segunda-feira, 6 de fevereiro de 2012

A questão da realidade e do Ego


Segundo umas feministas a realidade que vemos é apenas aquela que conseguimos enxergar. Seria de acordo com as nossas limitações, as nossas crenças, paradigmas, preconceitos...
Primeiramente temos de saber que existem estruturas inatas em nossa mente que nos ajudam a interpretar a realidade.
Leibniz, no prefácio de "Novos Ensaios sobre o Entendimento Humano" Leibniz admitiu o inatismo não de idéias, mas de certas estruturas geradoras de idéias. Ele diz: "Por isso emprego de preferência a comparação com um bloco de mármore que tem veios... se há veios na pedra que desenham a figura de Hércules em lugar de qualquer outra, este bloco lhe estaria já disposto, e Hércules lhe seria de algum modo como inato, ainda que fosse sempre necessário certo trabalho para descobrir estes veios e destacá-los pelo polimento, eliminando o que impede sua aparição. Do mesmo modo as idéias e a verdade nos são inatas como inclinações, disposições, capacidades e faculdades naturais, e não como ações ou funções se bem que estas faculdades vão sempre acompanhadas de algumas ações correspondentes imperceptíveis". As idéias são, pois, inatas num certo sentido. Elas existem em potência, e é através da reflexão que se atualizam e a alma adquire consciência.

Apesar de propor para a gênese do pensamento lógico a existência de certas estruturas inatas da mente e compará-las aos veios em um bloco de mármore que guiam e inspiram o escultor a talhar uma certa figura, Leibniz não podia em seu tempo pensar em uma estrutura física de neurônios. Com certeza pensa em algo contido no espírito, "faculdades naturais", como ele diz, algo pertinente às mônadas espirituais de que fala em sua Monadologia.
Não se pode duvidar de que todos os nossos conhecimentos começam com a experiência, por­que, com efeito, como haveria de exercitar-se a fa­culdade de se conhecer, se não fosse pelos objetos que, excitando os nossos sentidos, de uma parte, produzem por si mesmos representações, e de ou­tra parte, impulsionam a nossa inteligência a compará-los entre si, a reuni-los ou separá-los, e deste modo à elaboração da matéria informe das impressões sensíveis para esse conhecimento das coisas que se denomina experiência?

No tempo, pois, nenhum conhecimento pre­cede a experiência, todos começam por ela.
Mas se é verdade que os conhecimentos deri­vam da experiência, alguns há, no entanto, que não têm essa origem exclusiva, pois poderemos admitir que o nosso conhecimento empírico seja um composto daquilo que recebemos das impres­sões e daquilo que a nossa faculdade cognoscitiva lhe adiciona (estimulada somente pelas impres­sões dos sentidos); aditamento que propria­mente não distinguimos senão mediante uma longa prática que nos habilite a separar esses dois elementos.
Surge desse modo uma questão que não se pode resolver à primeira vista: será possível um conhecimento independente da experiência e das impressões dos sentidos?

Tais conhecimentos são denominados “a prio­ri”, e distintos dos empíricos, cuja origem e a posteriori”, isto é, da experiência.
Aquela expressão, no entanto, não abrange todo o significado da questão proposta, porquanto há conhecimentos que derivam indiretamente da experiência, isto é, de uma regra geral obtida pela experiência, e que no entanto não podem ser ta­chados de conhecimentos “a priori”.

Assim, se alguém escava os alicerces de uma casa, “a priori” poderá esperar que ela desabe, sem precisar observar a experiência da sua queda, pois, praticamente, já sabe que todo corpo aban­donado no ar sem sustentação cai ao impulso da gravidade. Assim esse conhecimento é nitida­mente empírico.
Consideraremos, portanto, conhecimento “a priori”, todo aquele que seja adquirido indepen­dentemente de qualquer experiência. A ele se opõem os opostos aos empíricos, isto é, àqueles que só o são “a posteriori”, quer dizer, por meio da experiência.

Entenderemos, pois, daqui por diante, por co­nhecimento “a priori”, todos aqueles que são abso­lutamente independentes da experiência; eles são opostos aos empíricos, isto é, àqueles que só são possíveis mediante a experiência.
Os conhecimentos “a priori” ainda podem dividir-se em puros e impuros. Denomina-se co­nhecimento “a priori” puro ao que carece comple­tamente de qualquer empirismo.
Assim, p. ex., “toda mudança tem uma cau­sa”, é um princípio “a priori”, mas impuro, porque o conceito de mudança só pode formar-se extraído da experiência.
Qualquer que seja o modo de como um conhe­cimento possa relacionar-se com os objetos, aquele em que essa relação é imediata e que serve de meio a todo pensamento, chama-se intuição. Mas esta intuição não tem lugar senão sob a condição de nos ser dado o objeto, e isto só é possível, para o homem, modificando o nosso espírito de certa maneira.
A capacidade de receber (a receptividade) re­presentações dos objetos segundo a maneira como eles nos afetam, denomina-se sensibilidade. Os ob­jetos nos são dados mediante a sensibilidade e somente ela é que nos fornece intuições; mas é pelo entendimento que elas são pensadas, sendo dele que surgem os conceitos. Todo pensamento deve em última análise, seja direta ou indireta­mente, mediante certos caracteres, referir-se às intuições, e, conseguintemente, à sensibilidade, porque de outro modo nenhum objeto nos pode ser dado.
Nosso conhecimento emana de duas fontes principais do espírito: a primeira consiste na ca­pacidade de receber as representações (a recepti­vidade das impressões), e a segunda, na faculdade de conhecer um objeto por meio dessas represen­tações (a espontaneidade dos conceitos). Pela pri­meira nos é dado um objeto, pela segunda é pen­sado em relação a essa representação (como pura determinação do espírito).
Constituem, pois, os elementos de todo nosso conhecimento, a intuição e os conceitos; de tal modo, que não existe conhecimento por conceitos sem a correspondente intuição ou por intuições sem conceitos. Ambos são puros ou empíricos: empíricos se neles se contém uma sensação (que supõe a presença real do objeto); puro, se na re­presentação não se mescla sensação alguma. Pode chamar-se à sensação, a matéria do conhecimento sensível.
A intuição pura, portanto, contém unicamente a forma pela qual é percebida alguma coisa, e o conceito puro a forma do pensamento de um ob­jeto em geral. Somente as intuições e conceitos puros são possíveis “a priori”; os empíricos só o são “a posteriori”.

Se denominamos sensibilidade à capacidade que tem nosso espírito de receber representações (receptividade), quando é de qualquer modo afeta­do, pelo contrário, chamar-se-á entendimento à fa­culdade que temos de produzir nós mesmos repre­sentações ou a espontaneidade do conhecimento.
Pela índole da nossa natureza a intuição não pode ser senão sensível, de tal sorte, que só con­tém a maneira de como somos afetados pelos obje­tos. O entendimento, pelo contrário, é a faculdade de pensar o objeto da intuição sensível. Nenhuma dessas propriedades é preferível à outra. Sem sen­sibilidade, não nos seriam dados os objetos, e sem o entendimento, nenhum seria pensado. Pensa­mentos sem conteúdo são vazios, intuições sem certos conceitos, são cegos.

Assim, é necessário tornar sensíveis os concei­tos (quer dizer, fornecer-lhes o objeto dado na in­tuição), bem como tornar inteligíveis as intuições (submetendo-as a conceitos). Estas duas faculda­des ou capacidades não podem trocar de funções. O entendimento não pode perceber e os sentidos não podem pensar coisa alguma. Somente quando se unem, resulta o conhecimento.
Na questão do Eu as feministas inicialmente perguntam:
O que faz de mim? A minha certidão de nascimento, meu RG, CPF, carteira de motorista? As minhas origens familiares, o que a religião predominante no Brasil diz quem sou, e qual meu papel por ser mulher? Ou eu seria o que o Estado formou na escola, o que eu desempenho no trabalho? Quantas eu sou? Como eu me defino? A partir do outro? Do que dizem sobre mim? Do que penso?
Para elas somos uma construção. Uma constante construção. Não sou mais quem eu era e não serei algum dia quem eu sou nesse instante. Eu só existo agora. E quando acreditar que terei me conhecido, mudarei novamente, porque tudo é mudança.
Somos frutos de nosso pensamento, nosso instintos, experiências e estruturas inatas em nós. A razão que ajuda a interpretar os fatos,ela está ligada a estruturas inatas em nossa mente. Somos uma sintese de do empirico com as estruturas da mente.
Na questão do Eu a autoconsciência como apercepção originária ou pura é a autoconsciência lógica ou transcendental. O "eu penso" é produzido por esta autoconsciência pura e espontânea; nesse sentido, ele pode ser considerado a representação "originária" de todas as demais - este "eu" não se produz, mas é um produto dessa autoconsciência. Essa espontaneidade ou apercepção pura não pode, por um lado, ser identificada com a receptividade da sensibilidade porque nela o "eu penso" é apenas um ato, isto é, é o ato dela própria; por outro, ela também não pode ser confundida com a espontaneidade da razão prática, aplicada sobre as condições sensíveis e referida à causalidade da razão. A espontaneidade (pela qual o sujeito é consciente de si diretamente) é o conceito fundamental para entendermos a relação entre autoconsciência e consciência da espontaneidade nas funções lógicas do pensar: só a consciência da espontaneidade ou apercepção originária é que estabelece uma referência à identidade do sujeito.
O conceito de identidade tem também sua importância nessa diferenciação: enquanto a consciência empírica não se refere a ele, a autoconsciência em geral é a própria identidade na medida em que é uma ligação originária, pela qual o múltiplo das representações fica ligado na consciência e só assim é possível que eu a mim mesmo represente a identidade da consciência nestas representações. Essa identidade é lógica, isto é, temos na autoconsciência a representação de nós como um "eu lógico", do qual, todavia nada mais sabemos ou podemos falar. A consciência direta da própria espontaneidade na forma das funções lógicas do pensar é compreendida como um princípio ou juízo analítico: a simples unidade lógica da autoconsciência é uma unidade analítica. Assim temos o princípio da unidade necessária da apercepção é, na verdade, em si mesmo idêntico, portanto um princípio analítico. Este princípio analítico - a operação do entendimento que diz respeito a sua capacidade de ligar a priori e submeter o múltiplo das representações à unidade da apercepção, o princípio supremo de todo conhecimento humano.
Uma limitação da espontaneidade e a aplicação das funções lógicas do pensar não estão implicadas na compreensão que temos de nós como pura espontaneidade. Pois nessa compreensão, as funções lógicas referem-se apenas a algo indefinido, indeterminado. Temos que, na unidade sintética originária da apercepção, a autoconsciência não está relacionada à intuição que ao contrário, tenho consciência de mim próprio na síntese transcendental do múltiplo das representações em geral, portanto, na unidade sintética originária da apercepção, não como apareço a mim próprio, mas tenho apenas consciência que sou. Esta representação é um pensamento e não uma intuição. A autoconsciência é obtida na espontaneidade das simples funções lógicas do pensar sem que seja necessário se pensar uma unidade sintética das representações, isso porque essa autoconsciência é apenas a consciência de uma espontaneidade e não remete a nenhum tipo de intuição que possa envolvê-la no pensar, considerado em si, é simplesmente a função lógica, por conseguinte, a simples espontaneidade da ligação do múltiplo de uma intuição apenas possível e não apresenta o sujeito da consciência como fenômeno, porque não considera a espécie de intuição, isto é, se esta é sensível ou intelectual.
A pura apercepção não significa o autoconhecimento de um sujeito pensante e tampouco o conhecimento de seus pensamentos empíricos e de seus estados mentais; pois ela apenas determina a forma na qual este sujeito tem conhecimentos sem ser, todavia, o saber de si que este sujeito tem e precisa ter. Portanto, como uma consciência do "eu da reflexão", o "eu penso" da apercepção transcendental não é o conhecimento de um ser que pensa, mas é uma consciência da forma na qual os pensamentos são pensados. Pode-se dizer então que o "eu" da apercepção transcendental tem uma característica negativa no que diz respeito aos conteúdos do pensar: ele é uma consciência de algo que não se refere a qualquer conteúdo mas tão-somente a um "Eu, como um ser pensante". Do que, precisamente, a apercepção é uma consciência se ela não está referida a uma pessoa que pensa nem a um conteúdo do pensar? Ela é a consciência da forma do pensar, é uma consciência em geral, e isso significa que o "eu" da apercepção pura é considerado em todo pensamento como o sujeito lógico do pensar e, por isso, ele precisa e pode acompanhar todas as representações que temos: ele é o sujeito ao qual todos os pensamentos são inerentes e por ser consciente de si, sabe dessa relação dos pensamentos consigo: sem essa relação a ele, como sujeito dos pensamentos, não podem existir pensamentos, e isso caracteriza esta forma da apercepção transcendental como um "eu da reflexão".
Com isso, a pura apercepção é uma consciência do eu, isto é, a consciência de um sujeito de todos os pensamentos e também um saber de que todos os pensamentos são referidos a este sujeito - como o "sujeito" deles, os pensamentos são inerentes a ele. Ela é uma apercepção pura que tudo abarca, ou seja, ela é referente a todos os pensamentos dos quais podemos ser conscientes, e este é, conseqüentemente, o seu alcance. Toda consciência empírica" tem "uma necessária referência à consciência de mim mesmo como apercepção originária.
O "eu" da apercepção transcendental não existe independente dos seus pensamentos, por isso estes pensamentos são referidos sempre a um único e mesmo "eu". A apercepção é uma consciência de um sujeito caracterizado apenas por seus próprios pensamentos, daí ela ser um saber dos pensamentos definidos e pensados pelo sujeito. Assim, ela é a consciência de um eu único e um saber de que todos os pensamentos deste "eu" estão referidos a um único e idêntico sujeito. E porque a pura apercepção é esta consciência do "eu" como sujeito idêntico em todos os pensamentos, Kant entende que ela possui uma "unidade numérica". O fato de todos os pensamentos (com os quais o "eu" é consciente de si) serem pensamentos de um mesmo "eu" caracteriza esta "unidade numérica" da apercepção. Essa unidade pode ser interpretada como um princípio independente da intuição sensível porque ela é o pressuposto da unidade analítica da apercepção e fundamenta, conseqüentemente, a consciência empírica, o sujeito consciente desta "unidade" é o sujeito empírico e não o sujeito lógico. Em outras palavras: a unidade da consciência é uma condição para que exista tanto a autoconsciência empírica como também o conhecimento empírico em geral.
A pura apercepção define a forma pela qual os pensamentos e as representações poderão ser pensados. Com base nessa forma, tais representações e pensamentos pertencem a um único sujeito e isso é a consciência da identidade numérica do "eu", isto é, a consciência da unidade das representações de um sujeito apenas. Assim, a relação entre as próprias representações e um eu que as tem como um sujeito numericamente idêntico fundamenta a unidade destas representações, as quais só podem existir porque são todas representações e pensamentos de um "eu" idêntico.
O saber de que as representações são representações de um e mesmo sujeito diz respeito à forma na qual este "eu", singular e idêntico consigo próprio, pode pensar as suas representações e refere-se, portanto, como fora expresso anteriormente, ao "formal da consciência" em todo conhecimento. Mas cabe notar aqui que esse conhecimento não é um conhecimento em si mesmo, pois a pura apercepção, como condição formal do pensar das representações, significa apenas que todas as representações, pensadas pelo "eu", são representações de um "eu idêntico". Para Kant, pensar é julgar, porque quando se julga se ligam as representações. Por exemplo, estar diante de um vaso de flores e ao mesmo tempo sentir um cheiro agradável vindo delas significa duas representações e para pensar sobre elas é necessário que se estabeleça uma conexão entre ambas que poderá ser articulada em um ou mais juízos (por exemplo: o vaso com flores produz um bom odor e deixa o ambiente mais bonito e agradável), o que não quer dizer que seja preciso um pertencimento determinado entre as representações, mas apenas que elas, na forma do juízo, estejam ligadas umas com as outras. Quando o pensar de uma representação está em um juízo, ele está sob as condições formais da pura apercepção e as representações deste pensar são representações de um e mesmo sujeito, pois as representações só poderão ser ligadas a um juízo se elas estiverem sob tais condições: como condição formal do pensar das representações de um sujeito, a pura apercepção implica possibilitar a ligação das representações dadas a juízos mais ou menos complexos os quais, todavia, estão ausentes no sujeito pensante.
A unidade da apercepção, entendida como a consciência da identidade numérica do eu, fundamenta a consciência da unidade das representações nesse sentido, a apercepção transcendental é definida como forma de todo conhecimento. Embora essa consciência exista em um saber de que as representações são representações de um mesmo sujeito, isso não significa que a consciência da unidade de todas as nossas representações é um saber de que um múltiplo qualquer ordenado é referido a um mesmo sujeito.
A pura apercepção, como consciência da identidade numérica do próprio eu, é a consciência de um sujeito idêntico que, como tal, atua sobre todos os seus pensamentos. Por isso, a possibilidade dessa consciência está ligada às representações em geral que o eu tem com as ligações da apercepção pura e da unidade das representações "podem estar juntas em uma autoconsciência geral". Assim, só se podem ter representações se se pode ser consciente delas. Essa consciência das representações, que é a consciência empírica, supõe a apercepção transcendental e esta somente define a forma na qual as representações serão pensadas. As representações, tão logo possam ser pensadas pelo eu, pertencem à consciência de um eu idêntico, também denominado de "princípio transcendental da unidade de todo múltiplo de nossas representações", pois a pura apercepção é, como forma do pensar, condição transcendental de todo conhecimento.
Com isso, fica esclarecido que a apercepção transcendental tanto contém uma unidade como também um saber, o qual, todavia, não é aceito para o fim de conhecimento de um objeto, mas diz respeito à "forma da representação em geral na medida em que deva ser denominada conhecimento. Como consciência (de que os pensamentos são pensamentos do próprio sujeito), ela é uma consciência da identidade do sujeito dêsses pensamentos e, por isso, uma consciência da unidade desses pensamentos que existe referida ao eu. Toda consciência pertence a (minha própria) consciência, isso significa que a apercepção pura que tudo abrange está ligada a sua unidade. Porém, isso não define o "eu" da apercepção transcendental em termos de conteúdo. Pois essa apercepção, por ser a consciência de um sujeito do pensar (o qual atua como um simples algo, e em razão disso não contém determinações, como por exemplo a de "extensão", para caracterizar a unidade da pura apercepção), fica definida como uma condição formal sob a qual está o pensar das representações, ou seja, fica definida como uma suposição a priori de todo conceito Esta apercepção como "condição" e afirma que, como tal, ela não pode conter "uma capacidade para julgar sobre o passado" e ser aplicada "desta base" aos conceitos.
A consciência do "eu" como ser pensante é a consciência de um e mesmo eu de todos os pensamentos; é a consciência de algo que deverá ser representado necessariamente como numericamente idêntico. Assim, só é possível ter pensamentos no modo em que tais pensamentos pertencem ao eu, daí a apercepção transcendental ser uma consciência de um eu, como sujeito de todos os pensamentos, idêntico numericamente. Para todos os pensamentos, só há um eu como sujeito do pensar, pois é o "eu" singular, como tema da pura apercepção, que define a forma do pensar, forma esta que temos no modo como o pensamento é pensado por um "eu" que só existe nisso, isto é, no fato de ele ter pensamentos: é um eu que nasce nos pensamentos, por isso ele não é compreensível independente deles. Ao definir a forma dos pensamentos que ele pensa, tal "eu" define o modo como tais pensamentos serão vistos. Trata-se, portanto, de um "eu", que acompanha em todo o tempo as representações na minha consciência e realmente com perfeita identidade.

Um comentário:

  1. Com a Teoria do Genoma Humano, podemos saber na pré-programação até nossas possibilidades de doenças futuras. Nascemos com uma base de programação que está a nossa disposição se quisermos desenvolver ou não, tipo um DOS que nos permite adquirir conhecimentos desde que dentro do padrão inicial.

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