sábado, 2 de março de 2013

Ideologismo e o esquecimento da verdade



“A mentira é o poder.” -  F. NIETZSCHE, Fragmentos póstumos
“A verdade jamais é refutada!” - PLATÃO, Górgias

O conceito de ideologia  tem origem na crise do idealismo hegeliano, especialmente graças a Karl Marx, que o articulou com bastante força, constituindo um ponto de referência paradigmático.

Para Marx, não se explica a práxis partindo das ideias; ao contrário, explicam-se as ideias partindo da práxis (material). Portanto, todos os produtos da consciência são "refutados" e "superados" não com outros produtos da consciência, mas com a inversão das relações sociais.

Em especial, as ideias dominantes são as ideias da classe dominante (ou da classe que se prepara para se tornar dominante), traiçoeiramente apresentadas como ideias universais.


Para Marx a classe que dispõe dos meios da produção material dispõe, ao mesmo tempo, dos meios da produção intelectual, de modo que a ela estão sujeitas em conjunto as ideias dos que carecem dos meios de produção intelectual. As ideia dominantes não são outra coisa que a expressão ideal das relações materiais dominantes, são as relações materiais dominantes tomadas como ideias: são, portanto, a expressão das relações que fazem de uma classe a classe dominante, e portanto são as ideias de seu domínio. Os indivíduos que compõem a classe dominante possuem, entre outras coisas, também a consciência  e, portanto, pensam; enquanto dominam como classe e determinam todo o âmbito de uma época histórica, é evidente que o fazem em toda a sua extensão e, portanto, entre outras coisas, dominam também como seres pensantes, como produtores de ideias que criam a produção e a distribuição das ideias de sua época; é pois evidente que suas ideias são as ideias dominantes da época. Por exemplo: num período e num país em que poder monárquico, aristocracia e burguesia lutam pelo poder, o qual está portanto dividido, aparece como ideia dominante a doutrina da divisão dos poderes, doutrina que é então enunciada como 'lei eterna'".

Até as ideias revolucionárias nascem e se desenvolvem so¬mente em concomitância com o nascimento e o desenvolvimento de novas forças econômicas e, portanto, de um novo poder material. A classe que conduz a luta contra o establishment apresenta, por sua vez, seus próprios interesses sob a forma de interesses de toda a sociedade e, portanto, oferece ao mundo inteiro as ideias que professa, revestindo-as daquelas características que os idealistas chamam universais (o leitor verá em poucas páginas como o próprio Marx caiu naquele pecado de idealismo que recriminava aos filósofos abstratos seus predecessores ou contemporâneos). Na verdade, tais ideias só servem para a conquista do poder por aqueles que as professam: sua raiz é sempre e apenas a práxis material.

E quem são os intelectuais?

Também no âmbito da classe dominante, esclarece Marx, manefesta-se uma espécie de divisão do trabalho, ou seja, entre o intelectual e trabalho manual, "de forma que, no interior dessa classe, uma parte se apresenta constituída pelos pensadores da classe (seus ideólogos ativos [...], cuja ocupação principal é a elaboração da ilusão dessa classe sobre si mesma), ao passo que os outros têm uma atitude mais passiva e mais receptiva em relação a essas ideias e a essas ilusões, uma vez são os membros ativos dessa classe e têm menos tempo criar ideias e ilusões sobre si mesmos".

As correntes de pensamento inspiradas em Marx e em especial no marxismo levaram ao extremo as ideias de que alamos acima e transformaram praticamente todas as expressões do espírito humano em várias formas de ideologia.
Até o passado, e não apenas o presente, naturalmente, foi interpretado nessa perspectiva, com impressionantes consequências iconoclastas e sacrílegas.

Convém lembrar que tal ideologismo exagerado, negando à verdade qualquer objetividade, e portanto julgando-a desprovida de qualquer força própria, a transforma em algo manipulável ab libitum, e por isso suscetível de ser não apenas proposto mas também imposto.

As raízes do 1984 de Orwell já estão aqui.

Obviamente, a força das ideologias, que exploram todos os  componentes alógicos do espírito humano, pode tornar-se  dominante e, pelo menos por certo período, subverter os próprios fatos e violentar a realidade, como a história do marxismo e do chamado socialismo real comprovam ad abundantiam.

Parece haver uma ruptura ontológica entre o reino dos deuses e o das ideias, entre os mitos e as teorias. As ideias, e mais amplamente os sistemas de ideias (teorias, doutrinas, ideologias), parecem ter apenas uma realidade instrumental. São utensílios que servem para interpretar o real e podem ser insuficientes ou ilusórios. Marx instrumentalizou até o extremo a ideologia, fazendo dela o instrumento que permite que a classe dominante mascare seus interesses ou sua autoridade por trás de proposições aparentemente nobres e universais. A ideologia dos direitos do homem, por exemplo, mascararia o poder perverso da burguesia. Soljenitsyn enfatiza o discurso de Marx, mas contra a ideologia comunista: 'É o comunismo que fornece a justificativa buscada pela perversidade, a longa perseverança necessária aos perversos. É a teoria social que ajuda o malvado a justificar seus atos aos próprios olhos e aos dos outros para sentir-se objeto não de recriminações e maldições mas de adulações e testemunhos de respeito'.

As ideologias têm uma expectativa de vida superior à dos homens. Elas são mais biodegradáveis do que os deuses, mas algumas podem viver até por vários séculos. As que se definem 'científicas' e garantem que sabem realizar na Terra sua promessa de Salvação, como o marxismo stalinista, mostram-se em toda a sua fragilidade após a vitória, que assinala ao mesmo tempo sua falência. Todavia, o marxismo stalinista foi capaz de dominar a mente de renomados cientistas, nos quais conseguiu remover por décadas, como 'ignóbeis calúnias', as provas múltiplas e acumuladas de sua mentira. Uma prova ulterior das ideologias, diante do real e contra ele. Os fatos são obstinados, dizia Lênin. As ideias são ainda mais obstinadas, e os fatos são esmagados por elas com mais frequência do que as ideias são esmagadas pelos fatos.

Sem dúvida, é possível resumir a ideologia no slogan, que se assemelha a uma paródia de uma frase evangélica: "buscai o poder, e todo o resto virá por si".Isso significa que a única coisa que vale é o poder e só o poder.

A ideologia perde quase por inteiro o sentido da verdade: o que conta é aquilo que se considera verdadeiro ou que se faz com que seja considerado verdadeiro.

A ideologia é uma forma de fé imanente: uma massa de homens abraça essa fé acreditando que seja fé em coisas verdadeiras, outros fingem acreditar que é assim; outros ainda (os ideólogos) utilizam todos os meios para fazer com que se acredite que seja verdadeiro aquilo que eles convidam a crer (quer fieis mesmos acreditem nisso, quer não, isso é irrelevante!).

Já nos Fragmentos póstumos de Nietzsche, encontramos análises pertinentes e impiedosas sobre esse ponto: "é necessário jue algo seja considerado verdadeiro; não que algo seja verdadeiro". Na denúncia do que é ideologia Nietzsche é, portanto, mais consequente que o próprio Marx.

Eis o aforismo que exprime seu pensamento de modo mais radical: "O que é uma fé? Como se forma? Toda fé é considerar verdadeiro. A forma extrema do niilismo seria sustentar que  toda fé, todo considerar verdadeiro seja necessariamente falso:  porque não existe de fato um mundo verdadeiro. Portanto: é  uma ilusão de perspectiva, cuja origem está em nós (uma vez que nós temos necessidade de um mundo restrito, abreviado,  simplificado). Nesse caso, a medida da força é constituída pelo ponto até o qual podemos admitir, sem prejudicar-nos, o caráter ilusório e a necessidade da mentira. Nesse sentido, o niilismo, como negação de um mundo verdadeiro, de um ser, poderia ser um modo de pensar divino...''''.

Nietzsche, aqui, não se refere às ideologias políticas em feral, nem à marxista em particular, mas aquilo que diz, a meu ver, diz respeito ao que lhes serve de fundamento: a história Jas últimas décadas o demonstra. Além disso, uma leitura imparcial de Nietzsche poderia insinuar a suspeita de que a própria "explicação" marxista de ideologia seja por sua vez ideológica (para não falar do caráter abertamente ideológico no sentido dos escritos originários de Marx e de Engels que têm muitas das teses comumente aceitas pela Vulgata do marxismo-leninismo). E natural perguntar, portanto, se a concepção marxista da ideologia consegue evitar a armadilha da auto-referência. Como se sabe, o cético cai nessa armadilha quando sustenta que nada pode ser conhecido (não é este, ainda um-negativamente, um conhecimento?). Analogamente, não será  "ideológica" também a tese marxista de que todo produiu intelectual é "ideologia"?


A ideologia alcançou hoje um âmbito bastante vasto, ma seu lugar predominante continua a ser o político em suas várií, formas. Todavia, embora Marx tenha forjado seu paradigma conceptual, não foi ele o criador do núcleo essencial do ideologismo. A civilização humana sempre abrigou a cultura da suspeita ideológica. E, em minha opinião, o primeiro a denunciar de maneira inequívoca esse mal foi Platão.

Os antigos "oradores" (o termo designa tanto os políticos militantes quanto os advogados de defesa) e os teóricos daquela arte, sob a influência da sofística, já haviam enfatizado a força persuasiva e, portanto, a importância sociopolítica, do "considerar verdadeiro" ou do "acreditar no simples nível de opinião" e lhe haviam conferido uma importância pragmática superior à da própria verdade.

Numa página do Fedro, Platão denuncia essa perversão, com uma lógica férrea e cortante:

"Sócrates — Então dizem que [...] quem se prepara para se tornar bom orador não precisaria conhecer a verdade acerca do que é bom e justo, ou mesmo acerca dos homens que por natureza e por educação são dessa forma. De fato, nos tribunais, ninguém se importa nem um pouco com a verdade acerca dessas coisas, mas o que é importante ali é o que convincente. Este mostra ser o que é verossímil; e a ele eve ater-se quem deseja falar com arte. Algumas vezes, Juma acusação ou numa defesa, não convém expor sequer i próprios fatos, se eles não ocorreram de forma verossímil, nas só se devem revelar os verossímeis. Em geral, quem fala deve ater-se ao verossímil, deixando de lado a verdade. É precisamente esse verossímil que, encontrando-se do início fim do discurso, leva a termo toda a arte.
Fedro — São justamente essas que expuseste, caro Sócrates, as coisas que afirmam os que professam possuir a arte dos discursos [...].
Sócrates — Certamente estudaste Tísias com precisão. Então que Tísias nos diga também se considera que o verossímil não é o que parece tal à multidão.
Fedro — E o que mais?
Sócrates — Tendo feito essa descoberta, como parece, ao mesmo tempo de sabedoria e de arte, ele escreveu que, se um homem fraco mas corajoso, que atacou um homem forte mas covarde e lhe roubou o manto ou qualquer outra coisa, é chamado ao tribunal, nenhum deles deve dizer a verdade. O covarde deve dizer que o outro não estava só quando o atacou; o corajoso, ao contrário, deve refutá-lo dizendo que eles estavam sós é utilizar o argumento: 'Como podia eu, fraco como sou, bater num homem forte como ele?'. E, para não admitir a própria covardia, tentará dizer outra mentira, dando ao adversário a possibilidade de outra refutação. Também em outras coisas os discursos feitos com arte se assemelham a isso. Não é verdade, Fedro?
Fedro — Como não?
Sócrates — Pobre de mini! De maneira extraordinária, parece que Tísias, ou outro qualquer, seja qual for a origem a ele atribuída, descobriu uma arte oculta. Mas devemos ou não dizer a ele?
Fedro — Dizer o quê?
Sócrates — Isto: "ó Tísias, há algum tempo, antes que viesses aqui, dizíamos que esse verossímil nasce, na maioria das pessoas, por semelhança com o verdadeiro. Há pouco explicamos que, de todas as partes, quem conhece a verdade sabe muito bem qual é essa semelhança. Portanto, se tens algo mais a dizer sobre a arte dos discursos, nós o ouviremos. Se não, acreditaremos no que explicamos há pouco: que, se alguém não souber enumerar as naturezas dos que o ouvirem, e até que não consiga dividir os seres segundo as formas e reuni-los numa Ideia, cada um segundo uma unidade [= conhecer a verdade seguindo o método certo que leva a ela], nunca dominará a arte dos discursos na medida em que é possível a um homem. Mas jamais conseguiremos adquirir essas coisas se não nos aplicarmos muito. A elas o sábio deve dedicar seus esforços: não para falar e agir com os homens, mas para poder dizer o que agrada aos deuses e fazer tudo de um modo apreciado por eles, o mais possível. De fato, ó Tísias, os mais sábios dentre nós dizem que quem tem inteligência não pode preocupar-se em agradar aos companheiros de escravidão senão de forma colateral, mas deve agradar aos senhores que são bons c descendem dos bons. Por isso, se o caminho a ser percorrido é longo, não deves ficar admirado, porque, para poder alcançar grandes coisas, é preciso percorrê-lo, ao contrário do que pensas. De resto, como nos diz nosso discurso, se alguém quiser, também estas coisas se tornarão belíssimas em decorrência daquelas.
Fedro — Parece-me que coisas belíssimas foram ditas, desde que qualquer um possa cumpri-las.
Sócrates — Mas para quem realiza coisas belas, também é belo sofrer tudo o que for preciso."
               
Creio que, no que se refere ao problema de que estamos tratando, não há mensagem mais clara do que essa: sem dúvida, é mais fácil seguir o caminho do "considerar verdadeiro" do que o do "verdadeiro", que, ao contrário, é íngreme, árduo e duríssimo.

Mas a frase final do texto platônico contém uma mensagem terapêutica de alcance extraordinário (que, entre outras coisas, imediatamente nos permite evitar a emboscada da auto-referência).

Convém lembrar que, para o grego, "belo" é sinônimo de “bom". E, portanto, o sentido da frase é este: para quem enfrenta as coisas belas, ou seja, boas e justas, tudo o que ele tiver de sofrer para alcançar a meta pertence à mesma dimensão do belo, ou seja, do bom c do justo. De fato, como diz a célebre máxima grega, "as coisas belas são difíceis" por sua própria natureza.

E quem pode negar que não é justamente essa, capacidade de sofrer qualquer coisa para alcançar o bem supremo que poderia elevar o homem de todos os tempos e, portanto, também o homem de hoje à dignidade que lhe compete?

Para o ideoiogismo a verdade não existe, ou, mesmo que existisse, não teria força própria; ou, se se preferir, teria uma "força" quando muito fraca: o fazer "considerar verdadeiro" ou até a violência ideológica poderiam sistematicamente subjugá-la e fazê-la calar.

Platão e Aristóteles nos dizem, ao contrário, que a verdade não apenas tem força própria mas também tem a maior força.

Platão (no Banquete) atribui a Sócrates este bordão: "Eu permito, aliás, eu ordeno que digas a verdade."

E, sempre nos lábios de Sócrates, põe (no Górgias) uma frase realmente poderosa:

"A verdade não admite contestação!"

Aristóteles, por sua vez, nos explica por que a verdade não admite contestação. As verdades supremas, de fato, tem tal poder que, indubitavelmente, quem as nega é obrigado a utilizá-las na própria tentativa de negá-las.

No quarto livro da Metafísica, o Estagirita mostra como esse é o caso do princípio de não-contradição:

"O princípio mais seguro de todos é aquele em torno do qual é impossível se incorrer em erro: esse princípio deve ser o mais conhecido [...] e deve ser um princípio não-hipotético. Aquele princípio que os que quiserem conhecer qualquer coisa devem necessariamente possuir não pode ser uma mera hipótese, e os que quiserem conhecer qualquer coisa devem necessariamente possuir aquilo que devem conhecer antes de apreender qualquer coisa. É evidente, pois, que esse princípio é o mais seguro de todos. Depois do que foi dito, precisamos esclarecer qual é ele. "É impossível que a mesma coisa pertença e não pertença simultaneamente a uma mesma coisa, acerca do mesmo motivo." [...] Esse é o mais seguro de todos os princípios, pois possui todas aquelas características acima esclarecidas. Pois ninguém pode acreditar tar que a mesma coisa exista e não exista [...]. Se os contrários não podem existir juntos num mesmo sujeito, [...] se uma opinião que está em contradição com outra é o contrário desta, evidentemente é impossível que, ao mesmo tempo, a mesma pessoa admita que uma mesma coisa exista e também que não exista, pois quem se enganasse acerca disso teria igualmente opiniões contraditórias. Portanto, todos os que demonstram algo partem dessa noção última, porque ela, por natureza, constitui o princípio de todos os outros axiomas."

Como princípio primeiro e supremo, o princípio de não-contradição não pode ser demonstrado, porque, para poder sê-lo, deveria ser deduzido de princípios ulteriores, que não podem existir. Pode, contudo, ser defendido mediante o elenchos, ou seja, mediante a refutação de quem o nega, e sua validade ade ser confirmada, assim, exibindo a contradição em que cai Aquele que deseja refutá-lo.

Basta que alguém fale e pretenda que aquilo que diz tenha um sentido, para ter de admitir o princípio de não-contradição: de fato, as próprias palavras empregadas em cada caso pelos que desejam negar o princípio de não-contradição só terão sentido para quem as pronuncia e para quem as ouve se tomarem como válido justamente o princípio que teriam de refutar. Aliás, qualquer discurso só pode ter sentido se se admite que as palavras pronunciadas significam determinada coisa e não, ao mesmo tempo e do mesmo ponto de vista, também seu oposto.

Quem nega a verdade do princípio de não-contradição não poderia fugir a ele nem sequer se renunciasse ao emprego de palavras, limitando-se a comunicar seu pensamento com gestos indicativos. Com efeito, tais gestos só são comunicantes quando expressam algo determinado e não, ao mesmo tempo, também seu contrário. Quem nega o princípio de contradição condena-se assim a um isolamento quase total. Poderíamos até dizer que esta seria a forma mais extrema do solipsísmo tanto "lógico" quanto "ético".


Um comentário:

  1. """'É o comunismo que fornece a justificativa buscada pela perversidade, a longa perseverança necessária aos perversos. É a teoria social que ajuda o malvado a justificar seus atos aos próprios olhos e aos dos outros para sentir-se objeto não de recriminações e maldições mas de adulações e testemunhos de respeito'.""""

    Isso me lembra um trecho duma música de Cazuza que dizia que a burguesia fedia sendo ele mesmo um burguês , mas que 'não fedia' por que , tal qual ele diz na canção' : ESTOU DO LADO DO POVO .
    Parece que o confrade pegou a verve da psiquê da 'esquerda festiva' .


    -----------------------------------------
    """"'Uma prova ulterior das ideologias, diante do real e contra ele. Os fatos são obstinados, dizia Lênin. As ideias são ainda mais obstinadas, e os fatos são esmagados por elas com mais frequência do que as ideias são esmagadas pelos fatos.'"""""

    Isso teria algo haver que com a tática da pressão social para cima de um grupo alvo , opositor das idéias , do grudo pressionador para levar esse dito grupo para uma espiral de silêncio .

    Para que se preocupar se tudo aquilo que em que se acredita seja verdadeiro ou falso, quando se tem poder de pressionar e impor uma forma de pensamento à base de coerção social que transfoma pensamentos opostos em novos tabus ?



    ResponderExcluir