quinta-feira, 26 de janeiro de 2012

Da teoria da tabula rasa, da construção social, da matrix e probabilidades

Queria tratar aqui de algumas questões importantes do movimento da real como a da teoria feminista que os gêneros são socialmente construídos, da matrix que somos mergulhados e das probabilidades dos acontecimentos do que a real descreve.
Da teoria da Tabula Rasa e a construção social

Tabula rasa é uma expressão latina que significa literalmente "tábua raspada", e tem o sentido de "folha de papel em branco". A palavra tabula, neste caso, refere-se às tábuas cobertas com fina camada de cera, usadas na antiga Roma, para escrever, fazendo-se incisões sobre a cera com uma espécie de estilete. As incisões podiam ser apagadas, de modo que se pudesse escrever de novo sobre a tabula rasa, isto é, sobre a tábua raspada ou apagada. Como metáfora, o conceito de tabula rasa foi utilizado por Aristóteles (em oposição a Platão) e difundido principalmente por Alexandre de Afrodisias, para indicar uma condição em que a consciência é desprovida de qualquer conhecimento inato - tal como uma folha em branco, a ser preenchida.
O argumento da tabula rasa foi usado pelo filósofo inglês John Locke, considerado como o protagonista do empirismo. Locke detalhou a tese da tabula rasa em seu livro, Ensaio acerca do Entendimento Humano (1690). Para ele, todas as pessoas nascem sem conhecimento algum (a mente é, inicialmente, como uma "folha em branco"), e todo o processo do conhecer, do saber e do agir é aprendido através da experiência.
Segundo as feministas, estas se valendo da teoria da tabula rasa, os papéis dos gêneros seriam socialmente construídos. A sociedade insiste que os indivíduos devem seguir a maneira de expressão social (papel social de gênero) baseada no sexo estas pessoas sofrem uma pressão social adicional.

Devido ao mau uso da teoria da evolução e da questão dos genes, para legitimar o racismo, por muito tempo se abandonou a questão da influência dos genes no homem e das idéias inatas ao homem. Preterindo a teoria da tábula rasa, na qual o homem é socialmente construído, o ser humano na verdade.
A Arquitetura do conhecimento humano e refutando a tabula rasa
Não se pode duvidar de que todos os nossos conhecimentos começam com a experiência, por­que, com efeito, como haveria de exercitar-se a faculdade de se conhecer, se não fosse pelos objetos que, excitando os nossos sentidos, de uma parte, produzem por si mesmos representações, e de ou­tra parte, impulsionam a nossa inteligência a compará-los entre si, a reuni-los ou separá-los, e deste modo à elaboração da matéria informe das impressões sensíveis para esse conhecimento das coisas que se denomina experiência?
No tempo, pois, nenhum conhecimento precede a experiência, todos começam por ela.
Mas se é verdade que os conhecimentos derivam da experiência, alguns há, no entanto, que não têm essa origem exclusiva, pois poderemos admitir que o nosso conhecimento empírico seja um composto daquilo que recebemos das impressões e daquilo que a nossa faculdade cognoscitiva lhe adiciona (estimulada somente pelas impressões dos sentidos); aditamento que propria­mente não distinguimos senão mediante uma longa prática que nos habilite a separar esses dois elementos.
Surge desse modo uma questão que não se pode resolver à primeira vista: será possível um conhecimento independente da experiência e das impressões dos sentidos?
Tais conhecimentos são denominados “a priori”, e distintos dos empíricos, cuja origem e a posteriori”, isto é, da experiência.
Aquela expressão, no entanto, não abrange todo o significado da questão proposta, porquanto há conhecimentos que derivam indiretamente da experiência, isto é, de uma regra geral obtida pela experiência, e que no entanto não podem ser ta­chados de conhecimentos “a priori”.
Assim, se alguém escava os alicerces de uma casa, “a priori” poderá esperar que ela desabe, sem precisar observar a experiência da sua queda, pois, praticamente, já sabe que todo corpo aban­donado no ar sem sustentação cai ao impulso da gravidade. Assim esse conhecimento é nitida­mente empírico.
Consideraremos, portanto, conhecimento “a priori”, todo aquele que seja adquirido independentemente de qualquer experiência. A ele se opõem os opostos aos empíricos, isto é, àqueles que só o são “a posteriori”, quer dizer, por meio da experiência.
Entenderemos, pois, daqui por diante, por conhecimento “a priori”, todos aqueles que são abso­lutamente independentes da experiência; eles são opostos aos empíricos, isto é, àqueles que só são possíveis mediante a experiência.
Os conhecimentos “a priori” ainda podem dividir-se em puros e impuros. Denomina-se conhecimento “a priori” puro ao que carece completamente de qualquer empirismo.
Assim, p. ex., “toda mudança tem uma causa”, é um princípio “a priori”, mas impuro, porque o conceito de mudança só pode formar-se extraído da experiência.
Qualquer que seja o modo de como um conhecimento possa relacionar-se com os objetos, aquele em que essa relação é imediata e que serve de meio a todo pensamento, chama-se intuição. Mas esta intuição não tem lugar senão sob a condição de nos ser dado o objeto, e isto só é possível, para o homem, modificando o nosso espírito de certa maneira.
Das noções a priori no homem e refutando a questão da construção social do gênero
Antes que as feministas tentem atacar a teoria do conhecimentos inatos ou a priori no homem tentando usar as diferentes sociedades, pode se dizer que a humanidade é bastante parecida, em todos os tempos e lugares. Tem-se descoberto os princípios universais e constantes da natureza huma­na, mostrando-nos os homens em variadas circunstâncias e situações e suprindo-nos de materiais, dos quais podemos formar nossas ob­servações e ficarmos familiarizados com as fontes regulares da ação e da conduta humana. Os relatos de guerras, intrigas, partidos políticos e revoluções são outras tantas coleções de experimentos, por meio dos quais o político ou o filósofo moral fixa os princípios (Kant, Confúcio, Buda, Sócrates e outros) de sua ciência, do mesmo modo que o médico ou um pesquisador se familiariza com a natureza das plantas, dos minerais e de outros objetos externos, pelas experiências que fazem sobre eles.
A ambição, a avareza, o amor-próprio, a vaidade, a amizade, a gene­rosidade e o espírito público, paixões misturadas em vários graus e distribuídas pela sociedade têm sido, desde o começo do mundo, e ainda são, a fonte de todas as ações e empreendimentos que se têm sempre observado entre os homens. Quereis conhecer os sentimentos, as inclinações e o modo de viver dos gregos e dos romanos? Estudai bem o temperamento e as ações dos brasileiros e argentinos: não estareis muito equivocado se transferirdes aos primeiros a maioria das observações que fizestes sobre os segundos.
Talvez citem exemplos do Kaspar Hauser ou de crianças selvagens para tentar dizer que o ser humano precisa da experiência para desenvolver seu conhecimento.
O ser humano tem o dom de se comunicar, ler e escrever, de ler e escrever inatos a ele, mas precisa claro do estudo para desenvolver, tanto que um cachorro, macaco, arara não conseguem desenvolver essas habilidades, exatamente porque são inatas ao homem.
Mas temos os conhecimentos a priori independente de qualquer experiência, como o desejo sexual, identidade de gênero e a maneira de se portar. O homem por si só tem desejo sexual por mulheres independente de qualquer experiência ou que o digam, assim como o homem ter uma maneira de se portar. Certas correntes radicais do feminismo negam qualquer diferença na psicologia de homens e mulheres. Mas a neurociência já mostrou que o cérebro feminino e o masculino têm configurações diferentes.
E homens e mulheres em variadas sociedades sempre demonstraram maneiras diferentes de se comportarem e sempre os homens mais viris e as mulheres mais femininas.
O comportamento diferente de ambos os gêneros em diversas sociedades e filhos de ambos os gêneros mesmo tendo uma criação igual, tem diferenças de comportamento anulando a teoria no minimo fajuta de construção social do homem.
Talvez o sonho delas seja manipular o homem para que ele se torne feminino e mais fácil de controlar.

Da matrix e o conhecimento a posteriori
A capacidade de receber (a receptividade) representações dos objetos segundo a maneira como eles nos afetam, denomina-se sensibilidade. Os objetos nos são dados mediante a sensibilidade e somente ela é que nos fornece intuições; mas é pelo entendimento que elas são pensadas, sendo dele que surgem os conceitos. Todo pensamento deve em última análise, seja direta ou indiretamente, mediante certos caracteres, referir-se às intuições, e, conseguintemente, à sensibilidade, porque de outro modo nenhum objeto nos pode ser dado.
Nosso conhecimento emana de duas fontes principais do espírito: a primeira consiste na capacidade de receber as representações (a receptividade das impressões), e a segunda, na faculdade de conhecer um objeto por meio dessas representações (a espontaneidade dos conceitos). Pela primeira nos é dado um objeto, pela segunda é pensado em relação a essa representação (como pura determinação do espírito).
Constituem, pois, os elementos de todo nosso conhecimento, a intuição e os conceitos; de tal modo, que não existe conhecimento por conceitos sem a correspondente intuição ou por intuições sem conceitos. Ambos são puros ou empíricos: empíricos se neles se contém uma sensação (que supôe a presença real do objeto); puro, se na representação não se mescla sensação alguma. Pode chamar-se à sensação, a matéria do conhecimento sensível.
A intuição pura, portanto, contém unicamente a forma pela qual é percebida alguma coisa, e o conceito puro a forma do pensamento de um objeto em geral. Somente as intuições e conceitos puros são possíveis “a priori”; os empíricos só o são “a posteriori”.
Se denominamos sensibilidade à capacidade que tem nosso espírito de receber representações (receptividade), quando é de qualquer modo afeta­do, pelo contrário, chamar-se-á entendimento à faculdade que temos de produzir nós mesmos repre­sentações ou a espontaneidade do conhecimento.
Pela índole da nossa natureza a intuição não pode ser senão sensível, de tal sorte, que só contém a maneira de como somos afetados pelos objetos. O entendimento, pelo contrário, é a faculdade de pensar o objeto da intuição sensível. Nenhuma dessas propriedades é preferível à outra. Sem sensibilidade, não nos seriam dados os objetos, e sem o entendimento, nenhum seria pensado. Pensamentos sem conteúdo são vazios, intuições sem certos conceitos, são cegos.
Memória é um modo de retenção consiste no poder de reviver nossa mente aquelas idéias que, após serem impressas, desapareceram, ou parecem ter sido postas de lado, longe da visão. Constitui nisso a memória, que se assemelha a um armazém de idéias. Portanto, sendo a mente humana limitada a ponto de ser incapaz de manter ao mesmo tempo muitas ideias sob a vista e observação, mostrou-se necessário um depósito para preservar aquelas idéias que, em outra oportunidade, podem ser usadas. A conservação de nossas idéias no depósito da memória nada mais significa que isto: em vários casos a mente tem poder para reviver percepções certa vez lhe pertenceram, acrescentando-se, assim, a percepções tidas por ela anteriormente.
Nosso conhecimento sobre questões sobre o sexo feminino vem a posteriori, só mediante a experiência que se desenvolve a compreensão delas. Somos desde pequenos criados para termos uma falsa percepção sobre as mulheres, ignorando muitas questões sobre as mulheres e apesar de historicamente advertências sobre o lado obscuro feminino, existe aqueles que tentam ignorar isso. Isso origina da imaginação, talvez por uns acharem doloroso demais verem a realidade, eles se entregam a imaginação sobre o ideal feminino.
Não há nada mais livre do que a imaginação humana; embora não possa ultrapassar o estoque primitivo de idéias fornecidas pelos sentidos externos e internos, ela tem poder ilimitado para misturar, combinar, separar e dividir estas idéias em todas as variedades da ficção e da fantasia imaginativa e novelesca. Ela pode inventar uma série de eventos com toda aparência de realidade, pode atribuir-lhes um tempo e um lugar particulares, concebê-los como existentes e des­crevê-los com todos os pormenores que correspondem a um fato histórico, no qual ela acredita com a máxima certeza. Em que consiste, pois. a diferença entre tal ficção e a crença? Ela não se localiza sim­plesmente em uma idéia particular anexada a uma concepção que obtém nosso assentimento, e que não se encontra em nenhuma ficção conhecida. Pois, como o espírito tem autoridade sobre todas as suas idéias, poderia voluntariamente anexar esta idéia particular a uma ficção e, por conseguinte, seria capaz de acreditar no que lhe agradasse, embora se opondo a tudo que encontramos na experiência diária. Po­demos, quando pensamos, juntar a cabeça de um homem ao corpo de um cavalo, mas não está em nosso poder acreditar que semelhante animal tenha alguma vez existido.
Como somos criados desde pequenos para sermos matrixianos, aprenderemos de maneira dolorosa e pela decepção que o mundo feminino não é o mesmo que nos ensinaram. Mas nem todos tem a capacidade de encarar e se entregam a fantasia, talvez porque a realidade é dura demais.
Mas nem todos desde novos são da matrix, existem os machos alphas, que desde novos enxergam com certo desprezo as outras pessoas e em especial, o gênero feminino, mas não são todos, só uma minoria, a maioria são iludidos e infladores de ego que acham que o homem sendo bom, esforçado, carinhoso e outras mentiras ensinadas vão funcionar.
Quando vemos que o mundo rela não é aquilo que é, ai que começamos a questionar tudo.
Das probabilidades
Quem conhece a real, sabe que as mulheres mais novas se entregam aos cafas e mais velhas buscam um capitão-salva-putas, mas talvez tenha visto ocasiões que não se enquadram nessas idéias. Temos probabilidades na ocorrência dos fatos.
Há certamente uma probabilidade que resulta de uma superio­ridade de possibilidades a favor de uma das partes e, à medida que esta superioridade aumenta excedendo as possibilidades opostas, a probabilidade recebe um aumento proporcional gerando maior grau de crença ou assentimento à parte em que descobrimos a superiori­dade. Se um dado fosse marcado com um algarismo ou mesmo número de pontos em quatro faces e com outro algarismo ou mesmo número de pontos nas duas restantes, seria mais provável que saísse uma daquelas do que destas faces; todavia, se mil faces fossem marcadas de modo idêntico e apenas uma diferente, a probabilidade seria muito maior, e nossa crença ou expectativa do evento seria mais firme e mais segura. Este processo do pensamento ou raciocínio pode parecer sem importância e evidente; porém, para quem o examina com mais cuidado, pode, talvez, constituir assunto de curiosa especulação.
Com a probabilidade das causas ocorre o mesmo que com a dos acasos. Há algumas causas que são inteiramente uniformes e constantes na produção de determinado efeito e não apresentam nenhum exemplo de falha ou irregularidade em seu procedimento. O fogo e a água têm sempre queimado ou asfixiado a todo ser humano; a produção do movimento pelo impulso e gravidade é uma lei universal que até agora se tem admitido sem exceção. Há, contudo, outras causas que têm sido consideradas mais irregulares e incertas.
Não vai ver o que a real fala uniformemente, existem casos que fogem do que se fala, no entanto, o que se escreve é o que é o que provavelmente mais ocorre.

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