoje uma das piores formas de corrupção e
destruição da família e do matrimônio cristão, pregados e defendidos
pela Igreja durante mais de 2000 anos.  Todos aqueles Bispos, como o
Bispo Moavero, chamados por Deus para serem nossos pais espirituais e
mestres para nos conduzir à vida eterna, ao fazerem apologia do erro e
do pecado, se colocam explicitamente contra a ética que sempre foi
ensinada pela Igreja e sobre a qual repousa a Verdade Revelada em Nosso
Senhor Jesus Cristo. É, portanto, nosso dever como Católicos recordá-los
sempre das severas advertências de Cristo: “Mas ai de vós, escribas e
fariseus, hipócritas! Pois que fechais aos homens o reino dos céus; e
nem vós entrais nem deixais entrar aos que querem entrar” (Mt 23,
13).  Maus pastores que se tornaram perversos depois de tantos anos de
impunidade, sem que a Autoridade Suprema da Igreja os chamasse à ordem e
à disciplina, não fugirão da ira divina no dia do Juizo!  Pelo
contrário! Eu vos digo, porém, que haverá menos rigor para os de Sodoma
e  Gomorra, no dia do Juízo, do que para esses que hoje se tornaram seus
paladinos e defensores  (Mt 11,24).

Um autor alemão desmascara a Ideologia do Gênero. 
Devido à trágica atualidade assumida pelo
fenômeno, resolvi chamar a atenção dos Católicos para o breve, mas
contundente estudo do jornalista e publicista alemão Volker Zastrow, que
em três edições entre 2006 e 2010 analisa de modo crítico e exemplar a
“filosofia do gênero”, uma ideologia parida pela sub-cultura feminista e
gay que defende uma suposta natureza “social” e não natural do sexo.
[1] Essa ideologia está sendo utilizada como se fosse algo sério, para
justificar a difusão do homossexualismo tanto masculino como feminino
por parte dos governos. Na Alemanha e Suíça, na área próxima aos
Católicos fiéis à Tradição da Igreja, desenvolveu-se uma série de
publicações com provas bem documentadas que demonstram a total
inconsistência dessa ideologia [2].

Esse ótimo estudo demonstra em particular
a absoluta falsidade da pretensão do pensamento homossexual segundo o
qual a ciência teria comprovado a natureza “social”e “cultural” e não
“natural”do sexo.  O estudo se baseia para tal finalidade numa precisa
reconstrução do cruel “caso Reimer”,  o rapaz canadense que junto ao seu
irmão gêmeo (ambos se suicidaram) se tornaram vítimas das
experimentações da recém nascida “filosofia do gênero”.  As pretensões
da Genderphilosophie, além de serem um insulto ao bom senso e à
razão, representam uma ofensa grave a Deus que criou o homem e a mulher
como seres complementares para que se unissem em um legítimo
matrimônio, procriassem filhos em uma família constituída por eles e
populassem a terra. Essa ofensa está se tornando cada vez mais grave e
podemos esperar que os castigos em curso e tornem ainda piores.

Um claro exemplo de ofensa a Deus podemos
encontrar até em documentos ou formulários de todo tipo pela internet,
onde há algum tempo, quando se trata de declarar sua própria “identidade
sexual”, são oferecidas três opções: homem, mulher e OUTRO. Pasmem!
Esse incrível “outro” nos documentos é fruto da filosofia “gender
mainstreaming”. O que significa “gender mainstreaming”? Todo mundo fala e
ninguém sabe o que é. É uma característica clássica do “politicamente
correto” servir-se de termos ambíguos que só aqueles que lhes dão origem
sabem realmente o que significam e como utilizá-los para atingir um fim
preciso.

Aqui no caso, os fautores do termo são as
feministas e os militantes do movimento homossexual. No inglês, o termo
é obscuro e quase difícil de ser traduzido ao pé da letra. Implica na
idéia de conduzir ou reconduzir alguém ou qualquer coisa à corrente
(stream) principal (main).  Geralmente é uma palavra utilizada como
adjetivo que designa o pensamento ou gosto corrente da maioria da
população. É muito utilizado atualmente referindo-se às artes em geral
(música, literatura, filmes, etc.). O termo mainstream inclui
tudo que diz respeito a cultura popular, e é disseminado principalmente
pelos meios de comunicação em massa. O contrário do Mainstream seria chamado de underground,
ou alternativo, ou seja, o que não está ao alcance do grande público,
sendo restrito a cenas locais ou públicos restritos. Mas é na linguagem
da revolução sexual que o termo está sendo empregado como verbo. A
entidade que teria que ser reconduzida e re-endereçada na corrente
principal, ou seja, que teria que cair no imaginário popular seria os
“gêneros” masculino e feminino, os dois sexos. Mas pode existir uma
“corrente-mestra” concernente aos dois sexos que não seja aquela que
todos nós sempre subentendemos? No subtítulo da obra, eles nos dão a sua
livre tradução do termo em questão. Literalmente significa “Política
de desconstrução dos sexos”. “Jogar na corrente principal a noção de
gêneros, reconduzi-los ou reendereçá-los representa exatamente o quê?  A
perfeita igualdade entre sexos ou gêneros que representariam, por sua
vez, a verdadeira sexualidade. E tal ação deve ser conduzida através de
meios políticos e mediante legislação estatal e internacional (União
Européia e ONU).

Trata-se, portanto, de uma radical desconstrução (Umwandlung)
política  do gênero. Isto é, de uma “política de desconstrução ou
inversão dos sexos”. Tal política vem sendo agressivamente imposta pelo
governo alemão, embutida estrategicamente em programas sociais que
fingem ter como objetivo promover a perfeita igualdade (Gleichstellung)
entre o homem e a mulher. Tais programas são quase sempre elaborados
por feministas. No website do Ministério da Família Alemã, a palavra
“Gender mainstreaming” é frequentemente usada, sem no entanto ser jamais
traduzida ou explicada. Mas é fácil entender que a noção de “Gender
mainstreaming” implica na “modificabilidade” dos papéis característicos
aos dois sexos, como sempre foram entendidos no contexto social e
cultural tradicional (op. cit., pp. 7-10; 14-15).
QUIETO , BOFE !!! AGORA VIRA A BUNDINHA PRA MIM SENÃO EU TE PROCESSO !

Essa, sem dúvida, é a noção-chave: a
modificação dos papéis tradicionais de ambos os sexos. É óbvio que a
palavra inglesa “gender” acabou adquirindo um novo significado que não
pode ser entendido como a simples tradução da palavra portuguesa
“gênero” ou do seu equivalente em alemão (Geschlecht):  gênero
humano, gênero (sexo) masculino, feminino. Mas então qual seria a origem
desse novo significado? Esse é um ponto particularmente importante. O
novo termo nasceu das elocubrações de psicólogos especialistas em
sexologia. Eles fabricaram um termo ou um fundamento teórico que pudesse
atender às exigências e sensibilidades dos transexuais. Ou seja, homens
ou mulheres perfeitamente normais sob o ponto de vista biológico que
alegam não se identificarem psicologicamente com seu corpo natural, o
qual para eles é um “corpo falso”.

Trata-se de indivíduos que possuem uma
sensibilidade anômala. Visando contentá-los, alguns desses psicólogos
inventaram a teoria  segundo a qual existem dois “gêneros”, e aqui não
se trata do gênero feminino e gênero masculino, mas sim o “gênero
biológico”, ou seja, o sexo de nascimento como realidade física, e o
“gênero no sentido psico-emotivo” como uma realidade metafísica,
completamente independente (abgelösten) do sexo natural” (ivi, p. 11).

O gênero no sentido “psico-emotivo “ seria, portanto, o gênero por excelência. Aquele que deve ser aceito pelo “mainstream”. Se trata de uma identidade sexual que cada um fabricaria pra si próprio, segundo seu próprio desejo ou orientação.
O absurdo desses dois “gêneros”. 
O fundamento lógico e científico de uma
teoria dessa espécie foge ao bom senso de qualquer pessoa com dois
neurônios. Foge pelo simples motivo que não existe. Inevitavelmente o
Movimento Homossexual se apoderou da “teoria” e dela elaborou a noção de
gênero como “gênero social”. O gênero social seria o gênero que a
sociedade quer impor e nesse caso seria a heterossexualidade (ivi, p.
11). A heterossexualidade (atração e relação física, afetiva e
sentimental natural entre os dois sexos) está sendo concebida agora de
um modo totalmente errôneo e distorcido. Segundo a teoria do gênero, a
heterossexualidade ou “heteronormalidade” não faz parte da natureza
humana, mas teria sido construída e imposta pela sociedade, por uma
cultura patriarcal e machista.

O termo foi criado pelo ativista
homossexual Michael Warner, em 1991, em uma das primeiras grandes obras
sobre a teoria do gênero. Segundo ele, a heterossexualidade não seria
outra coisa senão uma ideologia, uma construção política pela qual
orientações sexuais diferentes da heterossexual são marginalizadas,
ignoradas ou discriminadas por práticas sociais, crenças ou políticas. O
componente lésbico por sua vez, sempre esteve presente no movimento
feminista, mas hoje se tornou algo predominante e esse grupo em especial
se jogou de cabeça nessa teoria elevando-a ao extremo. As lésbicas
gritam hoje que “toda mulher é bisexual por natureza e que ser mãe e
dona de casa não é outra coisa senão escravidão imposta pela sociedade,
cada vez mais dominada por homens” (ivi, pp. 13-17)!

(Nota do deste blog : Uma evidência do que fora destacado acima por ser lido e comprovado aqui : http://www.thelocal.se/20111219/2065

O autor destaca a íntima conexão entre o
movimento feminista, o lesbianismo e a proliferação de feministas nos
quadros de dirigentes políticos tanto do Governo Alemão como em Órgãos
internacionais como a ONU. Mas não é de hoje que se pode notar, mesmo
fora da Alemanha, a influência dessa rede homossexual-feminista em
quase  todas as entidades de influência cultural e política nos países
considerados “ocidentais”.

A Alemanha que Ernest Röhm sempre sonhou .

Igualmente influentes são as redes
“acadêmicas” que povoam as endinheiradas cátedras das Universidades
dedicadas aos considerados “estudos femininos” sobretudo no mundo
anglo-saxônico.  Alguns estudos que aparentemente são inócuos se revelam
fundamentais na elaboração da ideologia do gênero, já que contribuem
ativamente pra difundir em grupos de estudo, pesquisas e publicações que
custam milhões de dólares ao bolso do contribuinte. A subcultura
feminista e homossexual se esforça para contrapor o gênero autêntico ao
“gênero falso” que seria aquele fabricado pela sociedade. O absurdo da
impostura é gritante. No gênero supostamente “autêntico” concebido
totalmente independente do seu substrato biológico é possível expressar
todas as compulsões da nossa subjetividade e fazer tudo que se deseja.
Esse depende do gosto pessoal de cada um. Deveríamos portanto ser
considerados como “gendernautae” [sic], ou seja neutros, livres
navegantes no mainstream da sexualidade sem fronteiras, vivendo uma
sexualidade livre de diferenças entre masculinidade e feminilidade (que é
o ponto que interessa de fato) já que as diferenças seriam de ordem
puramente psicológicas ou sociais.

A realidade biológica não interessa.
A militância homossexual finge ter
encontrado na ciência médica um fundamento válido para a sua teoria.
Chegam ao absurdo de se referir ao famoso caso Reimer que praticamente
caiu no esquecimento. A segunda parte do estudo de Zastrow se ocupa
detalhadamente desse aspecto,  colocando às claras a impostura que ainda
predomina (ivi, pp. 35-58).

David Reimer nasceu na cidade de
Winnipeg, no Canadá, no dia 22 de agosto de 1965. Seu nome original era
Bruce e era em tudo idêntico ao seu irmão gêmeo Brian. Aos seis meses
ele foi diagnosticado com fimose e seus pais o levaram pra se submeter a
uma circuncisão. No dia 27 de abril de 1966, o cirurgião encarregado de
fazer a operação usou um instrumento de eletrocauterização ao invés de
um bisturi para retirar o prepúcio de Brian, procedimento que destruiu
completamente seu órgão sexual. Pouco depois, os pais dos gêmeos Brian e
Bruce viram, por acaso, na televisão canadense, uma entrevista do
psicólogo Dr. John Money, da Johns Hopkins University, de Baltimore, na
qual ele propunha a “teoria da neutralidade de gênero” assegurando que
os bebês nasciam “neutros” e teriam sua identidade definida como
masculina ou feminina (identidade de gênero) exclusivamente em função da
maneira pela qual seriam criados.

Tal informação lhes pareceu muito
apropriada para a resolução do problema do filho mutilado. Logo
procuraram aquele especialista, que imediatamente se dispôs a
atendê-los, quando indicou uma mudança cirúrgica de sexo, que,
realizada, transformou Bruce numa menina, “Brenda”.

O interesse de Money no caso de Bruce não
poderia ser maior. Como defendia a idéia de que as diferenças de
comportamento entre os sexos eram decorrentes de fatores socio-culturais
e não biológicos (nature versus nurture) – tese aclamada pelas
feministas de então -, a mutilação de Bruce oferecia-lhe uma excelente
oportunidade pra colocar à prova sua teoria. Havia – em sua opinião – a
indicação para a mudança cirúrgica de sexo, os pais tratariam a criança
conforme sua orientação e o experimento teria uma contraprova natural,
pois havia um irmão gêmeo idêntico, univitelino, que serviria de
parâmetro de controle. O que os pais de Bruce-Brian não sabiam era que
Dr. Money – um psicólogo nascido na Nova Zelândia – era  uma espécie de
guru da sexualidade e preconizava comportamentos sexuais ousados, dentro
do espírito da revolução sexual dos anos 60. Defendia o casamento
aberto onde os casais  poderiam ter amantes com consentimento mútuo;
estimulava o sexo grupal e bissexual, além de, em alguns casos favorecer
o incesto e a pedofilia. Money  tinha se tornado famoso nos
procedimentos pioneiros de “realinhamento sexual” (sex reassignment) em crianças com hermafroditismo.

John Money , um psicólogo assumidamente pró-pedofila e apoiado pelas feministas .


Mas Bruce foi a primeira criança nascida
normalmente (com definição sexual masculina) a ser submetida a esse
processo. As publicações de Money no decorrer da década de 70 davam a
entender que a experiência teria sido um grande sucesso. Os gêmeos
estariam felizes em seus papéis estabelecidos. Brian seria um menino
forte e travesso enquanto “Brenda”, sua ‘irmã’, era uma doce menininha.
Em função dessa experiência, Money ficou mais famoso. A revista TIME
dedicou-lhe uma longa matéria e o incluiu num capítulo sobre gêmeos em
seu famoso livro Man & Woman, Boy & Girl. Como
inexplicavelmente deixou de publicar as evoluções do caso, o fato chamou
a atenção de um pesquisador rival, Dr. Milton Diamond, da Universidade
do Havaí, que procurou informações e reconstruiu a verdade sobre o caso,
publicando-o num artigo em co-autoria com Keith Sigmundson, nos Archives of Pediatrics and Adolescent Medicine.

A verdade descrita por Diamond era muito
diferente da versão sustentada por Money. Money por sua vez havia se
tornado uma celebridade no meio científico e feminista. Uma célebre
feminista, a lésbica americana Kate Millet, se apoiou nas teorias de
Money pra escrever seu best-seller Sexual Politics (1970), onde
tentava demonstrar que a heterossexualidade não era outra coisa senão
ideologia e que sexo não era outra coisa senão uma criação da cultura e
da educação.  Baseando-se na experiência de Bruce Reimer, o famoso “New York Book Review
decretou que “se alguém diz a um menino que ele é uma menina e o cria
como tal, ele se comportará em tudo como uma menina””(pp. 43-44).  O
“caso Reimer” era citado nos livros científicos e até o ano 2004 a
literatura feminista ousava usá-lo com demonstração viva de suas
“teorias” sobre a natureza exclusivamente cultural do “gênero”.

Mas na realidade como andava o
experimento? Exatamente o oposto do que dizia a propaganda feminista. O
pobre menino desde os dois anos como “Brenda” rasgava suas roupas de
menina e se recusava a brincar com bonecas, disputava com o irmão
Brian seus brinquedos. Na escola, era permanentemente hostilizado pelo
comportamento masculinizado e pela insistência em urinar de pé.
Queixava-se insistentemente aos pais por não se sentir como uma menina.
Mantendo as orientações de Money, os pais diziam-lhe que era uma “fase”
que logo passaria. Os pais levavam periodicamente os dois filhos para
sessões de “psicoterapia” com Dr. Money.

Kate Millet , uma feminista assumidamente heterofóbica . Fato que feministas modernas tentam esconder ou 'dourar a pílula' sobre o assunto . 


Segundo consta, tais sessões foram
profundamente traumáticas para ambas as crianças. Nelas, possivelmente
num esforço de estabelecer as diferenças de comportamento sexual entre
homem e mulher, Money lhes mostrava fotos sexuais explícitas e teria
feito as crianças encenarem posições sexuais. Aos 11 anos “Brenda” já
falava em suicídio e seus algozes planejavam novas intervenções
cirúrgicas para aperfeiçoar sua feminilidade. Aos 13 anos, as visitas ao
Dr. Money cessaram de uma vez. Aos 14 anos, quando não suportava mais
aquela situação, os pais consultaram um psiquiatra de sua cidade, que
sugeriu dizer toda a verdade para “Brenda”. Tal informação teve um
efeito profundo e transformador. Posteriormente, “Brenda” revelou: “De
repente, tudo fazia sentido. Ficava claro por que me sentia daquela
forma. Eu não estava louco”.

Não obstante a administração de grande
quantidade de hormônios femininos, “Bruce-Brenda” imediatamente se
engajou numa busca pelo sexo perdido. Fez inúmeras cirurgias para
recompor a genitália masculina com a implantação de próteses de pênis e
testículos e para a retirada dos seios crescidos a base de estrógenos.
Significativamente, não quis retomar seu nome inicial escolhendo
chamar-se “David”. Nesse meio tempo, a mãe, que se sentia culpada e
desorientada com a situação da “filha”, tinha entrado em depressão e, a
certa altura, tentara suicídio. O pai desenvolveu um alcoolismo grave e o
irmão gêmeo Brian começara a usar drogas e a praticar atos
delinqüenciais ao atingir a adolescência.

“Brenda”, agora “David”, apesar de todas
as cirurgias e da nova identidade masculina, mergulhara também numa
séria depressão e tentou suicídio pela primeira vez aos 20 anos. Aos 30
anos, David foi encontrado por Diamond, que, como dito acima,
desconfiara do motivo que levara Money a interromper, sem maiores
explicações, o relato de um caso que reputava ser de tanto sucesso.
David soube que, até então, seu caso era mundialmente conhecido,
apresentado na literatura médica como um grande sucesso e usado para
legitimar procedimentos de alteração cirúrgica de sexo em crianças
hermafroditas ou que sofreram algum tipo de mutilação. Tal como Diamond e
Sigmundsen, David ficou indignado com tal impostura, e resolveu
colaborar com os dois profissionais, dando origem ao trabalho que
recolocou a verdade em circulação, engajando-se numa campanha para
evitar que outros passassem pelos mesmos sofrimentos que ele tivera de
suportar. O trabalho de Diamond foi largamente divulgado e chegou à
grande mídia, jornais e televisões norte-americanos.


Infelizmente após seu irmão Brian, (com quem estava brigado,) ter se
suicidado com uma overdose de medicação para esquizofrenia, em 2004
David Rheimer também se suicidou com um tiro quando estava com apenas 38
anos de idade.

A partir de 1980, Money não mencionou
mais o caso Reimer em suas publicações. Mas continuou a sustentar a
validade de suas teorias, juntamente com as feministas, como era óbvio.
Mas o experimento que teria servido pra provar a validade de sua teoria
de gênero ( ou seja que o ser homem ou mulher depende exclusivamente da
educação e da cultura) demonstrou ter sido um tremendo fracasso. A
charlatania de Money se mostrava cada vez mais evidente. Seus métodos
“terapêuticos” contestados e sua “Gender Identity Clinic” fechada
definitivamente em 1979. Foi abandonado então o método desumano de se
intervir cirurgicamente em hermafroditas antes que esses atinjam a
puberdade. As intervenções são limitadas ao mínimo e apenas com o
consentimento dos interessados.Quando a verdadeira história do pobre
David Reimer saiu ao descoberto, assaltado pelas críticas, Dr Money se
defendeu respondendo que todas as criticas dirigidas a ele não passavam
de um monte de “preconceitos antifeministas”.

Ele correu pra se esconder debaixo das
saias das feministas. No seu dizer, todos aqueles que sustentavam a
diferença genética entre homem e mulher queriam “aprisionar a mulher em
seu papel tradicional acorrentada entre a cama e a cozinha”. Suas
respostas eram sempre polêmicas, privadas de qualquer base científica,
por motivos bem evidentes. Todavia, a influência desse charlatão, como
sublinha Zastrow, ainda se fazia sentir pelo menos até o fim do século
recém passado. Sem o trabalho sujo de Money a “teoria de gênero”
dificilmente teria despontado no horizonte do feminismo mundial a ponto
de ser adotada  pela linguagem burocrática da República Federal da
Alemanha.O que Money propagandeava em 1965, hoje pode ser facilmente
encontrado no website da ministra alemã para questões femininas, onde se
lê: …ao contrário do gênero biológico, o papel dos gêneros é aprendido
exclusivamente no contexto social. Seria portanto, fruto da cultura e
não da natureza.
E a mesma linguagem é encontrada ainda 
num guia para informação respeitosa sobre as pessoas LBGT, um manual
publicado em 2013 pelo Departamento pela Iguadade de Oportunidades”, que
não passa de outro laboratório intelectual da mesma falsidade. O
vademecum da ministra, como demonstra o brilhante e corajoso estudo de
Zastrow, é construído inteiramente sobre o vazio, ou seja, sobre uma
mentira colossal. A mesma mentira difundida pelo ícone do feminismo
mundial, a corruptíssima Simone de Beauvoir, a amante bissexual do
famoso filosofo existencialista, o igualmente pervertido Jean-Paul
Sartre: “mulher não se nasce, se torna” (Zastrow fala mais sobre isso
nas, pp. 35-36 de seu estudo).  A essa altura sabemos de experiência que
a mentira é o pão de cada dia do “politicamente corretto”.  Ao acusar o
antigo regime soviético, Alessandro Solgenitsin disse, em uma celebre
conferencia, que nem os povos e nem os indivíduos podem “viver na
mentira”. A nossa decadente democracia euro-americana propaga hoje em
dia as piores mentiras, e entre essas o “gender mainstreaming” ocupa
seguramente um posto de honra. E quem, senão o próprio Demônio é o pai
de todas essas mentiras ?(João 8, 44)? A “teoria de gênero” nega as
evidências fornecidas pela própria natureza.

Um livro que você não verá tão cedo na língua de Camões , Eça de Queiroz , Machado de Assis , Carlos Drummond de Andrade e Tiririca .


Sem a pretensão de dar por encerrada a
questão é necessário que façamos algumas considerações finais. Segundo a
teoria do gênero, as diferenças naturais entre homens e mulheres não
seriam precisamente um produto da natureza , mas da “cultura”
socialmente dominante, de modo que o sexo verdadeiro seria aquele que o
indivíduo escolhe pertencer , hetero, gay , trans , etc . Essa ” tese ”
implica na suposição de que na natureza os caracteres sexuais não são
bem marcados ou distintos no homem ou na mulher, nem do ponto de vista
fisiológico nem do ponto de vista anatômico. Mas isso é insustentável
porque vai contra as evidências mais elementares.

Os aparelhos reprodutivos dos homens e
das mulheres são construídos de forma diferente mas de modo
interdependente, ou seja, no sentido de ser um complemento para o outro
já que estão perfeitamente integrados para efeitos de concepção da
prole. E são assim por obra da natureza, é claro, pois homens e mulheres
nascem assim desde que existe a humanidade.Esta complementaridade não
resulta apenas da fisiologia mas também anatomia. O útero da mulher é
construído de modo a ser capaz de ser penetrado pelo espermatozóide
masculino para ser fertilizado e dar origem e formação ao feto. Em vez
disso, a parte final do intestino que chamamos reto, com a sua própria
estrutura muscular (esfíncter)  demonstra ser um órgão anatomicamente
construído apenas para ser um canal de evacuação das fezes  e não para
outros usos. E se tal canal é utilizado para fins sexuais, seja entre
homens ou entre homens e mulheres, se trata evidentemente de um uso
contra a natureza como sempre foi considerada  e com razão.



Contra a natureza não só pelo caráter
repulsivo da coisa, mas pelo simples fato de aliviar a própria
concupiscência através de um órgão que a natureza não criou para tal
uso, mas sim para a evacuação, como demonstra claramente a nossa
anatomia. A condenação moral e estética desse uso perverso é portanto,
baseada principalmente sobre o fato objetivo da estrutura anatômica do
ser humano . E em seguida,  sobre a natureza do próprio homem criado por
Deus em sua anatomia perfeita e completa . Nenhuma pessoa sensata pode
de fato  argumentar que nossa anatomia de seres humanos é um produto da ”
cultura”.Os sistemas de reprodução de seres humanos são semelhantes aos
de outros mamíferos. Eles nos tornam semelhantes aos animais, mas
somente no tocante à natureza, constituída de modo a ser capaz de se
reproduzir e se perpetuar.




Esse instinto de reprodução, que, 
utilizando o desejo de prazer carnal, empurra macho e fêmea para o
acasalamento, será que podemos ter ou não como instinto puro da mesma
forma que os demais animais? Ou esse instinto nos animais deveria ser
considerado como um produto da natureza ou de “cultura”? Os animais não
têm nem a sociedade, nem “cultura”, então essa é a sua natureza que
através dos instintos, provoca o acasalamento entre machos e fêmeas
tendo em vista a reprodução. E se o que vale para os animais não vale
para nós humanos, que parte da nossa natureza seria precisamente animal,
subentendendo o termo no sentido puramente biológico? Além disso, a
natureza não poderia ter criado uma orientação homossexual natural nos
seres humanos ao mesmo tempo que os dotou com sistemas reprodutivos
complementares, nas duas formas de masculino e feminino. Ela não poderia
 porque a homossexualidade é, por definição inerentemente estéril.
Dizer que a natureza colocou no ser humano outras formas de sexualidade
da mesma forma que a tendência natural da heterossexualidade, para que
pudéssemos escolher de acordo com o nosso gosto, equivale dizer  que a
natureza programou sua própria extinção enquanto natureza. Isto é
racionalmente insustentável. E se é verdade que a natureza colocou em
nós tendências homossexuais naturais, por que razão teria nos equipado
com  dois sistemas reprodutivos que se complementam um ao outro e, ao
mesmo tempo, tão diferentes nos dois tipos que compõem o masculino e o
feminino? Só para perder tempo? Se as tendências homossexuais fossem
algo natural , a natureza seria contraditória porque por um lado ela
estaria construindo indivíduos como macho e fêmea,
projetando-os  fisiologicamente e anatomicamente para satisfazer o
instinto natural de reprodução, o instinto de propagação da vida; mas
por outro lado, estaria simultaneamente fornecendo um instinto
totalmente oposto que é o instinto de morte, o qual faz com que  alguns
rejeitem o instinto da vida ao usar seus órgãos sexuais em atividades
homossexuais que não cumprem a finalidade de sua anatomia e nem da sua
fisiologia. Uma natureza minada por uma contradição deste tipo não teria
realmente sido capaz de se manter por tanto tempo e , pensando bem ,
nem sequer existiria.

Dizer que o sexo não existe na natureza,
pois é uma livre escolha do indivíduo, seja ela qual for, e que o Estado
é obrigado a reconhecer e defender tal insanidade, porque na natureza
em vez do masculino e feminino (de ambos os sexos) existiria ao invés um
“gênero” inteiramente psicológico em si indeterminado, que
compreenderia a masculinidade e a feminilidade ou “outros” como meras
possibilidades para se explorar ao bel prazer,  significa antes de tudo
uma idéia errada sobre a natureza e o seu modo de funcionamento, hoje
amplamente ilustrado pela ciência, a qual confirma na natureza, a
existência de uma ordem baseada, (no que diz respeito ao mundo animal),
na complementaridade fecunda dos dois sexos, masculino e feminino, cuja
mútua atração instintiva atende ao requisito fundamental de reprodução,
mediante a qual a própria natureza existe e se perpetua.

* * *

[1] Volker Zastrow, Gender.  Politische
Geschlechtsumwandlung, mit Zeichnungen von Anke Feuchtenberger, Edition
Sonderwege bei Manuscriptum, Waltrop und Leipzig, 2010³, pp. 58.  www.manuscriptum.de.  [Genere.  La
politica dell’inversione dei sessi.  Incisioni di Anke
Feuchtenberger].  In forma più ridotta una mia recensione a questo
lavoro è apparsa sul trimestrale  francese Catholica, n. 112, estate
2011, pp. 92-96, con il titolo:  Le mensonge diabolique du Gender
mainstreaming.  Il testo è stato da me interamente rivisto e ampliato,
modificato in più punti.  Ringrazio  la direzione della rivista per aver
gentilmente consentito a questa riedizione in italiano.

[2] Vedi, tra gli altri: Manfred Spreng –
Harald Seubert (a cura di Andreas Späth), Vergewaltigung der
menschlichen Identität.  Ueber die Irrtümer der Gender-Ideologie [La
falsificazione dell’identità umana.  Sugli errori dell’ideologia di
genere], Verlag Logos Editions, Ansbach, 2012, pp. 110;  Inge M.
Thürkauf, Gender Mainstreaming.  Multikultur und die Neue Weltordnung
[Gender mainstreaming.  Multiculturalità e nuovo ordine mondiale],
Schweizerzeit-Schriftenreihe Nr. 55, “Schweizerzeit” Verlag, Flaach,
2013, pp. 47.

[3] Traduco letteralmente. Il testo dice:
“[…] kastrierte und aus der Haut seines Hodensacks rudimentäre
Schamlippen formte”, op. cit., p. 42. [4] Zastrow, p. 56:  “…dass
Geschlechtsrollen im Gegensatz zum biologischen Geschlecht nur erlernt 
seien”.



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